Opressor Alien - Ecos da Guerra - Ln 1/2

2-1 - Luz, sombra e transparência

Mais uma vez Matheo segue seu roteiro eventual de todas as sexta-feiras. Ao sair da universidade e dá uma passadinha no bar de costume. E como sempre, pede o mesmo drink. Ele sempre se senta no mesmo banco de frente para a TV. Sempre sem assunto nenhum, desta vez Matheo estranha a televisão estar desligada, e pergunta ao bar man o motivo da TV esta desligada. Então o velho senhor o responde. – até liguei a TV, mas algo muito estranho estava acontecendo com o sinal, a TV está emitindo um som estranho, são ruídos que incomodam os ouvidos. E as imagens estão turvas, aleatórias e distorcidas. Pense que fosse o meu aparelho, mas parece que o mesmo está acontecendo em outros lugares. Acredito que seja em toda a EUN – Matheo percebe que algo muito estranho está acontecendo. E conta para o velho senhor o que presenciou mais cedo. - acredito que o problema não limite apenas as estações de TV e radio. Mais cedo achei muito estranho o comportamento dos semáforo no centro, o temporizador estava desordenado e por vezes os sinalizadores não respondiam corretamente. O centro da cidade está um caos e há um engarrafamento gigantesco por lá, certamente algo muito estranho está acontecendo, e digo com certeza coisa boa não é.

O velho bar man, vira para Matheo enquanto seca alguns copos e diz. - ora, não seja tão pessimista, nem precipitado. Você ainda é jovem, tem mais ou menos a idade de minha filha. Eu acredito que não seja nada, e que amanhã cedo as coisas se normalizarão. - Matheo então o responde. - velho, sejamos realistas. Não dá para confiar nesse pacto de não hostilidade não acha? Grandes nações sempre tiveram rivalidade uma guerra pela supremacia. Sempre foi assim, e porque as coisas mudariam agora? Porque somos mais civilizados? Ora, temos tecnologia o suficiente para confundir e interceptar sinais de outras nações, o que garante que não estejam fazendo isso agora? Sejamos realistas velho, venho pensando isso a alguma minutos, alguma nação pode ter declarado guerra a União Europeia. E a inteceptação do sinal pode ser muito bem um desafio não acha? - ouvindo as palavras de Matheo, o velho pensa um pouco e responde. - não é improvável, mas eu não quero acreditar nisso.

O momento de ponderação de Matheo é interrompido por um grande ruído, um som de impacto que vem da rua, um alarme soando e varias pessoas gritando correm em direção a um veículo. Matheo sai para fora do bar para ver o que está acontecendo e vê um carro colidido com um muro, e um motociclista caído inconsciente com varias pessoas à sua volta gritando por ajuda. Matheo se aproxima e diz a uma dessas pessoas. – para que fazer tanto alarme, não é mais fácil e coerente apenas chamar o resgate? – então um senhor responde ao Matheo. – já faz umas três horas que nenhum aparelho de comunicação funciona. – Matheo então cruza os braços, respira fundo e pensa um pouco e diz. – nesse caso não há nada que eu possa fazer.

E assim Matheo segue seu caminho para casa. Andando poucas quadras ele finalmente chega em sua casa. Como sempre, ele liga o seu computador e percebe que está sem sinal. Ele resmunga. – droga! O que será que está acontecendo aqui?

Então ele se deita por alguns minutos olhando para o ventilador de teto. Depois se levanta vai para o banho, prepara um café, e abre as cortinas da janela que já estavam meio empoeiradas. Então ele reflete sozinho. – entre o caos e a monotonia do dia a dia, sequer existe algum tempo para contemplar da janela do próprio quarto o por do sol.

E ao som das sirenes cai à noite. Em meio à melancolia e o caos de Paris, Matheo solitário em seu quarto resolve acompanhar os capítulos de um seriado sobre zumbis. Até a hora em que fosse dormir.