"Plano A"

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Falar que eu tenho várias amigas é algo que ninguém acredita, nem eu. Todo mundo sabe que meu único amigo, é Enzo. E que quando eu vinha dormir aqui, era tipo uma piada, porque a gente não dormia e sim ficava maratonando Teen Wolf e fofocando sobre os outros, sobre os destaques da semana, como ele chama.
Não dormimos, primeiro que eu não queria dormir e que esse momento que passo com Enzo seja a última vez que poderei falar com ele abertamente assim. Outro que eu não conseguia pensar em outra coisa, a não ser sobre o tal do "Casamento com O Jhonathan Clark". Eu já sei o que irei fazer sobre isso. Quanto à minha família, vou ir la e falar que está tudo bem. Não precisam de preocupar com nada. Está tudo no meu comando.
- E então, você vai fazer o que agora? - Diz Enzo saindo do banheiro enxugando seu rosto.
- Eu já sei o que irei fazer, fique tranquilo.
- E o que você vai fazer? Pode me dizer?
- Desculpe, eu não posso contar isso para você. Eu vou me afastar o máximo possível de você, porque não quero você em perigo por minha causa. O que irei fazer agora, somente eu sei e só eu poderei. Quando chegar a hora certa, você vai saber o que eu fiz.
- Não faça besteira, por favor... mas porque não me quer em perigo? Por causa de algo que você planeja fazer? Me conte Hope, por favor. Eu não quero passar essas últimas horas com você e depois ficar sem saber se você está bem, ou onde está. Por favor Hope, me deixe te ajudar!
- Não por favor Enzo. -digo limpando seus olhos que agora estão cheios de lágrimas. - eu vou voltar, e irei ficar bem, não se preocupe. - e dou um beijo em sua testa. Ele assente e limpa o rosto novamente.
Ajudo ele a limpar a bagunça enorme que fizemos na sua sala e pego minhas coisas para ir embora.
- Fica bem por favor, eu te amo!- diz Enzo me lenvando para até a porta.
- Eu irei, e você também, se cuide. Eu te amo também! - e o abraço forte como se fosse a última vez que eu possa o ver. E realmente possa mesmo ser o último. Ou não.
Viro-me e sigo para minha casa.
No caminho ouço alguém me chamando.
- Ei vagaba, psiu!
- Vagabunda é a sua mãe seu filho da puta! - grito e acelero o passo.
- Calma ai gatinha, vai de vagar. Entra aqui no carro que a gente conversa melhor. - diz o cara. Eu não me viro para ver, estou brava e com muito medo. Então olho de canto. E continuo a caminhar, ainda mais rápido.
Ele para o carro e sai do mesmo.
- Ei princesa volta aqui! - grita ele e corre atrás de mim, eu corro mais rápido que ele, mas infelizmente ele consegue me segurar pelos braços.
- Me solta! Me solta! - grito.
- Eu falei para você entrar no carro, se não entrou por vontade própria vai entrar na marra! - diz ele perto da minha orelha.
Me debato e mordo seu braço, ele me solta e dá um grito. Dou um chute na sua parte íntima e ele leva a mão diretamente até lá fazendo proteção, e cai na calçada. Corro o mais rápido que posso e pego o atalho que havia pegado antes para ir até a casa de Enzo.
Chego em casa e vejo que não há ninguém em casa. Assim é melhor.
Subo para meu quarto e vou direto ao banheiro, tomo um banho rápido e pego a mala que tem em cima do guarda roupa. Ela é grande e muito espaçosa, acho que cabe algumas roupas aqui.
Coloco o máximo possível de roupas dentro dela e pego meus documentos, todos eles e jogo na mala. Fecho ela e vou procurar um outro documento.
Vou até o quarto de minha mãe e abro a gaveta e ainda bem, eu achei. Agora sim está tudo completo... Quase, falta uma coisa só.
Volto ao meu quarto e vou ao banheiro novamente, abro a gaveta do gabinete da pia e pego o colar. E o coloco em mim. Agora sim está tudo pronto.
Desço para baixo e a campainha toca. Não sei se devo atender e nem sei quem é. Acho melhor não.
- Hope, por favor, eu sei que está ai dentro, eu a vi chegar, por favor, abre a porta. Eu preciso te ver. - Diz James, ou John, não sei.
- Não, não vou abrir para você. Você mentiu para mim! O que quer que eu faça? Te desculpe? Não vai ser tão fácil assim. - digo.
- Eu menti sim, mas foi para te proteger, agora que você sabe de tudo, me deixe te ajudar por favor. Hope, eu... eu... me arrpendi.
Penso por um momento e pode ser que ele possa estar falando a verdade, mas nem por isto eu irei perdoa-lo... Ou talvez...
Vou até a porta e abro, e fico frente à frente com ele.
- E então? - diz ele.
- Talvez eu te perdoe, mas você vai ter que me contar toda a verdade, e me fazer um pequeno favor. - digo.
- Eu conto, eu conto tudo que você quiser. E que favor seria esse? - pergunta ele fazendo cara de estranheza.
- Entra. - e abro mais a porta fazendo sinal para ele entrar.
Ele entra.
- Para onde você foi? Eu fiquei preocupado com você, você... você não tem noção do quanto eu te procurei, andei por todos os lados e não te achei. - diz ele vindo em minha direção e me pegando pelos braços. Ele me envolve em um abraço e suspira. - nunca mais faça isso, por favor.. eu te amo.
- Se você me procurou por todos os lados como diz e não achou, é porque não procurou bem... - digo levantando a cabeça e olhando para ele. Solto de seu abraço e sorrio.
Ele ri de canto e balança a cabeça.
- E então, que pedido seria esse?- diz ele.
- Ei ei ei, acha que já é assim? Ok que eu preciso ir, mas tenho tempo para você me explicar tudo. Aliás, eu devo te chamar de quê, afinal?
- Ok ok! Me chame de John. John Mayer. Bom, eu tenho 21 anos e ja terminei a escola faz tempo, sou do mesmo Clã que sua mãe e seu pai. Eles são bem mais velhos nisso do que eu, mas me mandaram para cá com minha "família de mentirinha" para ajuda-los, por que eles estavam recebendo as cartas do Jhonathan, que você já viu e leu. Meus pais morreram em um acidente de carro quando eu tinha 10 anos, a partir daí, me colocaram em um orfanato onde eu não fiquei por muito tempo, quem me adotou foi sua avó. Ela me ensinou tudo, eu sei como você se sente, ela para mim foi uma mãe que eu nunca tive. A perda dela me abalou muito, então eu fiquei sabendo de você e me mandaram ajudar seus pais. E foi isso. - disse ele, com um olhar triste.
- Uau... eu.. eu.. sinto muito. - e o abraço. Levanto a cabeça e dou um beijo nele. Ele para olha para mim e sorri, e finalmente, volta seus lábios macios para os meus.
Ele me pega no colo e me leva para cima. Até chegar ao meu quarto. Ele me põe na cama e fecha a porta.
Volta para mim e se abaixa para me beijar. Enquanto nós nos beijamos, tiro sua camisa e a jogo para longe. Passo minhas mãos pelo seu tórax e beijo cada parte dele. Ele tira minha camisa e vai deslizando sua mão até o fecho do meu sutiã. Ele para ali e desce sua boca até o colo dos meus peitos e vai dando beijos por ali.
Ele abre o fecho do sutiã e o mesmo cai. Ele acaricia um dos meus peitos, depois vai para o outro. Em seguida, ele leva um deles até a boca e o outro ele mexe com suas mãos.
- Ahh!...
Ele volta seu olhar para mim.
- Você quer?
- Quero.. - digo baixo.
Ele tira sua calça e fica de cueca. Ele volta para mim e beija minha barriga e vai descendo. Tira meu shorts, me deixando só de calcinha.
Ele vai descendo com sua boca e depois, tira minha calcinha.
Ele leva sua boca até minha vagina e começa a passar sua lingua.
- Ahhh!!... Ohh!! - gemo.
Ele se levanta e abaixa a cueca.
Ele se inclina mas eu o empurro e faço ele sentar na cama. Me ajoelho e olho para ele. Volto meu olhar para seu pênis e vou com a boca até lá. Começo aos poucos, chupando a cabeça calmamente. Até que levo mais um pouco a boca e acelero a velocidade.
- Oh Hope.. isso é muito bom!
Levanto e subo nele. Começo a cavalgar e ele me pega pela cintura e me ajuda. Ele me joga na cama e fica entre minhas pernas e enfia o seu membro na minha cavidade vaginal.
- Ahhh!! .... Oohh! ...
E então ele tira e goza.
Vamos para o chuveiro tomar um banho. Após isso, eu explico à ele onde quero que ele me leve.
- Então aquilo tudo foi uma despedida? - diz ele.
-Talvez.
- Por favor, o que estiver pensando em fazer, não faça. Eu preciso de você aqui.
- Eu entendo, só que eu tenho coisas a resolver. E não posso deixar minha vida parar por motivos "desagradáveis". Eu te amo. Ok? - digo à ele e lhe dou um beijo.
Ele assente com lágrimas nos olhos e nós entramos no carro.
- Só diga à minha mãe que irei resolver uns assuntos, por favor.
- Eu aviso.
John me leva ao lugar que marquei e me despeço dele. Ele não pode saber com quem eu irei me encontrar, nem onde eu irei viver daqui para a frente, nem nada. Apenas, eu sei o que tem que ser feito. E agora começa meu Plano A.

HopeOnde histórias criam vida. Descubra agora