A única preocupação de Nataly no momento era se dedicar ao estágio que lhe daria a oportunidade de virar a tão sonhada Editora-Chefe, porém o destino tinha outros planos. O que ela não esperava era conhecer o melhor amigo do seu irmão e toda a inten...
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Sem perceber estamos no carro de Thiago, eu montada em seu colo. A intensidade de nossos atos era tanta que não me importei se alguém tinha visto nossa fuga. Ele me embala de tal maneira que me deixa maluca, há tempos não me sentia tão embriagada de prazer.
Ao apertar os fios de sua nuca, o beijo intensifica ainda mais e sinto uma de suas mãos subindo além de minha cintura. Se na praia o clima já estava quente, dentro desse carro está sufocante.
Assim como no primeiro beijo, sentimos a necessidade da separação para acalmar nossos pulmões.
— Não tenho palavras para descrever tudo que está acontecendo. — Thiago declara.
— Não precisamos de palavras agora. — Volto a beijá-lo de maneira insana. Ele me faz querer mais e mais. Estou tão excitada que sou capaz de jurar que nunca estive dessa maneira.
Nessa altura meu vestido já está levantado e ele tem suas mãos firmes em minha bunda. Eu já arranquei sua camisa e estou beijando seu pescoço quando uma batida forte na porta me sobressalta. Nós tentamos nos recompor, mas é quase impossível não saberem o que estávamos fazendo.
— Nat?
— Que Sophia? — pergunto frustrada abaixando o vidro.
— Ahh meu Deus! Me desculpe, mesmo. Lisa tá vomitando muito e o Lucca também não está em condições de dirigir.
— Como assim? Ela estava bem agora mesmo!
— Mas agora tá vomitando, Nataly. Precisamos levá-la para casa.
— Hunf — reclamo quase chorando. Logo agora essa vaca começa a passar a mal.
Olho para Thiago expondo toda minha frustração em ter que deixá-lo. Embora evidentemente frustrado igual a mim, mas com um agravante beem duro, diga se de passagem, ele me dá um sorriso fraco.
— Tudo bem. Pode ir ajudar a loira, teremos muito tempo ainda — fala compreensivo.
— Não tenho tanta certeza disso — resmungo ao me lembrar que embarco amanhã para o Rio.
—Você não ficará no Rio para sempre — declara com uma piscadinha que quase me dá o título de amiga desnaturada, dessa vez com razão.
Suspiro assentindo ainda contrariada. Thiago me olha com suas íris escuras e faiscantes antes de me dar um beijo de despedida, esse mais doce e carinhoso que os outros, contrariando todo o fogo e desejo que nos consumia minutos atrás.
— Avisa os outros por nós, por favor?
— É...acho que vou direto pra casa agora. — Coça a nuca constrangido.
— Por que, Thi? — Sophia quer saber. Jesus, mamãe tem que ter "aquela conversa" com ela logo. Nossa princesinha já tem dezoito anos, mas às vezes parece que tem menos por ser ingênua em determinados momentos.
