Capítulo 3

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Lena Luthor P.O.V

Arriscar, essa palavra quase sempre era usada por mim em âmbitos de relacionamentos.

Arrisquei-me, pela primeira vez, ao dar o meu primeiro beijo com o meu melhor amigo, Dylan, na terceira série. Confesso que o beijo não saiu como eu imaginei mas não foi de todo mal, para crianças que mal sabiam o que estavam fazendo.

Na segunda namorei por alguns meses com George, o cestinha do time de basquete. O que não foi uma boa ideia, ele apenas queria uma coisa, sexo, e eu não estava tão afim assim dele para me entregar daquele jeito.

Na terceira vez aceitei namorar com a garota mais popular da faculdade. Sim, uma garota. Kara Danvers era o paraíso de toda garota ou garoto bissexual e eu me joguei de braços aberto nesse paraíso.

Corpo atlético, um metro e setenta e três de altura, cabelos dourados e sedosos- parecia que ela sempre estava estrelando um comercial de shampoo-, olhos azuis que mudavam de cor com a luz do ambiente... Me diz, como não aceitar?

Eu tinha consciência de que ela nunca olharia pra mim. Seu grupinho de amigos e ela mesma escolhia sempre um padrão de garotas- e as vezes, garotos- para levar para a cama. Eu não fazia o padrão dela.

Corpo muito fora de forma, um metro e sessenta e oito- que pareciam menos-, cabelo comum, olhos verdes comuns... Como alguém se olharia para mim?

Mas ela deixou suas lindas pedras preciosas, que ela chamava de olhos, cair sobre mim. O famoso clichê onde a popular se apaixona pela nerd feia aconteceu comigo, por algum tempo, até que ela percebeu a estupidez que havia feito.

Se eu não tivesse ido naquela festa, nunca teria me enganado tanto.

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Eram nove e quinze da noite. Meu pijama, pipoca, sorvete e meus DVDs de comédia romântica me esperavam para uma noite romântica, mas infelizmente tive que furar com eles para ir a uma festa sem graça, com pessoas vazias querendo atenção.

Me sentia um enfeite de casa de vó. Meu vestido, com certeza, estava marcando todas as imperfeições do meu corpo.

-Se anima, Lena -Sam, a culpada por me fazer furar o meu encontro romântico, me incentiva ao ver minha cara de enterro. Estávamos no carro dela indo para a festa que os calouros estavam realizando para chamar a atenção dos idiotas, populares do segundo ano. -Algo me diz que essa noite será legal para nós duas.

-E seria se eu tivesse ficado em casa. -Cruzei os braços encarando o asfalto do lado de fora do carro. -Não tem nada naquele lugar que me faça ficar animada. Só terá um bando de alunos bêbedos, chapados e transando. Você deve tomar cuidado para não pegar alguma DST por lá.

-Não exagera, Lena. Permita-se se divertir essa noite. -Revirei os olhos e Sam riu.

Como havia previsto a casa estava lotada de alunos ansiando por sexo como leões famintos. Tratei logo de me esconder.

Fiquei a maioria do tempo conversando com o pessoal mais sensato daquela Universidade, Alex e Winn Scott. Os dois eram primos e juntos poderiam achar a cura para o câncer. Conversamos sobre várias coisas relacionadas a ciência. Eles, além de Sam, eram meus únicos amigos.

-Ouvi dizer que o Mon-el brigou com a namorada. -Alex comentou fazendo Winn cuspir toda sua cerveja. -O que deu em você? -Encarou séria o garoto.

-Eu...Eu só me afoguei. -Winn respondeu nervoso. Aquela notícia realmente deixou ele desconcertado.

-Não me diga que você e o...Não! -Alex levou a mão a boca, surpresa com o que havia acabado de descobrir.

The DealOnde histórias criam vida. Descubra agora