Só mais cinco minutos e eu sou liberada. — Penso enquanto olho para a porta. Essa foi uma semana difícil para mim. Depois do meu último encontro com o Sr. Clark , decidi esquecer o que aconteceu naquela casa, naquele fim de tarde. O problema é deixar de sonhar com ele. Eu até tento, mas não consigo. E toda vez que eu fecho os olhos ele está lá. Secando-me com seu olhar possessivo.
— Pode ir, Liza. — Diz Sr. Collins. Eu abro a porta e caminho apressadamente. Quero livrar-me desse uniforme horrível. Quero me livra das tarefas pesadas, quero cair na cama e tentar ter um sono decente. Sem o Sr. Clark é claro.
E pensar que tudo aquilo poderia ser evitado. Eu poderia ter evitado? Não, claro que não. Eu quis tanto quanto ele. Aperto a têmpora esquerda de tanta raiva. Agora ele vai pensar que eu sou uma completa...
Esse pensamento aterroriza-me. Ele vai contar para todos os amigos e agora os amigos dele vão querer fazer o mesmo comigo? Droga! Onde eu fui meter-me. Por que eu desejar o que eu não posso carregar. Isso sempre acontece comigo. Primeiro o Zack e depois Sr. Clark.
Toda voz que eu penso no seu sobrenome, uma voz poderosa diz: Pode me chamar de Danniel.
Balanço a cabeça tentando esquecer a voz. Só então reparo que já estou do lado de fora prédio. Atravesso a rua e paro diante do meu carro caindo aos pedaços. O seu estado é deplorável. Não sei como ele sobreviveu por quase duas gerações.
Algo pressiona levemente o meu ombro. Eu viro-me e encontro o sorriso de Zack cintilando para mim. Escoro-me no carro e tento manter a minha cabeça sobre controle.
— Você me ouviu chamar? — questiona ele, escorando-se no carro, bem ao meu lado. Eu coloco as mechas rebeldes do meu cabelo atrás de minha orelha.
— Desculpa, eu não ouvi. — respondo em um tom decrescente até a minha voz sumir. Ele sorri novamente e eu quero morrer por causa disso.
— O que vai fazer agora? — questiona-me. Eu entorto a cabeça para um lado e olho atentamente para o prédio diante de mim.
— Não sei. — respondo em um profundo suspiro. — Talvez ir para casa, tomar um banho e dormir. — completo.
Ele suspira.
— Isso parece ótimo, mas você não vai fazer isso. — diz ele. Eu volto meu rosto para encontrar o seu.
— Não? — ecoou. E ele assente descolando-se do carro e para na minha frente.
— Vamos tomar um sorvete? — ele questiona-me.
Eu sacudo a cabeça em discordância.
— Eu estou cansada, Zack. — respondo.
Ele umedece os lábios e fixas seus olhos em mim. Eu abaixo a cabeça involuntariamente. Ele agacha-se para encontrar o meu rosto escondido pelas sombras.
— Vamos. — diz ele puxando-me. Minha mão cola com a dele. E mesmo eu oferecendo um pouco de resistência, ele continua me puxando rua abaixo.
Paramos de frente a uma soverteria. Nós entramos na mesma e paramos diante do balcão. Zack encosta-se nele.
Ele analisa-me de forma estranha e logo em seguida morde lentamente o lábio inferior.Droga! Ele está fazendo isso! Pare, Zack, por favor.
Ele sorri, como se tivesse ouvido o meu pedido mental.
— Então chocolate? — diz ele. E eu sacudo a cabeça. — Eu sabia. — ele completa como se essa fosse uma boa novidade, mas não é.
Depois de alguns segundos de espera, recebemos nosso sorvete. Eu começo a dar ligeiras lambidas no meu sorvete, que está delicioso.
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Seja Minha
KurzgeschichtenUma jovem diarista acaba recebendo um serviço de sua empresa para trabalhar em uma casa mais afastada do centro. Chegando à casa, ela encontra-se vislumbrada pelo belo homem e começa a desenvolver uma estranha relação com o dono da casa. Será difíc...