Dia A Dia Com Poemas. (Reescrevendo).

Dia 3, tristeza.

Mais um dia se iniciava e para minha infelicidade tive que acordar exatamente no mesmo horário do dia anterior e fiz o mesmo ritual matinal de sempre para ir para a escola, me despedi da minha mãe e meu pai me levou. Dessa vez não me atrasei  o que foi um grande milagre.

Me despedi do papai, entrei na escola e como era de costume fui direto para sala de aula que estava vazia e me sentei no lugar de sempre, bendita seja minha rotina que tanto odiava. Dois minutos depois o sinal tocou e a sala começou a encher até que todos os alunos já haviam entrado e a professora também, dessa vez as duas primeiras aulas foram da professora Kariny que dava aula de inglês (essa era a professora que eu mais gostava, como eu sentava à frente da mesa dela a mesma sempre ficava conversando comigo), ela escreveu um texto em inglês na lousa e nós deviamos fazer a tradução, eu terminei em 20 minutos pelo tamanho do texto que não era nada pequeno até que terminei rápido e dei para ela corrigir estava tudo certo a professora me elogiou e nós ficamos conversando por um tempo já que mais ninguém havia terminado (tenho quase certeza de que eles estavam fazendo isso de propósito para a professora não passar mais nada, o texto podia até ser grande, mas não estava difícil fazer a tradução), tocou o sinal anunciando o fim da primeira aula e o início da segunda. A professora já estava mostrando sinais de nervosismo por mais ninguém ter terminado, ela se levantou de sua cadeira e deu uma bronca nos demais alunos pela demora e quando falou que eu já havia terminado mesmo não olhando em volta pude senti muitos olhares em minha direção, naquela hora abaixei minha cabeça e escondi meu rosto com as minhas mãos para que ninguém visse minha face toda vermelha de tanta vergonha que estava sentindo. Um minuto depois da bronca por mais incrível que pareça apareceram vários cadernos na mesa da professora para serem corrigidos, depois de algum tempo o sinal soou novamente e era hora do intervalo.

Quando estava saindo da sala Caroline parou na minha frente me impedindo de passar.

- Para de graça Caroline, saia da frente do garoto - Interveio Evelyn ao meu favor.

Caroline olhou para ela e disse :

-Não precisa se preocupa eu já irei sair, só vou dá um aviso para ele antes - Caroline desviou seu olhar de Evelyn para mim e continuou a falar - Estranho, eu só vou falar isso uma vez então preste bastante atenção e não discuta. Sabe aquele trabalho que nós temos que fazer?

- Vocês já resolveram que parte cada um vai realizar? - Perguntei na inocência e ela começou a dar risadas.

- Sim nós já fizemos isso e ficou decidido que você fará tudo sozinho - Abri a boca para falar, mas Caroline me mandou ficar quieto e eu obedeci - Escute bem estranho dia 10/10 eu quero esse trabalho feito na minha mão ou você vai se arrepender - Quando ela disse isso todos do grupinho dela com exceção da Evelyn começaram a ri da cara de medo que fiz.
 
- Não Precisa se preocupar Igor eu irei te ajudar a fazer o trabalho - Disse a Evelyn com um sorriso no rosto e os amigos dela a olharam espantados como se ela tivesse falado a coisa mais absurda do mundo.

- Você é  muito burra por fazer com ele se pode ter tudo na mão sem realizar o mínimo esforço... - Lucas estava falando e Evelyn simplesmente deu as costas para ele e saiu da sala.

Caroline olhou pra mim mais uma vez com um olhar de desprezo, me deu um tapa na cara sem mais nem menos apenas porque ela sentia prazer em me humilha e saiu da sala sendo seguida pelos demais que davam altas risadas. A minha única reação foi começa a chorar por ser tão idiota e deixar que os outros fizessem o que queriam comigo dessa forma e não falar nada, voltei pro meu lugar, abaixei minha cabeça e fiquei lá chorando.