oi, sejam bem vindxs a essa nova fanfic. Eu tava pensando nas meninas, e tinha uma idéia de uma fanfic com alguns aspectos daqui e eu decidi desenvolve-la. (existem alguns erros de concordância e de escrita, porém é pra ter a essência das meninas mesmo) Espero que gostem e se surpreendam. Beijos!
obs: alguns nomes são fictícios.
Nada nunca é o que parece.
Vitória's POV
O céu despencava, tornando o dia ainda mais melancólico e triste. Uma nuvem de chuva pousou na sua ida. Eu assistia as gotas escorrendo pela minha pequena capa de chuva amarela, enquanto as lágrimas escorriam sem calma pelo meu rosto. Parecia que tudo ocorria em câmera lenta a minha frente. Mainha chorava desesperada com Anabê em seu colo, enrolada com várias mantas, Sabra de mãos dadas com a vovó e um guarda-chuva enorme cercavam elas. Eu não entendia muito, todos me olhando com um olhar entristecedor e eu mal sabia como agir. Mas sabia que dali pra frente algo, iria mudar. Estava com raiva. Eu precisaria saber de tudo para poder vingar a morte do meu pai.
Tudo me parecia desconhecido ali. O momento, as pessoas conhecidas e pessoas que de fato, eu não conhecia. Muitas choravam.
Meus primos, Mike, Bia e Feli estavam quietos. Pela primeira vez nosso encontro não foi repleto de felicidade e bagunça que era quando eles chegavam nas férias para nos visitar. Tudo ali me deixava inquieta. E mesmo depois de toda a cerimônia, algumas pessoas insistiram em continuar ali, talvez para que caísse a ficha.Tio Luiz Tulio é um bom homem. Trabalhava com o Papi. Era dono de uma das Filiais Falcon's Empreiteira e um dos sócios. Foi ele quem foi avisado primeiro que o meu pai havia sofrido um acidente cruel durante seu voo a negócios para Miami. Diziam que um bandido invadiu o voo, entrou em confronto com o piloto e dai, você consegue imaginar o que pode ter acontecido.
— Não acha estranho o Humberto ser assassinado logo depois de fazer uma denuncia sobre as propinas e tráficos dentro da empresa que trabalhava e que ele mesmo fundou? — Escutei ao fundo o Michel, advogado do meu pai comentar com o tio Luiz, logo atrás de mim.
— Muito... mas o caso foi encerrado antes de saberem mais. Com certeza foi o que disseram, Michel. Bandido que queria dinheiro. Não creio que seja por esse motivo e sim, pela mala de euros que ele carregava naquele dia. O delegado Smith afirmou que teve um confronto, e, tinha um corpo não identificado nos escombros — Tio Luiz disse baixo, olhando para os lados, enquanto segurava seu guarda-chuva preto gigante.
— Essa história ainda não encerrou, Luiz. Tem muita coisa mal resolvida. — Michel falou calmo e em seguida ouvi-o se despedir e passos de pés molhados pisando na grama ficando cada vez mais distante.
Eu não compreendia muita coisa naquele dia. Era apenas uma criança de 11 anos que havia perdido o pai em um acidente cruel. Eu tentava pegar as conversas que ouvia e interligar para que algo preenchesse e fizesse sentido dentro de mim. Odiava a minha ingenuidade. Todos falavam que sentiam muito por eu não entender. Me abraçavam. Abraçavam Mainha, que, nem forças pra se auto-amparar tinha.
Queria tirar essa dor dela. Queria ter evitado a morte do meu pai.
Cansada, triste, frustrada e sem saber o que fazer, decidi andar por aquele lugar que era desconhecido por mim, até o momento.
Indo cada vez mais longe eu assistia várias pessoas em torno da lápide de Painho. E em seguida olhando as lápide em volta daquele ambiente. Eram vidas que se foram, talvez realizadas, talvez com sonhos interrompidos, ou talvez brutalmente tiradas. Como a dele. Eu o amava e o amo. Foi injusto tira-lo de mim. Tinha feito muitos planos e ele prometeu estar lá para me ver realizando todos.
A chuva continuava caindo ferozmente em meu pequeno corpo, e eu, pouco me importava. Quando ouvi alguns passos se aproximando de mim. Ouço a voz do meu tio me chamando ao fundo
— Solzin! — Ele sempre me chamava assim. Dizia que meus cachos cor de mel iluminavam a vida de todos e por isso o remetia ao sol. Olhei rapidamente para trás o encontrando
— Oi tio — falei sem ânimo olhando em sua direção com dificuldade, já que meus olhos se encontravam cansados e inchados após uma chuva de lagrimas.
— Não devia ficar andando sozinha por ai. Sua mãe está atrás de você para irmos pra casa. Vamos? Tudo vai ficar bem — Ele disse estendendo a sua mão gigante e colocando o guarda-chuva no topo da minha cabeça, dando um breve sorriso
Fui em direção aos seus braços, buscando o conforto que só os braços de uma pessoa tinha. E agora não poderia mais me abrigar neles. Ele me pegou e ergueu para seu colo e seguimos em direção ao carro de mainha.
Ela se encontrava la dentro junto das minhas duas irmãs, Sabra com o cinto sentada no banco da frente e Anabê na cadeirinha. Entrei e me acomodei no banco traseiro, ao lado de Anabê. Encostei cabeça na janela olhando as gotinhas na mesma, escorrendo e indo embora. Mainha me chamou e olhou do retrovisor, sussurrou um"eu te amo" engasgado e cheio de significados. Eu disse que a amava também. Ela deu partida no carro e seguiu em direção a nossa casa.
Ali, observando a paisagem eu fiz uma promessa a mim mesma: Tudo iria mudar. Eu não serei a garotinha que todos estavam com pena por ter perdido o pai. Vou proteger todos que amo, vou desccobrir tudo sobre a morte do meu pai, e não importa o que aconteça. Nem que pra isso eu seja uma pessoa má.
Espero que gostem do primeiro cap pra entenderem um pouco do começo (:
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Yin & Yang (Anavitoria)
FanfictionYin e Yang, dois componentes que se completam tão divinamente que se tornam um só espírito, mas em formas separadas. Yin, carregando em si grandiosa impureza e escuridão, uma parte imperfeita de sua outra metade graciosa. Apesar de suas característi...