Nico: Péssimo em contar más notícias

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Eu pingava suor quando sai da arena. Percy juntamente com aquele Jason se ofereceram para me treinar durante a noite. Já que ninguém se oferecias para ser minha dupla. estávamos apenas em combate corpo a corpo. Mas eu me divertia bastante.Uma sensação boa vinha quando eu estava segurando aquela foice, Que depois de algum tempo, conseguia transformar em espadas de gêmeas. A adrenalina que percorria pelo minhas veias juntamente com o meu sangue era espetacular.

Eu estava com suada, minhas roupas estavam sujas e eu tinha varias partes arranhadas que ardiam muito quando mexidas, mas eu estava com um sorriso enorme se estendia de orelha a orelha.

Senti a presença de mais alguém, quando me virei, Nico me olhava com curiosidade iluminando seus opacos olhos. Ele parecia estar de pijama, mas uma jaqueta de aviador maior que ele o cobria:

- Perdeu alguma coisa?

- Não; posso te acompanha.- O olhei indignada mas dei os ombros. Ele apertou o passo e ficou ao meu lado. Nem um minuto se deu e ele falou comigo:

- Você vê fantasmas? - continuei olhando para frente e respondi

- Sim. As vezes. Imagino que você também?-

- é uma da habilidades de ser filho de Hades. -

- Mas, por que esta vindo falar comigo? -

- Eu queria lhe falar uma coisa. - ele respirou fundo e continuou a olhar para frente

- O que? Até esta parecendo que alguém morreu. - isso foi uma piada mas, Nico me olhou serio, o filho de Hades parou me obrigando fazer o mesmo, sua expressão era de muita dor, parecia realmente que alguém havia morrido.

- Eu... estava passeando pelo mundo dos mortos, um novo morto apareceu. Nada fora do comum mas, ele parecia assustado e... ele me olhou. Geralmente os fantasmas só, seguem o fluxo sabe. - Nico parou um estante e respirou fundo - o morto chegou até mim e me perguntou se eu era um semideus, eu disse que sim, então ele me fez um pedido.

Eu estava tão imersa na sua história que não tinha percebido que tínhamos chegado ao meu chalé. - O que ele lhe pediu Nico? Quem ele era? -

- Ele me pediu para avisar a você Miranda, te avisar que seu Pai, havia falecido e que você deveria seguir em frente. -

Me mundo...caiu. A felicidade que eu sentia a pouco tempo se esvaiu para fora de mim. Olhei Nico nos olhos, estavam cheios de ternura e compaixão e... verdade. então eu tive uma visão: Vi pelos seus olhos o meu pai: Ele estava transparente, mas era ele, o mesmo porte forte e a mesma cabeleira encaracolada.

Mas dizem que nós nunca aceitamos a verdade dura.

- Não...Não! Não pode ser, meu pai não pode estar, ele pode? -

- é a verdade, eu conferi duas vezes antes de lhe contar e...

Meu corpo foi tomado por uma raiva bruta e animalesca - Você só pode estar mentindo! - Ele não pode estar morto! - Eu olhei Nico novamente. Ele parecia... com medo. Olhei em volta e percebi que uma nevoa negra nos cobria. De algum modo fiz aquilo voltar e o garoto caiu no chão. Ele parecia estar apavorado.

Eu estava desesperada e incrédula. Não assimilava nada direito e apenas disse uma palavra a ele.

- Desculpe. - Então eu corri em direção ao meu chalé onde pretendia nunca mais sair.

____________§_____________

Aquela maldita dor não passava e parecia piorar a cada dia. Me sufocava e fazia-me ficar com o coração fraco. Eu não sai do meu quarto no outro dia, nem no outro. Eu sai apenas uma vez, e não foi nem sair de verdade.

Descobri que eu podia viajar pela escuridão, como Nico fazia de vez em quando. Aquilo me cansou muito e levou tempo, mas eu consegui ir até minha antiga casa. Estava revirada e com as coisas encaixotadas.

Vi minha tia, com o rosto inchado e molhado de lagrimas, fechando uma caixa, aparentemente ela me viu também, porém na mesma hora eu viajei pelas sombras novamente.

Desta vez fui até o hospital da minha cidade, era uma cidade pequena, por isso sabia que era p único lugar que receberia alguma informação sem deixar muitas suspeitas. Perguntei se o senhor Robert Nox havia passado por ali. O médico, com uma cara carrancuda e severa apenas me disse que ele foi um dos óbitos do mês, que tinha sofrido um acidente de carro e isso acarretou a um traumatismo craniano, e ele não resistiu.

Mas o que mais doeu é que eu não sabia; eu não pensei no meu pai nem um misero estante e agora eu não tenho mais em quem pensar. Ele é apenas mais uma alma nos campos de asfodelos. E eu nunca mais irei ouvir sua risada, ou ver seu sorriso frouxo, ou sentir seu cheiro de perfume forte.

Quando voltei da minha viajem deitei na minha cama, não estava só cansada por ter abusado muito de uma magia que eu não domino, minha alma estava em pedaços e caindo em um poço que eu não sabia onde pararia.

Quando me olhei no espelho percebi o quanto eu estava feia: Meus cabelos sempre foram o caos, mas agora parecia que um ninho, eu estava esquelética e extremamente pálida, ao ponto das minhas veias serem visíveis em meu pulso. Meu olhos pareciam mortos. Eu parecia morta.

Levei minha visão a minha clavícula. Lá estava ele, o colar que papi havia me dado poucos estante antes deu me jogar nesse turbilhão. Senti raiva daquilo, será que ele sabia o que eu era? E por isso me deu aquele colar?

Joguei aquilo para o lado e um estalo ecoou nos meus ouvidos. Corri até o lugar e vi uma rachadura enorme no pingente.

- Não, não, não, não! - Coloquei a joia nas minhas mãos. Esta começou a fazer um estralo atrás do outro até que se quebrou por inteira. De dentro dela, uma fumaça negra com brilhos prateados começou a escorrer e tomar forma. Eu me afastei rastejando na direção oposta totalmente imersa no medo.

Ela começou a mudar e mudar, para vários animais diferentes feitor apenas de sombra. Consegui identificar um dragão, um pássaro estranho, um urso e por fim, a coisa foi se materializando em algo solido, se transformando em um cão.

Ele estava na minha frente, em posição defensiva, parecia um pastor belga misturado com um lobo com pelo tão preto que se disfarçaria muito bem na noite, mas seu diferencial mesmo eram os olhos;

Dizem que os olhos são as janelas da alma. Se fosse assim a desse animal eram como duas estrelas prateadas.

Ele começou a se aproximar de mim e eu recuava a cada movimento que fazia. Minhas costas finalmente foram em encontro com a parede. Fechei os olhos, se eu morresse, pelo menos encontraria meu pai novamente.

Ouvi fungadas perto de mim e sentir um ar expelido perto do meu rosto. Depois, se afastou. Abri meus olhos novamente e o cão/ lobo assassino estava com a barriga a mostra clamando por carinho. Não pude deixar de sorrir, lá estava, uma besta na qual eu estava apavorada por estar vindo em minha direção com a barriga para cima como um filhotinho.

Acho que nem tudo é o que parece.

Filha de Nyx. A herdeira da noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora