/ eu meu /

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Eu sou um misto incoerente de coisas.
Uma coesão sem noção;
Um vulcão em erupção
e um deslize de uma navalha em sentimentos.

Oh Deus, quem dera eu ser apenas uma simplória moça.
Se minha idade eu pudesse voltar...
Voltaria aos quinze e tanta coisa eu iria mudar.
Deus, ainda me escuta?

Ora... Ora eu.
Ora eu sou assim, ora eu já não quero,
não me cabo em mim.

Ora eu amo o mundo,
Ora queria eu me isolar,
Ora amo MPB, bossa nova, blue e jazz,
Ora eu amo músicas vazias e sem sentimentos,
Ora eu te amo tanto,
Ora eu só queria me desprender desse sentimento.
Ora eu idealizo uma vida, ora eu só quero estar na minha cama.

Todas ás vezes
Às vezes que desisti
eu me reergui e sorri;
Eu quase não caio,
Quase.

Ás vezes, odeio sentir tanto,
ser tão constante,
amar sempre com avidez,
sentir, criar, imaginar, me iludir, me afundar...

Essa mistura,
Essas idéias,
Tudo tão cinza e tudo tão cego,
Tudo tão colorido e belo.

Quem dera eu, se meus quinze anos pudesse voltar,
diria a mim mesma para ser mais sábia,
lutar pelos meus amores,
lutar por meus valores
e lutar pelas minhas razões.

Certamente, eu não me ouviria
eu nunca fui dessas de pedir conselhos
dirá segui-los.
Eu iria rir e achar engraçado.

Porque eu jamais saberia ser
capaz de amar tanto alguém,
querer tanto alguém,
sonhar tanto,
almejar o mundo.
Eu nunca iria imaginar ser tão
intensa quanto sou hoje
para tudo que a vida acaba me proporcionando.

06/04/2019

ALLY

AmorasWhere stories live. Discover now