|5. rɑin|

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Se por um minuto, apenas um simples minuto, Tony pudesse ser Aladdin e tivesse direito a um gênio com três pedidos ele somente iria pedir 1; um copo cheio de café sem açúcar já que o seu havia acabado, 2; que a chuva parasse pois os barulhos dos trovões estavam o distraindo por conta dos sustos, e 3; que pudesse ir para sua casa logo e deitar em sua cama debaixo de várias cobertas para dormir sem pressa para acordar.

Sim, ele poderia realizar tudo isso sem um gênio, mas naquele momento parecia um desejo impossível. Steve havia passado em sua sala horas mais cedo e lhe pediu para que assinasse alguns papéis importantes e passasse para Howard. O loiro havia deixado claro que era para o dia seguinte e que era melhor ele ir embora antes da chuva aumentar, que podia terminar o trabalho em sua casa. Mas aí estava o problema, Tony odiava levar trabalho para casa, ainda mais contratos tão extensos como aqueles. Ele sabia que se levasse, iria se distrair, acabaria dormindo e não iria finalizar seu trabalho.

Então, ali estava ele, duas horas depois de seu expediente, lendo e relendo contratos que precisava entregar para seu pai.

Uma hora e quebrados minutos depois, o moreno finalmente havia terminado seu serviço e estava guardando suas coisas para ir embora. Olhou de sua janela a chuva ficar cada vez mais forte, iria pegar um trânsito e tanto para chegar em sua casa. Fechou a porta com a maleta em mãos e viu em volta o lugar vazio, com um total de zero pessoas além dele. Quando chegou ao estacionamento, cumprimentou o segurança e entrou no carro. Respirou fundo e se preparou para encarar a tempestade que rolava lá fora.

Andava tranquilamente pelas ruas, tentando ultrapassar o máximo e veículos que conseguia para chegar em casa mais rápido. Estava tão cansado e quase dormindo ao volante que quando entrou em uma rua mais deserta resolveu acelerar. Somente notou que não foi uma boa ideia quando sentiu o carro parando em um baque. 

A roda traseira do lado esquerdo havia batido em um buraco e estourado o pneu.

— Merda! — Exclamou batendo com a cabeça no volante. Tinha como seu dia ficar pior?

Tirou o sobretudo que usava e colocou em cima de sua cabeça e saiu do carro. Até tentou, mas era impossível não se molhar com aquela chuva.

— Mas que porra! — Resmungou vendo seu pneu murcho. 

Voltou para o carro e respirou fundo. O que iria fazer? Pensou em chamar um uber mas o sinal não estava pegando, então não conseguia ligar para ninguém. Olhou em volta, era um lugar conhecido, uma rua cheia de condomínios, tanto de apartamentos quanto de casas.

Duas quadras dali ele reconheceu um prédio, era a casa de algum amigo de seu pai, lembrava de ter ido ali duas ou três vezes pelo menos, para jantares ou pequenas reuniões da empresa. Não lembrava quem morava lá, mas se era próximo de seu pai, poderia lhe ajudar.

Resolveu sair do carro e ir até o prédio. Iria andar bastante, mas era melhor do que ficar ali no meio da rua. 

Quando chegou na portaria do prédio, foi parado pelo porteiro.

— Oi, eu preciso ir até o... — olhou ao redor para tentar reconhecer o lugar e lembrar do número do andar que foi com seu pai — 51. 

— Senhor Rogers? — Ah, agora sim lembrava, era o apartamento de Steve.

— Isso, ele mesmo! Diga que é o Tony. Tony Stark. — Disse sorrindo. Pelo menos iria conseguir um lugar para dormir. Claro, se Steve deixasse.

— Ele não atende, mas vou deixa-ló subir pois o senhor Rogers chegou e não o vi sair.

— Okay, muito obrigado!

O porteiro abriu o portão e o moreno correu até chegar no hall. Entrou no elevador e foi para o andar de Steve. Ainda não acreditava que tivera a sorte de ser logo o loiro ali.

sᴇᴠᴇɴᴛʏ sᴏɴɢs『𝒔𝒕𝒐𝒏𝒚』Onde histórias criam vida. Descubra agora