Filha do Mar. (COMPLETO)

Capítulo 58

- Olá? - balancei minha mão na frente da cara deles.

Eles continuaram a repetir a frase e eu tentei fazer a hipnose.

- O Balize não está comigo, vão embora e não voltem nunca mais.

Eles pararam de falar e foram embora, eu respirei fundo e entrei em casa e olhei se eles tinham feito algo, mas estava tudo do jeito que eu deixei.

Subi para meu quarto, tomei um banho e fiquei relaxando na banheira, eu precisava disso, de um tempo para mim.

Emma

- Filha olha o que eu comprei para o bebê.
- É lindo mãe, mas rosa? a gente ainda não sabe o sexo.
- Eu tenho certeza que é menina.
- Vamos ver. - sorri.

Minha mãe estava me ajudando a caminhar, fiquei tanto tempo de repouso que ainda estava andando com dificuldade.

A campainha começou a tocar e eu quis atender pra treinar meus passos, abri a porta e fechei rapidamente em seguida.

- Quem era filha?
- Ninguém de importante.

- Ei Emma abre a porta, eu só quero saber como você está. - gritou.
- Vai embora. - ordenei.

- Filha abre para o rapaz, escuta o que ele tem a dizer.
- Eu não quero ouvir nada dele.
- Filha por favor.
- Mãe não me obrigue a fazer o que eu não quero.
- Tudo bem, vá para seu quarto que eu atendo.
- Obrigada.

Subi as escadas e fiquei escutando a conversa pela escada.

- Por que ela não quer falar comigo?
- Você ainda pergunta? você abandonou ela no pior momento.
- Eu não podia abandonar a minha mãe.
- Eu sei que não, mas você é Pai agora, tem uma responsabilidade.
- Eu conversei com a minha mãe e eu disse que vou ser um bom Pai.
- Ela me disse. - sentou no sofá.
- Eu estou me esforçando, eu sei que eu errei, mas eu amo a Emma. - se sentou ao lado da minha mãe.
- Amar não é o suficiente.
- Não?
- Falar que ama até ursinho fala.
- Eu amo ela de verdade e essa situação está acabando comigo.
- Você que acabou com a minha filha, eu quase perdi meu neto.
- Eu sei e como eu disse estou me esforçando pra ser uma pessoa melhor.
- Que bom, fico feliz por isso, mas seja bom longe da minha filha e do meu neto.
- Vocês não podem me impedir de ver meu filho.
- Por favor vá embora, suponho que você já disse tudo que tinha que falar.
- Ainda não, deixa eu prosseguir.
- Eu já ouvi tudo, por favor vai embora.

- Escuta a minha mãe, vai embora e não volte nunca mais. - respirei fundo.
- Emma... - sorriu.