Capítulo Quatro

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As semanas começaram a discorrer bem depressa e da mesma forma o meu relacionamento com Danniel, eu não sabia que atrás daqueles belos olhos verdes dominadores, existia um homem solitário e muito romântico. Sim, o mesmo Danniel Clark que se demonstrava extremamente dominador e autoritário.   

É difícil acreditar que ele possa ser inteiramente meu, cada parte do seu corpo, cada suspiro, cada palavra. Isso é bom demais. Entretanto, ele tem me evitado sexualmente falando. Depois daquele episodio com o cinto e com as estrelas.  Não sei se fiz alguma coisa, ou se não fiz, por que toda vez que me aproximo de Danniel, ele nega-me com aquele papinho: Você não está pronta pra mim ainda.

Sacudo a cabeça tentando esquecer essa frase. Coloco o balde dentro da prateleira e suspiro. Mais um dia de trabalho realizado. Penteio os fios rebeldes do meu cabelo. Estou louca para retirar esse uniforme. Louca para sair desse prédio.

— Liza, O chefe quer falar com você. — diz uma das garotas com as quais eu trabalho. Merda, que será que ele quer comigo? Quase todo mundo já foi dispensado. Eu balanço a cabeça e a garota dissipa-se nas sombras.

Suspiro antes de sair do cômodo mal ventilado. Caminho pelos corredores e atinjo o corredor que me leva até a sala do chefe. Ainda tem algumas pessoas nos corredores, suponho que seja o pessoal da administração.

A porta da sala está ficando cada vez mais próxima e mais próxima. O lado negro do meu subconsciente está gritando: Você vai ser demitida. Demitida.

Isso me apavora até eu tocar na maçaneta da porta. Meu coração bate com tanta violência que eu suponho que outras pessoas possam ouvir.

Bato na porta e abro-a logo em seguida.

— Queria falar comigo chefe? — questiono. E Sr. Collins sacode a cabeça.

— Eu quero falar com você, sim. — responde-me ele. Eu adentro a sala.

Sr. Collins gesticula para a cadeira bem na sua frente. Eu caminho e sento-me na mesma. Minhas mãos descansam sobre o meu colo.

— Liza Hortz, há quantos anos você trabalha aqui na empresa?

Eu arregalo os olhos ao ouvir o meu nome.

— Não sei, talvez um ano ou mais. — respondo.

Ele balança a cabeça e levanta-se.

— Por que esse emprego? Quero dizer, por que não outro emprego? — ele questiona.

— Meus pais... Eles morreram em um acidente com o ônibus e... Deixaram-me sozinha, eu não tinha como pagar o antigo apartamento, então reduzir os gasto, mudei de apartamento e deixei a faculdade para o segundo plano. — respondo sentindo um tremendo aperto no coração. Odeio falar sobre os meus pais. Odeio.

Ele passa por mim e eu fico de costas para ele. Não sei o que ele está fazendo. Ouço o som de algo se abrindo. Viro o rosto e percebo que há algo de errado. Sr. Collins está com o zíper da calça a perto. Eu consigo ver sua cueca horrível.

— O que pensa que está fazendo? — grito.

Ele avança encima de mim. E eu o cotovelo.

— Eu te quero, querida. — diz ele. — O aumento de salário e todas as regalias que eu lhe dei não foram o suficiente?

Ele segura os meus braços com tanta força.

— Solte-me, seu verme miserável.

— Não até você me dar o que eu quero. — diz ele esticando-se ao máximo para atingir a minha boca.

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