A Ligação

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Fechei os olhos, segurando as lágrimas.  Taylor me beijou e eu não aguentava mais ... Levantei-me e fui ao banheiro.  Abri o jato na banheira.

- Minha sereia ... Você quer que eu vá com você?  –Eu o ouvi dizer através da porta.  Porra ... O que eu menos precisava era da porra do Taylor nesse momento.  Talvez eu tenha sido cruel, ele tentou fazer tudo certo, o problema era que eu não sabia o que diabos estava acontecendo comigo. Eu estava chateada com ele, muito chateada, talvez fosse o que tinha que fazer.

- Não, Taylor.  Você pode me deixar em paz.

-Sim, claro.  Eu fiz alguma coisa errada?

-Não, eu só quero ficar sozinha por um momento. Daqui a pouco eu vou, ok?  -Eu ouvi seus passos para longe da porta.  Quando ouvi a porta do meu quarto fechar, pude chorar baixinho.  Sentei-me no chão do banheiro frustrada com tudo, meus sentimentos nunca eram compreensíveis, mas naquele momento preciso ao menos sabia o que estava acontecendo.  Porra ... eu amei Taylor, mas ... eu não sei.  Havia algo que eu não sentia e não sabia o que diabos Bradley tinha ...

Eu teria que descobrir o que tinha a ver Bradley.  Ela não deveria ter nada para fazer, mas por causa dele que ela não conseguia parar de pensar nele?  Eu tinha acabado de conhecê-lo, mas senti que o conhecia havia uma vida inteira, não sabia que a única coisa de que tinha certeza era que Taylor não era o culpado.

Eu estraguei tudo e, por baixo, nunca deveria ter pedido para ele me deixar em paz, ele se comportou mal hoje em dia, sim, mas pelo menos eu deveria ter tentado.  Não é normal pensar em outro homem fazendo sexo seu meu noivo, eu teria que consertar isso. 

Coloquei o roupão e me arrumei para encontrar Taylor para comer algo, tomar uma bebida e depois repetir a sessão muito melhor do que agora.

Eu corri escada abaixo e fui para a cozinha, ele não estava lá.  Fui até o pátio, também não estava lá.  Eu fui para os quartos e nada.  Desci e sentei-me no chão ao lado do piano. Tinha me abandonado de novo?  Eu apenas disse a ele para me deixar em paz. Eu nunca disse a ele para sair da porra do banheiro, em casa.  Todo mundo me deixa.

O que estava faltando.  Na verdade, não nego que doeu, mas em vez de chorar, como sempre me sentei no piano, a inspiração veio.  Eu terminei a música que tinha começado naquele dia ... "Million Reasons", eu me senti assim. Gravei no meu telefone, depois levantei do piano e fui para a cozinha.

Ao verificar meu telefone, recebi várias notificações nas redes sociais e duas mensagens no meu WhatsApp particular.

BOBBY: Querida, eu irei à sua casa mais tarde para tomar um café. Ok? Em uma hora eu ligo para você.

Estranho que ele não tivesse me ligado, fazia mais de uma hora.  Eu deveria ligar.  Abri a outra mensagem.

Número desconhecido: Stefani ... Cheguei bem em Los Angeles.  Este é o meu número.  Espero que você saiba quem eu sou.

Como não saber?  Por causa dele, não penso em nada além do que ele.  Eu salvei o número dele.

EU: Boa tarde, Bradley.  Me alegra muito.  Claro que sei quem você é, por quem você me leva, querida? 

Deixei o telefone na ilha da cozinha e fui tomar um banho.

A tarde passou e Bobby ligou.  Passamos o que restava à tarde e parte da noite tomando café e conversando. 

-Querida... Sinceramente, o que você achou do Brad?  -Tomei um gole de café e respirei

- Bem, Bobby.  Ele é super gentil, cavalheiro ... E canta muito bem.  –Eu pensei em seu corpo e a toalha em volta da cintura, meu rosto e tudo de mim de uma maneira impressionante. Opa, que tecido.  - Só isso?

La vie en Rose - Versão PortuguêsOnde histórias criam vida. Descubra agora