Capítulo XIII

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Votem, comentem e se afoguem nesse vale de porpurina e amor e conflito e intriga e...

Bem, boa leitura!


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Abriu e fechou a boca diversas vezes, pois sua mente trabalhava como uma alienada, tentando entender que loucura era aquela que a linda cabecinha de Park Jimin havia inventado.

Quando ousou, enfim, responder... Já não havia mais tempo.

Os olhos de seu menino estavam voltando à coloração azul, brilhante; o cheiro dele voltava a atacar, de forma ainda mais agressiva, o ambiente.

Suspirou.

— Nossa conversa não acabou ainda. — ditou firme, mesmo sabendo que sim, a conversa deles havia acabado naquele momento. — Vai pro quarto, Jiminie. Ainda tem um copo d'água na sua cabeceira. E os remédios também estão lá.

O loirinho apenas fez concordar, pois já sentia seu corpo todo esquentar.

Jeongguk ouviu o barulho apressado nas escadas e a porta se fechando em um baque oco.

Suspirou de novo.

O que iria fazer? Obrigar o lobo de Jimin a ignorar aquele cio para poderem ter a primeira conversa realmente decente que estavam tendo depois de um ano? Bem, mesmo se quisesse, seria impossível. Então decidiu ir lavar a louça e estudar por si só na mesa da cozinha. Seria melhor se fizesse seu dia render alguma coisa.

Não percebeu as horas andarem, e só o fez quando Hyerim apareceu com um semblante exausto e meramente adoentado. Ela se assustou quando viu Jeongguk à mesa, com livros e cadernos abertos. Sentia o cheiro de seu filhote e ficou ainda mais surpresa por Jeon estar tão concentrado nos estudos, perante todas as circunstâncias.

— Não vai para casa? — Ela perguntou, abrindo a geladeira, em busca de água.

— Eu... Estou esperando ele acordar. — Fechou os livros, pois sabia que não iria mais conseguir seguir com os estudos. — Só quero ter certeza de que ele está bem.

Hyerim respirou fundo, com um pequeno sorriso no rosto. Ela não sabia muito bem o que pensar com um alfa em sua casa e seu filho no fim de um cio, mas sabia que não deveria ser de todo ruim, já que Jimin disse que, em momento algum, Jeongguk ousou tocá-lo com segundas intenções.

Além do mais, aquele não era um alfa qualquer.

— Sabe, Ggukie-ah... Não precisa ficar aqui. — A careta que o moreno fez foi de completa descrença. Como assim não precisava ficar ali?! — Você deve estar cansado, deve ser difícil se concentrar com o cheiro do Minie empesteando a casa toda... Seu pai deve estar preocupado e... Eu posso tomar a rédea das coisas por aqui, agora. Eu te mando mensagem qualquer coisa. — Sorriu, mostrando simpatia, apesar de estar pedindo para que o menino se retirasse de sua casa. Educadamente.

Foi como receber uma carta de expulsão de uma escola.

"Querido aluno, lhe convidamos a se retirar dessa instituição"

— Entendo — aquiesceu brevemente, juntando seu material, repondo-o na mochila. — Por favor, noona... Qualquer coisa, realmente me avisa.

Ela assentiu carinhosa, com um sorriso dócil no rosto, e acompanhou-o até a porta. Quando a abriram, porém, Jeon não teve tempo de sair.

— Espera! Espera... — Jimin desceu as escadas correndo, esbaforido. — Espera. — Soltou todo o ar, retomando-o nos pulmões logo em seguida. Notou as orelhas se esquentarem, pois sentiu-se um idiota por ter feito tanto estardalhaço. — Eu... preciso falar com você, antes de ir.

Paper Hearts |Jjk+Pjm|Onde histórias criam vida. Descubra agora