A onde deita
A onde enruga
E você puxa, amarra, enrola e espreme
Contorce-se em mil posições diferentes afim de capturar o melhor ângulo
Como se pudesse encaixotar seu beleza toda que não cabe em um só lugar
A onde você anula
Cobre, esconde e Muda como massa de modelar
Brinca de deus ao se reinventar
Pela fibra de seus cabelos e toda sua queratina
Dentre o DNA de sua pele e toda sua melanina
Pelo canto de seu corpo como uma pintura
Esculpida como um marfim desenhado como Vênus de milo
Você iria se transformar em uma borboleta
Desabrochar como um rosa
se tivesse a paciência de esperar a flora chegar
A onde é você
Você se aceita
A onde você toca
É perfeita
Em todos os detalhes
E defeitos
Não há mal-feito
