Secret's - Drarry

O bar:

Malfoy e Potter caminharam até Hogsmead em silêncio, não foi um silêncio desconfortável para nenhum dos dois. Eles preferiam assim, absortos em seus próprios pensamentos enquanto caminhavam. Harry pensava no que diria a Ginny, ela estava na Romênia, participando de um torneio de Quadribol.

E seus outros dois filhos? Lily e James? Bom aparentemente estavam seguros. Mas Harry também havia pensado isso de Albus e acabou nessa situação. Com a permissão de Minerva antes de partirem de Hogwarts, Harry enviou Lily para A Toca. James que cursava direito bruxo recebeu uma coruja avisando de todo o ocorrido e pedindo para ele e Teddy tomarem cuidado. Harry não queria arriscar trazer seu filho e afilhado/Genro para Londres então contatou os Aurores da França e só dessa vez se sentiu em poder de usar a "vantagem" de ser o Eleito para pedir que ficassem de olho nos garotos. Ninguém no mundo mágico recusaria um pedido daquele que derrotou Voldemort.

Já Malfoy, só conseguia pensar em Scorp, ele não podia acreditar, o que queriam com seu menino? Scorpius não representava nenhuma ameaça a ninguém. Era um garoto doce, gentil e amado, Assim como ele gostaria de ter sido. Draco sempre fez o que pôde para não contaminar Scorpius com os preconceitos que ele mesmo foi criado acreditando estarem certos. Seu 'puro sangue' não o salvou do fogomaldito na sala precisa, Harry Potter o salvou, o mesmo Harry Potter que era Mestiço, e seu inimigo de infância declarado. Cresceram se odiando, ao longo de seis anos, brigas e esbarrões propositais apenas para um ouvir o outro o xingar e devolver à altura, Pansy sempre disse que aquilo não passava de Tensão sexual entre os dois o que tirava altas gargalhadas do Sonserino. lembrar de Pansy fez o coração de Draco apertar, ele sentia saudades da Amiga, há muito que haviam perdido contato e agora ninguém sabia da bruxinha. Mas é claro, hoje Malfoy não vê mais Potter como seu inimigo, nem como seu amigo, imagine a surpresa quando descobriu que o primeiro amigo de Scorp em Hogwarts era justamente o filho daquele que negou seu aperto de mão no primeiro dia. "Eu deveria ter tentado mais" Malfoy pensou com tristeza, ele era um menininho mimado, acostumado a ter tudo o que quisesse e no instante que se sentiu rejeitado decidiu transformar a vida de Potter em um inferno. Mas por algum motivo o destino quis brincar com sua cara e mostrar mais de uma vez que Scorpius era melhor que ele, então ele concluiu que nunca iria se livrar de Potter.

Nenhum dos dois percebeu de fato que tinham chegado ao Cabeça de Javali, somente quando Aberforth veio até Harry o cumprimentando com um sorriso no rosto, eles foram arrancados de seus pensamentos.

Harry pediu uma mesa e disse que estava em uma missão. Precisava de informações, não quis mencionar seu filho nem o de Draco. A fim de manter essa parte oculta antes que se espalhasse e pistas falsas começassem a chegar fazendo-os perder o foco ele já havia pedido a Minerva para despistar em Hogwarts, inventar uma desculpa para o sumiço dos garotos, a mulher não gostou muito da ideia mas assentiu julgando que Harry sabia o que fazia. Draco pareceu perceber o plano e se manteve calado o tempo todo.

— Então, alguém diferente ou suspeito tem rondado o bar? Alguém talvez novo, que nunca tenha estado aqui antes com frequência... - Harry sondava Dumbledore afim de descobrir qualquer coisa que pudesse levar à uma pista.

— Não, não... Oh espere aí! Sim, eu notei uma presença no bar durante as últimas três semanas. O senhor Theodore Nott passou a frequentar o bar junto de dois cavalheiros que não reconheço. - Aberforth contava enquanto servia duas cervejas amanteigadas à Draco e Harry.

— E você reconheceria eles se eu mostrasse uma foto? - Harry perguntou, esperançoso de que com alguma sorte nos arquivos do ministério pudessem achar esses homens.

— Potter, se eles não querem ser reconhecidos simplesmente ninguém vai poder reconhecer-los mesmo que estejam bem na sua frente - Draco disse impaciente.