Eu vejo cores, por onde quer que olhe, presentes desde o verde estampado no gramado da praça que faz esquina com minha rua, ao azul e vermelho refletidos nos transportes públicos que me fazem companhia ao meu destino, vejo o lilás que descreve a linha do metrô que devo tomar. A partir de então vejo formas, de lojas e supermercados com seus slogans em cores e designes gritantes implorando pelo consumismo, vejo o contraste entre casas amontoadas, e apartamentos por andar, dando ênfase a contestação que se faz da ponte pra cá. Ainda sobre esses lares devo comentar seja a criatividade, a ousadia ou mesmo o espanto que me fez perguntar: — Será que essa coluna tão delgada suportará essa casa? Ou — De
onde vem a inspiração dessas multinacionais,vpara criar prédios tão esculturais?.
Por formas não posso me esquecer dos cidadãos ao meu redor, todos trajando seus "uniformes" habituais se deixando cair no mal hábito do costume, de se sujeitarem aquela condução lotada muitas vezes precária que constantemente vem a ser a oculta testemunha de conversas banais, cansaço estampado, esforços ousados que para dissipar basta o guarda chegar, brigas que inicialmente objetiva o assento vazio ou reservado, mas sua explosão é só resultado de se passar o dia estressado, situações corriqueiras que nos mantém em zona de conforto, e só tem como objetivo nos impedir a visibilidade do que a arte é de verdade.Até breve.
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Desnuda ao mundo
Poetryproponho alivio a alma daqueles bem - aventurados que despuserem a ousadia de se desnudar junto às minhas palavras.