as vezes quando tenho insonia,
como a de agora,
escrevo um poema qualquer.
de madrugada eu choro,
minha cabeça fica vazia
e ela me lembra do passado
e isso faz com que minha cabeça
gire.
meu peito grita por misericordia
pois ele não aguenta mais a dor
e eu não sei o que fazer pois o abismo fica cada vez maior
e parece não ter volta,
estou a beira da morte ou quase,
me diga, por favor, por quanto tempo irei aguentar?
eu nem sei mais no que pensar,
as vezes eu só queria ajudar todo mundo,
mas não consigo,
ainda não me livrei por completo do que me faz mal,
por isso que as memórias me invadem de madrugada
sem necessidade alguma.
mas eu escrevo um poema
qualquer,
um poema bobo e sem sentindo.
quando consigo dormir em paz
sem ter memórias incovenientes em minha mente,
penso que consegui finalmente me livrar,
mas quando elas voltam a aparecer,
a esperança que florescia em mim
morre.
mas também
eu sou um tanto ingénua
pois quando ela me diz que vai fazer algo,
eu crio esperanças,
mas ela nunca faz,
e eu sei disso,
porém não sei porque no fundo eu penso que ela será algo que nunca foi, e nunca será.
ela é aquilo, ana,
aquela droga que te matou por dentro tantos anos.
mas é uma droga ser
uma humana,
pois está no instinto,
eu não tenho uma mãe e não preciso de uma.
a que tenho só fudeu
com o seu psicologico, ana
então se ela te prometer algo,
por favor não crie espectativas,
o que ela fala nao se escreve.
toda vez que ela nao cumpre
o que fala
você fica magoada,
então por favor se livre dela.
mas é tao dificil,
acho que acostumei,
porém por causa dela tenho um monte de medos,
tenho medo de me envolver com alguém e agir como ela,
ou pior (também),
me envolver com alguém e me machucar.
eu já tive algumas vezes o coração partido,
mas o concertei diversas vezes
com as minhas palavras em poemas sem sentido
como este.
o droga, ana
pare de pensar sobre aquela
merda,
você está "ativando" a sua ansiedade,
suas mãos já estão suando
e eu já estou sentindo as lágrimas surgirem.
você está agitada,
pense positivo,
pense na última mensagem fofa que sua melhor amiga te passou,
e sorria com isso,
não deixe as coisas ficarem pretas e melancolicas a esss hora,
não tem nem musica tocando para isso,
apenas um cachorro latindo de longe,
nem os gatos dos vizinhos estão brigando a essa hora,
então, ana, se acalme.
tenha paz,
você não tem mais
seis anos de idade,
você não é mais aquela garotinha assustada com oito anos de idade
que acabou de entrar na purberdade e "sua mãe" dizia que sua infância estava acabada,
pois a partir daquele momento você não era mais uma criança e sim, uma moça. ela estava enganda, você não era uma moça, vovê está se transformando em uma agora (eu creio).
agora você está a chorar
querendo um abraço do papai
pois está com medo de crescer.
mas veja pelo lado possitivo
você não está escrevendo novamente sobre seus antigos pensamentos suicidas aos oito anos de idade,
isso é bom,
mas sei que ainda te doi o coração
pois nunca teve coragem de contar isso para unica pessoa que te ama de verdade e sempre esteve (está e estara) ao seu lado; papai.
ultimamente você tem medo de contar algumas coisas para ele,
você está crescendo e sua cabeça está mudando
e as vezes você fica com raiva dele pois ele não gosta do menino pelo qual você está "se relacionando",
porém você nem sabe aonde isso vai dar.
mas papai é única pessoa que você tem,
ele é o seu melhor amigo e nao é triste dizer isso,
pois você o ama mais que tudo nesse mundo
e tem medo de perde-lo,
por isso que não compartilha mais nada com ele, mas isso é burrice.
céus, são 1h06 da madrugada
e eu continuo escrevendo e chorando, mas que porra.
eu queria ter inspiração assim
para escrever aquela história parada que comecei a pouco tempo
mas nada me vem a cabeça,
porém icrivelmente quando estou triste que só o cacete,
escrevo linhas e linhas.
eu escrevo tanto que nem sei quando parar
e acho que minha bateria vai cabar
e agora estou procurando palavras para rimar
e músicas para escutar.
agora a minha cabeça está me lembrando de algumas coisas boas,
são 1h41 e ainda sinto vontade de chorar com uma lembraça fofa em minha mente.
quando tinha seis anos
meu pai me chamava,
ele colocava um cd do pinky floyd
para eu escutar e pedia para
eu prestar atenção nos instrumentsos, pois ele iria me perguntar "que instrumento é esse?" e eu teria de saber.
aos sete,
meu pai passeava comigo e com a minha irmã,
nós ficavamos o dia inteiro fora de casa,
ele conversava com a gente sobre quando ele se separesse da "minha mãe" como seria,
ele nos orientava de varias coisas e mal sabia ele (direito) o que passavamos com ela, pois nunca dissemos um a.
lembro-me de quando saimos uma tarde e
os dois tinham tido uma discusão feia,
quando o meu pai se cansou, ele pegou,
eu e a erika e nos levou para passear.
lembro-me de voltar para casa, na chuva dentro do carro e observar as gotas na janela enquanto no fundo tocava midnight city do M83.
eu gostava de conta-las
mesmo sabendo que nunca saberia quantas tivessem lá.
ok, ana,
já deu por hoje.
já são 1h51,
já é tarde,
vá dormir.
- 01.08.19
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uma idiota apaixonada e alguns poemas
Puisipoesias e textos meio antigos, meio novos (tudo misturado, e não me importo) sobre mim, amores, autoestima, e a mesma coisa de sempre: amor. bem, meu coração foi partido duas vezes esse ano, mas a segunda vez foi a pior e mais recente, e eu juro, eu...
