Visita estranha

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Segunda feira, 5 de maio de 2000, 11:45 da manhã; O sol estava quase a pino e João usava um chapéu de palha daqueles que o Pinduca usa, estava no meio do roçado, carpia sua plantação de mandioca, com exceção do sol escaldante tudo corria normal, enxada amolada e os matos eram retirados com uma velocidade incrível, era quase hora do almoço.

Carpindo a espera da hora de ir pra casa almoçar, João acelerou para terminar a meta que traçara. Foi de repente,  sentiu uma tontura, a vista escureceu o mundo girava e ele já não sabia onde estava; sentiu o gosto de sangue em sua boca, caiu no chão e adormeceu.

__ Ei, hoje vou te revelar algo!

__ Vou te mostrar que você tem um dono, tu é meu!

Dizia um ser que usava uma capa preta e deixava a mostra uma calda como de uma cascavel, pela sombra que projetava sobre o corpo caído de João, dava a perceber dois chifres que pareciam duas pontas de lanças.

__ Vou mandar uma surpresa para você! dessa vez não me escapa!

Quando João finalmente despertou, já era por volta de 15:30, colocou-se sobre os pés e juntando a ferramenta de trabalho, retornou para casa. O caminho não era tão longo em menos de 30 minutos estava em casa, ou seja às 16:00 pra ser mais preciso João havia chegado em casa; Guardou  a enxada e ao abrir a porta percebeu que algo se movimentava dentro da casa que havia deixado fechada, o que seria? João chegou a pensar que fosse o gato, quem sabe ele não resolveu fazer uma nova visita.

Sem medo ele entra e constata que além do livro de 100 paginas esta revirado, o restante da casa permanecia igual, pegou o livro e simplesmente não faltava uma página. Pensou, __ Será que devo procurar um médico? dessa vez essa tontura essas visões estranhas foram longe de mais, coçou a cabeça lembrando do episódio no campo.

Seguiu adiante, pegou uma toalha, precisaria tomar um banho para refrescar a memória, despiu-se e ligou o chuveiro e ficou remoendo a frase que ouvira "DESSA VEZ NÃO ME ESCAPA". __ Isso não passa de bobagens da minha cabeça.

Falou para si, enquanto pegava o sabonete; mais cinco minutos e estava se secando para sair do banheiro, era melhor esquecer essa conversa de "você não me escapa".

Fez um lanche e como de costume fora deitar, dessa vez na cama que fica no quarto ao lado da sala onde fica o sofá que tanto gosta para descansar; Deitou de costas e cobriu os olhos com um lençol.

Sentiu um vento frio do joelho para baixo, e logo em seguida alguém sentou do lado esquerdo de João, tentou retirar o lençol de cima dos olhos, não deu, seu corpo estava paralisado.

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