2-3 - Uma Tempestade Silenciosa

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Ao saírem do hospital, os Fiori percebem que as ruas estão num verdadeiro cenário de guerra, destruição pixações, restos de incêndios por todos os lados. É como se tivesse passado um enorme furacão, varrendo e destruindo tudo que encontrasse pela frente. Apenas a uma quadra da sua casa o carro deles encontra dificuldades para passar pela rua, pois um caminhão está virado no meio da rua em frente a um galpão, com o portão completamente destruído, o baú do caminhão interrompe a passagem do carro. Mesmo sendo perigoso, a contragosto de sua esposa Miguel decide descer do carro e ver a situação mais de perto. E percebe que o caminhão que atrapalha a passagem teve não apenas foi incendiado como a mercadoria foi também saqueada. Temendo que algo de ruim pudesse acontecer-lhe por estar exposto, ele volta para o seu carro e decide fazer um outro caminho. Então após algumas voltas encontram um caminho seguro. E após muitas voltas, os dois estão muito cansados, mas finalmente chegam em casa. E ao virarem a chave na porta ambos são recebidos com um caloroso abraço de sua filha mais velha Kassandra, enquanto a Kimberly faz birra sentada na escada. Mariana então diz. – apenas vamos tomar um banho e dormir um pouco, eu e o Miguel merecemos algum descanso. - Kimberly então diz. - está vendo? Você bem pergunta como foi minha semana, e só pensa em você, e ainda assim não quer ser chamada de egoísta? - Mariana então diz em voz baixa. - vou tomar banho e dormir um pouco e quando eu acordar quero saber o que você quer que eu faça por você, para que mude essa expressão ranzinza.

Kimberly apenas vira o seu rosto e vai para o quarto. – muito difícil lidar com essa garota, a Kassy não é assim. – disse Mariana murmurando. Miguel então lhe diz. – a Kim é só uma adolescente, temos que relevar ela esta naquela fase de transição, e adolescentes são assim mesmo, só querem chamar a atenção, nós mesmos tínhamos esse mesmo espírito de rebeldia, se brincar nós fomos até mais rebeldes que a Kim. – Mariana diz com expressão exausta. - A Kassandra já teve quatorze anos também, e nunca a vi fazer birra, muito menos alterar a voz para nós. A Kassy sempre foi a mesma garota doce que é. – E conclui seu raciocínio. – terei uma conversa daquelas com a Kimberly quando eu acordar eu não estou pensando direito, não estou em condições nem mesmo para me manter de pé. Eu estou muito cansada, tudo o que preciso é de um bom banho e um sono daqueles.

Mariana vai dormir, e Miguel faminto pede que sua filha Kassandra prepare algo para ele comer. Ele senta-se no sofá e exausto. E acaba dormindo sentado.

Kassandra continua a trabalhar na cozinha e nem se dá conta do tempo que já se passou. Sua mãe acorda e desce para a cozinha abre a geladeira e pega um copo d'agua. Então encosta na pia e diz. – eu não sei o que fazer com aquela garota, ela só me dá trabalho. – por algum motivo Kassandra fica nervosa. Sua mãe então pergunta. – eu falei algo que não deveria? Você sabe que eu tenho razão Kassy, você não me deu o menor trabalho, já a Kimberly é completamente o seu oposto. – habilmente a Kassandra vai ate a gaveta do armário pega uma canetinha um bloco de notas e começa a escrever algo. Então entrega o que escreveu para a sua mãe. Que lê. – "sentimos muito a falta de você e do papai, vocês passam muito tempo fora quase não tem tempo para nós duas, eu sei que é o trabalho de vocês a Kim também sabe, e reconhecemos o esforço de vocês. Mas a Kim sofreu muito mais com a ausência de vocês dois. Eu também sofri muito e ainda penso muita coisa mas guardei tudo isso para mim". – pensando no que acabara de ler Mariana então responde. – você pode estar certa Kassy, conversarei amigavelmente com ela em consideração a você. – Kassandra toma novamente o bloquinho e continua a escrever. – "Entendo que você e o papai trabalham muito, estão sempre cansados e se muito tempo. Mas eu sofria tanto quanto a Kim quando tinha quatorze anos. Eu apenas não podia dizer como eu me sentia. Então ousa a Kim. Apenas ousa ela, ouvindo a Kim estará ouvindo a mim quando tinha a idade dela". – Mariana respira fundo e diz. – está bem, vou ate o quarto da Kimberly e ouvirei o que ela tem para me dizer.

No momento que Mariana está saindo da cozinha Kimberly está entrando. Então nesse momento Mariana diz. – Kimberly, eu quero te ouvir. Diga-me o que está acontecendo. Deixe-me ajudar você minha filha. – Kim, fica em silencio por alguns segundos e responde. – você quer me ouvir? Mas você sempre diz que quer conversar, mas no fim das contas só fala e não me dá chance de falar nada. Joga seus problemas nos meus ombros e eu não posso sequer dizer coisa alguma que você me ignora. Você deve gostar mesmo é da Kassandra que não fala nada não é? – Mariana tenta se conter diante da voz alterada de Kimberly e diz. – Sempre quis sabe como a Kassy se sentia quando tinha a sua idade, você está tendo a oportunidade de ser a voz de sua irmã.

Kimberly entra em desespero, começa a chorar e a soluçar. Então ela puxa uma cadeira, abaixa a cabeça na mesa e chora sem parar. Sua mãe, vendo o desespero o nervosismo de sua filha, ela permanece ali de seu lado até que Kim se acalme. E os soluços sessem.

Opressor Alien - Ecos da Guerra - Ln 1/2Where stories live. Discover now