Era...tudo muito escuro, fedia a metal enferrujado e sangue...puro sangue. O desespero de todos que se mantiam na sala. Nada entrava ou saia...era tudo negro e ameaçador. Ninguém sabia quem seria o próximo a ter seu corpo despedaçado naquela sala. Tortura psicológica, era isso que aquilo significava para a garota encolhida no canto de uma parede. Uma tortura. Ela chorava em silêncio pois tinha medo dele escutar. Havia conseguindo controlar sua respiração e era possível escutar o coração de cada ser vivo naquela sala.
Um grito
Mais uma pessoa havia sido abatida por ele. Ele não tinha piedade, uma vez ou outra a garota olhava para os lados, mesmo não conseguindo ver nada. Não havia nenhuma entrada sequer de luz. Sentiu um calafrio quando algo a tocou. Ela tampou a boca e se manteve calada. Mesmo que quisesse ela não podia gritar. Estava nessa situação por causa de seu pai. Malditas terras!! Maldito pai!
O cheiro de sangue castigava suas narinas. A quantos dias estaria ali? Dois dias?três? Não tinha noção, lembra-se de desmaiar cinco vezes naquela noite...ou será que era dia? Ela não sabia. Havia tido um ataque asmático três vezes antes de chegar naquele lugar.
Uma mão.
Era uma mão humana. Era grossa e acolhedora. Suas vibrações eram de pura confiança. Ela estreitou os olhos e conseguiu sentir seu cheiro. Era um exterminador. Ele se aproximou do ouvido da garota e sussurou algumas palavras. A garota so conseguia pensar em como ele havia entrado. Não havia nenhum entrada ou saída de luz naquele lugar.
Seus cabelos foram puxados bruscamente pela fera. Seu bafo era horrível e sua força era sobrenatural.
- Marechi...Marechi...Marechi!!!! - ele gritava estrondorosamente. Era irritante.
Chamas!
Uma lâmina banhada em chamas brincava no escuro devastador daquele local.
- Eu sei que você está ai caçador....e eu vou matá-lo. Não fuja da verdade. - O oni jogou a garota no chão e correu pela escuridão.
O exterminador lançou algumas faíscas em um tipo de feno que tinha ali iluminando. A garota podia correr,tinha que fugir...mas quando ela olhou ao redor viu partes humanas em decomposição, o que dizia que elas não eram as primeiras a serem levadas para lá. Observou mais além e pôde ver a silhueta de moças e crianças apavoradas. Ela estava irritada...queria fazer alguma coisa....mas o quê? Seu pai havia lhe ensinada a usar uma espada mas ali, naquele momento não tinha uma. Ela vasculhou o local envolta atrás de algo que pudesse usar. Bem perto de uma escada havia uma barra de cobre enferrujada. Ela levantou-se, suas pernas tremiam de medo. Seu rosto ardia pelas feridas que o oni fez ao puxa-lá pelos cabelos. Forçou-se a andar. Ela precisava fazer algo. Correu o mais rápido que suas pernas permitiam, sentiu algo afiado rasgar sua pele. Era vidro. Aquilo foi o gatilho necessário para o oni retirar sua atenção do caçador.
- Yare...então a praga quer fugir? - ele se aproximava lentamente da garota. Seu odor ia aumentando assim como sua aparência ia se revelando conforme o demônio se aproximava. Ele tinha três olhos na face e seis braços. Possuía barras de ferro por todo o corpo e dois furos expostos em cada palma de suas mãos imundas.
Ela estava com medo...não era como as vozes que ela escutava quando ia dormir. não era como os monstros no reflexo da água. Aquilo era real...e por ser real ela temia cada vez mais.... ela olhou sobre os ombros do oni e viu o caçador avançando para cima com a espada na vertical. As chamas retornaram mais intensas e mais fortes...era como uma dança com as chamas. Era belo e ameaçador.
Hinary percebeu algo quase impossível de ver,ela sabia por quê o oni previa cada ataque daquele caçador. Era tudo por causa das barras que continham furos possibilitando sentir as vibrações do ar. E naquele momento o caçador cortou os braços do oni, Hinary aproveitou, era sua vez de ajudar. Ela começou a correr entre algumas colunas de metal espalhados por aquele lugar. A medida que ela corria, a barra de cobre em suas mãos fazia um barulho estridente e vibrações se espalhavam por aquele local ao ser jogado contra o metal. O exterminador observava a garota e logo entendeu. Ele começou a arrastar sua lâminas pelo chão fazendo um barulho desconexo com o da garota. O oni regenerou seus braços e os colocou sobre o ouvido. Aquela era a deixa do exterminador, ele avançou sobre o oni aplicando uma técnica das chamas.
- Primeiro Estilo: Mar de Fogo (Ichi no kata: Shiranui)
O oni teve sua cabeça decapitada e seu corpo logo caiu sobre o chão. O exterminador balançou sua katana livrando-a do sangue e devolveu a bainha a sua cintura. Hinary, não se aguentava mais de pé. O fogo ao seu redor se apagou e Hinary despencou. Antes de cair no chão O rapaz a quem ela ajudou pegou-a nos braços e sorriu.
- Você fez um ótimo trabalho. - Hinary viu seu cabelo estranhamente bonito. Eram como chamas variados nas cores vermelho e amarelo assim como seus olhos e ele tinha um sorriso caloroso. - Descanse...você está muito ferida. Iremos cuidar de você.
- A...Akuro.
Foi sua última palavra antes de adormecer.
- É...Rengoku-san? Pode nós deixar responsáveis por ela agora? - era uma Kakushi.
Rengoku entregou Hinary para a moça e sorriu. Era incrível tudo aquilo e ele tinha uma admiração inabalável também.
- Quando ela acordar, peço que me avise por favor. - Rengoku pediu e a moça apenas ascenou. - e diga para Shinobu que eu mandei um "oi".
Rengoku andou pelo local e viu um de seus companheiros. Era Tomioka. Ele apenas observava sentado. O jovem Exterminador se aproximou e sorriu.
- Descobriu a situação? - Rengoku perguntou sentando ao seu lado.
- Sim! Foram nas terras ao leste daqui, pelo que os moradores sobreviventes me contaram o senhor feudal daquela terra teria um casamento arranjado para sua filha mas descobriram que ela estava tendo um caso com outro homen e a venderam para um cara encapuzado numa carroça...- Tomioka o informou.
- Mas por quê sobreviventes? Aconteceu algo lá? - Rengoku questionou.
- Queimaram a vila e a maioria dos moradores morreram. Alguns disseram ter visto monstros comendo pessoas. Um massacre. - Tomioka suspirou. - So sobreviveram cinco crianças, um jovem e nove adultos de acordo com o que vi. A carroça vista na vila está desse lado de cá então, Foram onis que colocaram fogo e raptaram as moças de lá.
- Então se a filha do senhor feudal estiver aqui podemos obter mais informações. - Disse Rengoku.
- Isso! - Tomioka confirmou.
- Irei eu mesmo investigar e procurar a filha do senhor feudal. Já é a segunda vila temos que resolver isso. - Rengoku disse e se levantou.
Os dois se despediram e sumiram em uma velocidade incrível. Algo dizia que não ia ser fácil acabar aquele caso.
----------//-----------//-----------
Oieeer pudins. Bom explicando o que aconteceu! Eu não gostei do primeiro começo então decidi fazer outro. Gomen'nasai!! Mas está aqui. Bye bye. Qualquer pergunta nós comentários.
《Annie desligando <3》
VOCÊ ESTÁ LENDO
Kimetsu No Yaiba - Respiração Da Fênix
Fanfiction" E quem te disse que não podemos ter contato so por que somos de mundos diferentes? " "Você é como um jardim. Muitos gostam do que veem porém ninguém quer cavar. Pois o bonito está sobre a terra. Sabe....eu sou do tipo que cava." Ps: Eu não li o ma...