Como se apaixonar em meio ao luto? Kim Taehyung não consegue esquecer a dor da perda de seu irmão, então fica obcecado por sua tristeza. Até conhecer Jeon Jeongguk, que tenta mostrá-lo que existe amor em meio ao luto e que às vezes é preciso perder...
❝enquanto sumo aos poucos, eu estou cansado desta vida. eu só quero gritar: como pôde acontecer isso comigo? ❞
「untitled」
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— Taehyungie, olhe pra mim.
A garganta estava seca por passar a maior parte do tempo entreaberta buscando fôlego e se agarrando ao último fio de sanidade, Jeongguk queria fazê-lo perder o resto do controle e estava conseguindo. Taehyung olhou para baixo vendo-o ajoelhado, chupando-o como se fosse seu doce favorito, curiosamente seus dedos foram para os fios emaranhados do outro, controlando os movimentos, Jeon relaxou o quanto pode a garganta era quase impossível não engasgar, os olhos negros excitados lacrimejando acendendo o lado sádico do outro, que não teve pena em estocar uma, duas, três vezes, estava delirando de tesão.
— Gukie, assim eu v-
Taehyung?
Tae, acorda.
TAEHYUNG!
— O quê?! — Gritou e viu Namjoon olhando-o desconfiado e rindo ao mesmo tempo. — O que você quer, tio?
— Melhor você acordar. Foi algum tipo de sonho com briga de bandas mesmo ou pesadelo? Aliás, Jeongguk está lá embaixo.
— Meu Deus! — A voz do mais novo afinou na defensiva, queria evaporar. — E-ele... Ouviu alguma coisa? Quero dizer... — Desviou o olhar totalmente constrangido cobrindo o corpo melhor, na verdade uma desculpa silenciosa para esconder a ereção dolorida no meio das pernas. — Ele está aqui há muito tempo?
— Ele estava no seu sonho? — Namjoon ergueu a sobrancelha de maneira sugestiva e Taehyung cobriu o rosto tamanha vergonha. — Não se preocupe, vim te chamar assim que ele chegou e você parecia eufórico dormido. — O pianista soprou todo ar preso dos pulmões em alívio, saindo do ''esconderijo'' — Então foi algum tipo de sonho erótico? Vocês já se pegaram por acaso?
— Kim Namjoon! Você anda convivendo muito com o Jin hyung. Não é nada disso, agora vai, preciso usar o banheiro, vai vai.
Namjoon cruzou os braços com um sorriso cínico.
— Pode ir, o que te impede?
Taehyung choramingou escondendo o rosto de volta, Namjoon balançou a cabeça se retirando do quarto, depois de lançar um último olhar de quem iria explorar o sobrinho por guardar um segredo.
O pianista levantou em um pulo da cama com a ereção além do habitual. Como se não bastasse sonhar que estava recebendo um oral do Jeongguk, o mesmo estava em sua casa. Puta merda! Era muito azarado mesmo.
Passaram-se algumas semanas desde a primeira visita dele, a vovó sempre o chama para os almoços ou lanches da tarde, se tornou comum sua presença tocando acordes melancólicos no violão, frequentemente pergunta se Taehyung está com vontade de tocar e ele sempre responde ''não'', então sorri dizendo ''tudo bem'', um impasse cortês. Não falou mais na Sana o que para o Kim foi ótimo.
