|4. Nɑtɑshɑ's number|

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No capítulo "elevator" eu coloquei que o Steve trabalhava no quinto andar, mas eu mudei para o sexto andar.

Naquela manhã de terça feira estava completando seis meses desde que havia sido obrigado a entrar na empresa de seu pai, e, infelizmente, Tony era um dos melhores da empresa, ficando no mesmo patamar que pessoas como Steve, e Bruce, grande nomes da empresa.

Era mais que óbvio que Tony não gostava daquele trabalho, mas era adulto e tentava agir como um, dando melhor de si para o seu emprego e para a empresa. No começo fazia por seu pai, para evitar brigas, mas com o passar dos dias trabalhando ali percebeu que não tinha outra escolha, ou era aquela empresa ou era aquela empresa.

Sim, continuava odiando ter que ler e reler papéis, participar de reuniões e assinar contratos com sabe se lá quantas pessoas. E era por esse ódio, que ele não conseguia entender o porquê de ter aceitado a oferta de seu pai, e agora, subir um nível na empresa.

Ele iria para o sexto andar, ficar junto de pessoas mais inteligentes que ele, mais interessados no trabalho que ele. Se achava um novato ali mesmo conhecendo as pessoas de vista. E por conta deste sentimento de se sentir perdido, sorriu quando viu um loiro dos olhos azuis vir em sua direção com um sorriso enorme no rosto. Fazia mais de uma semana que eles não se viam, Steve também nem havia ido no bar na sexta passada, ou no sábado. Não queria admitir, mas Tony estava com saudades.

— Hey Tony, seja bem vindo! — Queria abraçar o menor mas as caixas em seus braços impedia. Pegou uma caixa para lhe ajudar e o moreno agradeceu. Segurando uma caixa a menos ele conseguiu olhar melhor para o homem a sua frente e ficou tão perdido em sua beleza, que nem percebeu outra pessoa chegando perto de si.

— Eu ajudo com essa. — O homem pegou a outra caixa de seus braços e agora Tony apenas segurava algumas pastas e sua maleta — Bruce Banner! — Se apresentou com um sorriso tímido no rosto.

— Ton- Anthony Stark! — Sorriu também. Não gostava de ser chamado de Anthony, mas seu pai falava que assim ele mostrava ser uma pessoa mais séria e formal.

— Vem, vamos te levar até sua sala. — Rogers disse e eles andaram até uma sala no final do corredor, que já estava com seu nome na placa da porta. Tony entrou e ficou chocado com o lugar. Era bem maior que a outra sala onde costumava trabalhar. Havia uma grande janela mostrando a rua mais movimentada de Nova Iorque. Sua mesa também era grande e ele achava um exagero aquilo. Do lado esquerdo havia algumas prateleiras vazias na parede e um pequeno sofá. E ao direito havia uma mesa com potes de biscoitos e uma garrafa de café. Tony não iria usá-la, pois não gostava do café da empresa, por isso sempre fazia em casa e levava sua própria garrafa térmica. Também havia uma planta ali na mesa ao lado do pote. Tudo muito sem graça ao seu ver, mas iria deixar confortável com o passar do tempo.

Bruce deixou a caixa ali do lado e se retirou, não sem antes de receber um agradecimento por parte do mais novo. Mas Steve ficou para lhe ajudar arrumar as coisas. Já havia avisado à Bruce que iria gastar o tempo que precisasse para ajudar Tony em seu novo escritório.

— E então, como está se sentindo? Agora você é um dos preferidos da empresa, e não só dessa. — O loiro perguntou enquanto colocava alguns livros nas prateleiras com Tony ao seu lado fazendo o mesmo. O moreno tinha vários livros, a maioria era para estudar e que foram usados na faculdade, mas também havia livros que ele lia para passar o tempo.

— Se dependesse de mim eu nem estaria aqui. Mas não tenho opção. — Deu de ombros.

— Se isso for te ajudar de algum jeito, eu também não gosto de trabalhar aqui.

— Sério? Eu não esperava por isso. Não de você. — Falou fazendo Steve rir. O moreno parou um pouco para observar o homem ao seu lado rindo, era tão contagiante e um sorriso tão lindo. Merda Tony, pare de reparar nessas coisas.

sᴇᴠᴇɴᴛʏ sᴏɴɢs『𝒔𝒕𝒐𝒏𝒚』Onde histórias criam vida. Descubra agora