"O amor pode te matar"

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Eu não creio... eu não posso acreditar que meu "irmão" possa ter feito isso! Eu sempre vi ele como um menino bondoso, amigável e sempre, sempre sem maldade com as pessoas. Ele sempre fingiu, ele sempre soube... aliás eles todos sempre souberam, eu era a única que não sabia de nada.
- Como... Como você pôde?? Eu amava ela, eu não tenho culpa de eles terem matado sua mãe! Eu não sabia de nada! Vocês sempre esconderam isso de mim! Todos vocês! - volto o meu olhar para James, que agora está com os olhos cheios de lágrimas. - Chorar não adianta nada!
- É isso que eu quero que você entenda, e ainda bem que você entendeu. Você amava ela, e ela morreu. Eu amava ela, e ela morreu. Você não tem culpa. Nem eu tinha culpa. Eu tive que fazer algo à respeito, entende a gravidade disso tudo?
- Não! Eu não entendo como alguém pode passar a metade de sua vida planejando uma vingança! Mas muito bem, você queria que eu sofresse, porém eu não vou lhe dar esse prazer! Eu vou lutar até o fim, e te fazer pensar nisso que você fez! Você gastou metade da sua vida para isso, não pensou em desistir em nenhum momento? - digo olhando nos olhos de meu irmão. Assim, me viro para falar com James.- e você, no começo achei mesmo que você fosse perigoso e muito estranho, mas ai, algo em mim me disse para mudar, dar uma chance para você, porque eu ja tinha sofrido demais, e você me trouxe de volta a realidade. De tudo que eu era antes dele matá-la. Mas vejo que eu estava errada, era para mim ter continuado com o maldito pensamento de que você não era alguém confiável. Você mentiu para mim depois de tudo que passamos.
- Hope, se não fosse por mim, sabe-se lá onde você estaria agora. Ou você nunca saberia disto. Pensa. - diz ele.
- No meio dessa confusão toda eu tenho certeza que não estaria! Olha, eu estava mais segura quando não sabia de nada! - digo e saio correndo pela porta.
Eu estava correndo com os saltos em minhas mãos, não sabia para onde eu iria. Até que lembrei de uma pessoa.
- Hope!! Hope!! Por favor volte aqui! - escutava todos gritarem, exceto Lohan. Não dei a mínima, corri mais rápido ainda.
Corro e acho um atalho para onde eu quero ir. Vou por ele para não me pegarem no meio do caminho, porque sei que estão atrás de mim neste momento.
Finalmente chego. Casa do Enzo. Não sei se ele está acordado, mas isto é vida ou morte, e ele vai acordar se estiver dormindo.
Dou a volta pelo quintal e paro em sua janela. Olho para o chão a procura de algo para jogar nela e fazer ele olhar para cá. Ótimo, achei um graveto. Atiro-ó em sua janela, que a luz está acessa. O mesmo aparece procurando a pessoa, e me encontra. Ele abre a janela.
- O que faz aqui? Sabe que horas são? - Diz ele.
- Eu previso entrar, por favor, é vida ou morte. Te explico depois.
Ele fecha a sua janela e desce para abrir a porta da frente para mim entrar. Eu volto a porta e ele já esta me esperando.
- Entre, entre! - eu entro e sento em seu sofá.
- Seus pais estão aqui? - pergunto antes de começar a falar tudo.
- Não, eles foram viajar. Agora me conte tudo! Quer uma água com açúcar? Menina parece que você viu um fantasma. Pera ai, vou la buscar.
Ele volta com um copo de água com açúcar e entrega-o para mim, que tomo um gole antes de explicar à ele. Ele senta ao meu lado e fica atentamente focado esperando eu começar.
- Enzo, eu meio que menti ali para você, não é bem vida ou morte, mas é urgente. Eu... eu, descobri que meu irmão matou minha avó, porque ele era adotado, e ele era filho de um clã oposto... - falo tudo bem rápido. Enzo até arregala seus olhos e me pede calma para explicar tudo.
Após eu explicar tudo para ele, literalmente tudo. Desde a parte do casamento que eu teria que fazer para manter a paz entre os clãs, desde quem era realmente o James e minha família.
- E em relação ao casamento? Você irá se casar com esse tal de Jhonathan?
- Eu não sei, se eu não casar com ele eu morrerei. Mas se eu casar, manterei a paz para ambos os clãs. Mas será que minha avó iria querer que eu fisesse isto? Eu preciso dela.
- Você não vai casar com ele não! E ai dele se tentat te matar! - Começa ele fazendo-me rir. Eu amo ele por ser assim, me fazer rir quando tudo está um caos. Por isto ele é meu melhor amigo gay.
Ele me da uma de suas camisas para dormir, enquanto eu me troco ele pega os colchões e leva para a sala, hoje é como se fosse "dia do pijama". Desço para ver se ele precisa de alguma ajuda, e ajudo ele.
Pegamos salgadinhos, doces, entre outras coisas que nós amamos, principalmente sorvete de creme, e jogamos tudo em cima dos colchões e comemos enquanto maratonamos uma de nossas séries preferidas; "Teen Wolf".

HopeOnde histórias criam vida. Descubra agora