Amesterdão, 17/10/1990
— Então, já escolheu o nome?
Pergunta a madre sorrindo e olha para a bebê com muito amor.
— Já! — ela fala emocionada e com gotas de lágrimas nos olhos — Vai chamar-se Antonella, significa valioso, para mostrar o quanto minha filha é valiosa para mim...
— Sabe, admiro muito você!
E a madre sai do quarto, preocupada com a situação, quando ela recebeu Fel grávida e sem abrigo porque tinha sido expulsa de casa ela sentiu-se tentada em perguntar quem é o pai... mas não teve a ousadia.
— Você gostou do seu nome minha filha? — ela perguntou com sua voz mais fina e dócil enquanto suas mãos fazem carinho na bebê — A mamã adorou! Minha pequena Antonella...
Amesterdão 25/10/2000
— Ah! Mãe, por quê temos que viajar e nunca mais voltar? — a pequena Antonella pergunta brava, ela não queria se mudar, já tinha seus amigos e não queria conhecer novos.
— Eu não disse que não vamos mais voltar, eu só disse que aqui não será mais nossa casa porque... Porque...
Fel não sabia como acalmar a filha e nem o que dizer, ela nunca tinha planejado se mudar, pelo menos não tão cedo!
— Tá bem mãe! Já sei que são assuntos de adultos e mesmo com mil explicações eu não entenderia, mas eu já não sou um bebê e devia saber!
Antonella podia ser muito chata quando o assunto é descobrir algo, mas não queria ver sua mãe triste.
Fel sorri como uma boba — Você sempre será meu bebê.
— Ah, que horror mãe! Eu já tenho 10 anos! E não sou mais uma bebê!
— E quem disse que não? Enche a boca dizendo que já não é um bebê, mas nunca me ajuda nos serviços de casa! — Agora era vez de Fel reclamar, ela sabia que tinha nascido uma filha preguiçosa mesmo.
— Bem... Vou retirar-me, preciso ver se está chovendo — Antonella sai correndo porque sabia que essa era uma briga sem chances de vencer.
— Cuidado para não cair filha! — ela grita — essa menina basta ouvir sobre trabalho e logo foge... — Fel resmunga.
Antonella
Londres, 20/12/2004— Mãe! Vou a casa da Beca! — Eu descia as escadas apressada e vestida de roupas de inverno.
Minha mãe estava na cozinha preparando o jantar.
— Não esqueça de andar com a bomba de ar menina! E cubra-se bem!
— Não se preocupe mãe! Nesse momento com certeza Londres está com falta de tecidos porque está tudo no meu corpo! Estou parecendo uma hipopótamo!.
Ouço os risos da minha mãe e saio de casa. Quando saio de casa estava muito frio, eu sentia como se minha pele estivesse congelando sempre que caia um floco de neve no meu corpo, até pensei em desistir e voltar para casa, mas preferi continuar a andar até chegar em casa da Beca. A cada passo que dou, sintoque o vento só aumentava e o frio também... Então preferi entrar na primeira loja que vi mesmo só tendo 50 centavos no bolso...
Entro na loja pequena e quentinha, cumprimento uma senhora de meia idade nada simpática e começo a caça aos doces... Só espero que encontre algum bom que custe 50 centavos, mas o preço dessa loja era um pouquinho alto e o que tinha de 50 centavos era porcaria... A porta se abre roubando minha atenção e entra um garoto de cabelos pretos, olhos castanhos, com um corpo muito atraente e lábio fino... Não muito fino, mas perfeito! Eu fiquei observando ele enquanto falava com a senhora mal humorada, ele parecia ser mais velho que eu acho que tinha uns 17 anos... perfeito para mim literalmente manter em meus pensamentos... Vou o chamar de galã dos filmes! Ele é tão simples e tão... Oh Meu Deus! Eu estou apaixonada! E o pior é que ele nunca vai se interessar por mim... Minha mãe sempre diz que sou muito linda e muito parecida com meu pai, mas eu não acredito. Meus olhos grossos e meu cabelo comprido preto me fazem parecer ser uma indiana! Eu gostaria de ser loira, magra e linda como minha mãe...
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A Doce Vingança (concluído)DEGUSTAÇÃO
RomanceMe segue no Instagram xodósss @marilenemateus, link na bio. DEGUSTAÇÃO, LIVRO COMPLETO NA PLATAFORMA BUENOVELA E LERA Após a morte da mãe de Antonella a polícia encerrou o caso e as investigações acusaram ser suicídio. Desde então, Antonella mo...