Capítulo 5

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Revisão

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Revisão. Revisão. E revisão.

Essas são as palavras que tem definido os últimos dois meses da minha vida. Tudo que tenho feito é me dedicar integralmente a revista, porém não reclamo, é o que sempre quis fazer.

Antes de vir para o Rio pensei que ficaria com eternas e constantes marquinhas de biquíni...pura ilusão, não enviei uma foto sequer a Lisa ainda. Continuo branquela do mesmo jeito e nem com a alusão das marquinhas.

Mesmo nos finais de semana tenho trabalhado para dar conta do serviço e ser reconhecida. Por mais fácil que pareça a área que trabalho no momento, ela requer muita atenção e dedicação para que após esses quatro meses restantes eu possa ir para a filial de sampa ficar mais perto da minha família. A diferença é que nos finais de semana sou mimada um pouco mais pela minha dinda e me permito assistir a alguns filmes com ela.

Ontem à noite, após mais uma semana produtiva e cansativa, minha dinda decidiu que hoje, sábado, vamos à praia alegando que eu preciso sair um pouco de casa e pegar um bronze. Após o café da manhã, partimos para o lugar mais procurado do Rio de Janeiro.

— Ahh...eu amo isso aqui — declara quando pousamos nossas cangas na areia e nos sentamos.

—‎ É realmente muito lindo — comento já desfrutando da vitamina D. — Sabe dinda, você podia me levar para conhecer o Cristo e o Pão de Açúcar. Desde que cheguei não aproveitei nada da cidade maravilhosa.

— ‎Podemos ir quando quiser, querida.

Ficamos ali, conversando sobre os acontecimentos recentes e depois vou comprar uma água de coco para nós.

— Estava pensando que podíamos começar a andar pelo calçadão de manhã. O que acha, pipoquinha?

Pipoquinha. O apelido carinhoso cai de forma tão saudosa que o nó na garganta é inevitável. Estou com tanta saudade de casa, dos meus pais, meus irmãos, meus amigos. Até as chamadas de vídeo tem sido feitas ocasionalmente por conta da correria do dia-a-dia.

— Nataly? — Angel me chama despertando-me do transe que estava.

—‎ Desculpa. O que falou? — questiono tentando engolir o nó e agradecendo pelos óculos de sol tampar as gotículas de meus olhos.

—‎ Oh minha querida, não tente me enganar que você não consegue. Está com saudade de casa, né?! — pergunta me fazendo suspirar.

As vezes penso que ela é a pessoa que mais me conhece no mundo. Desde que me entendo por gente ela é minha melhor amiga e confidente. Não há nada que ela não saiba, por mais que eu tente esconder algumas coisas as vezes.

—‎ Muita, dinda. Tá quase insuportável.

—‎ Eu imagino, querida. Pense que faltam poucos meses e que logo voltarei a ficar sozinha.

— Aiii que dramática essa mulher — pirraceio rindo.

—‎ Dramática uma ova. Vocês me esquecem. Pergunta se alguém me ligou no último mês? Tirando sua mãe, seus irmãos são todos ingratos. — Desabafa me fazendo rir mais ainda.

—‎ Nada a ver, dinda. Você sempre será nossa Angel — declaro depositando um beijo em sua bochecha.

‎— Tudo bem, tudo bem. Vamos caminhar? Era isso que estava te propondo; que começássemos a andar de manhã no calçadão.

—‎ Hm, acho maravilhoso. Preciso mesmo fazer algum exercício. Só ficar sentada e comendo vai me fazer voltar redonda para São Paulo.

—‎ E convenhamos que tem que estar gata e bronzeada para certa pessoa, não?!

Falei que nada passa dessa mulher. O pior é que se eu fechar os olhos ainda consigo sentir a maciez dos fios de seus cabelos entre meus dedos, o ambarado de seu perfume, o som de nossas respirações arfantes, seu olhar desejoso e o gosto inexplicável de seus lábios. Ter sentido seu toque sem que pudéssemos finalizar o que tínhamos começado me tortura até hoje. Já tive incontáveis sonhos com aquele moreno de olhos castanhos.

O restante do dia foi igualmente agradável. Agora, após termos tomado banho e jantado, estou procurando um filme para assistirmos.

— O que acha de assistir esse dos piratas? — sugiro me referindo ao último filme de Piratas do Caribe.

Não obtendo resposta me viro e pego minha adorada madrinha sorrindo de maneira duvidosa para o celular.

— Angelina!!! — chamo brava e recebo o par de olhos castanhos arregalados em minha direção.

—‎ O que foi?

—‎ Posso saber com quem a senhorita está falando? — Continuo fingindo estar brava e não morta de curiosidade.

—‎ Ahh, é um amigo — responde.

—‎ Amigo?

— Claro. Você acha que só vocês podem ter um PA de vez em quando? —responde, porém não fico surpresa, minha dinda sempre foi assim.

— Um pau amigo é realmente importante dinda, mas não estou bem para ficar falando de paus hoje.

— Oh, claro! — Ela diz sorrindo e então nos desconectamos das redes sociais e focamos no filme.


*

Hey galerinha, tudo bem?

Falem se essa madrinha não é uma anja mega divertida?! 

Nos lemos semana que vem ❤

Desejo LibertoOnde histórias criam vida. Descubra agora