Se no meio da noite com seus laços rompidos
Seus dedos cruzarem durante o meu afago
Despejando seu beijo em meu queixo
E uma mordida nos meus lábios
Se no refúgio de seus caprichos
Sua sanidade sussurrar em meu ouvido
Profânidades de consolo amigo
Você, com todos os seus delitos
Fazer de meu pescoço seu quadro
Me diga como seus lábios pecam
Se no meio de sua oração pensar em mim
E de suas palmas sagradas veneno escorrer
Prove do sabor ácido de seus atos
Se banhe em delírios
Faça amor comigo
Contemple o corpo como quanto você preza a alma
Me diga como seus lábios pecam
Se ousar falar de meu nome em bocas alheias
Com verdades meias
Sinta em suas veias o arder
Que pese em seu ser
Sua consciência pútrida
Consuma de suas palavras
E descubra o azedo da mentira
Me diga como seus lábios pecam
