setenta e quatro: cage the elephant no aleatório.

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talvez, eu tenha prometido
um vampiro para um Império
em uma noite escura onde todos os seres humanos dormiam
e eu perambulava pelas ruas
como se o céu estivesse azul
e não preto.

eu não estava nem aí,
só queria andar com minhas botas pretas
que me deixam razoavelmente alta e agradeço por isso, pois minha altura é motivo de piada para mim.

e eu cantava músicas novas do cage the elephant.
e talvez, eu tenha dançando
no meio de um mercado enquanto
estava com os fones de ouvido,
e eu nem senti vergonha,
eu não estava em mim nesse momento
e até que foi bom.

me perguntaram o que escuto e onde isso toca.
não me pergunte isso,
pergunte para o matt shultz,
pois ele sabe.
mas acho que toca no "radio-oo"
junto com suas dicas sociais.

talvez, eu esteja animada
vestida toda de preto,
mas não há descanso para os perversos
e eu danço no escuro como se tivesse,
como se não devesse um vampiro para um Conde ou um Rei,
já nem sei mais pra quem prometi,
eu só sei que quero fazer um maquiagem parecida com a da Susan Dallion.

eles pediram para mim
fechar os olhos e não ter medo
para não sentir a dor,
mas onde estão meus fones? preciso de música para esquecer a dor.

eu vou perder o cérebro desta forma
e me disseram que a enfermeira é mais fria do que gelo
e eu evito pessoas frias, não gosto delas.

volto a andar ruas abaixo,
então encontro um vampiro solitário,
mas ele é tão bonitinho,
e acho que o convidaria para entrar em minha casa
para nunca mais sair,
talvez ele possa cantar alguma música para mim e
dançar comigo no escuro
como se fosse o meu fantasma azul
que me assombra todas as noites
como se fosse uma escultura de Madonna de uma igreja antiga.

e talvez, ele possa ser o meu Apollo,
nunca se sabe,
mesmo que eu não goste de vampiros,
esse é extraordinário
e triste
assim como eu
as três da madrugada escutando músicas para chorar.

mas não sei se devo levá-lo para casa,
porém se leva-lo podemos ser tristes juntos
e isso séria uma boa ideia.

uma idiota apaixonada e alguns poemasOnde histórias criam vida. Descubra agora