Arqueio minha sombrancelha observando a cena diante de meus olhos, voltando a por os dedos sobre a maçaneta abrindo ainda mais a porta, dando visão completa. A porta do apartamento que ficava em frente ao meu estava escancarada, com o tranque quebrado e algumas lascas de porta sobre o chão, as luzes da entrada estavam ligadas, mostrando milhares de coisas jogadas e quebradas sobre o carpete marrom claro. Meus olhos analisam aquela situação sem entender o que ouve. Talvez um "assalto?" era a maior das opções, mas o que alguém faria assaltando uma casa às 5 da manhã? Certo, não existe hora pra assalto, mas isso ainda era estranho.
Faz 3 meses que vim morar junto a minha mãe para cá, e não é o primeiro caso se assalto registrado aqui, talvez por quê esse seja um dos bairros perigosos de Vermont, sim, existem bairros perigosos em Vermont, apesar de ser considerado um local calmo e muito aconchegante, com lindas paisagens, não se pode afirmar que algo assim exista, mas é claro, existe. Posso afirmar que não é de se esperar que isso acontecesse cedo ou tarde, o prédio tem uma dos piores seguranças e as câmeras não funcionam tem meses, fazendo assim, mais um caso inexplicável de assalto. Meus dedos soltam a maçaneta, enquanto próximo em passos lentos levando meu corpo até a porta escancarada em minha frente, segurando meus cotovelos pela brisa fria que haviam nos corredores, fazendo com que meu corpo se estremecer. Os corredores eram um tanto estreitos, quase portas umas coladas as outras, de cor branca para fazer contraste ao papel de parede cinza que revestiam as paredes ao redor. O forro (teto) era totalmente branco, quem olhasse pela primeira vez, acharia uma ambiente agradável; caminho para ainda mais perto, fitando os lados antes de pisar o pé esquerdo para dentro do apartamento, curiosa se não havia ninguém alí, que precisasse de ajuda. Não é lá uma coisa sensata a se fazer, devido a situação, mas, essa curiosidade acaba comigo, e não da para negar isso.
Meus olhos fitavam os vasos quebrados e a terra espalhada pelo chão, junto aos vidros e estátuas de mármore quebradas. Sou logo tirada de meus pensamentos - que nem começaram a se formar -. Ao ouvir uma movimentação logo afora, revelando ser o segurança, apontando uma lanterna em meu rosto, causando uma leve irritação em meus olhos, cortada pelo moviemnto rápido de minha destra que bloqueou a luz, cessando o desconforto em minha retina. Um homem de meia idade, vestindo uma camisa polo de mangas curtas azul, com um crachá sobre o bolso ao lado direito do peito. Uma calça jeans escura com um cinto posto, e sobre o cinto uma pochete escura, que seguravam a camisa para dentro das calças. Seu cabelo estava alinhado para o lado direito, e seus olhos olhavam fixamente para mim, escuros e eu diria ate que amedrontadores.
- O que a senhora faz aqui? - sua voz grossa e confiante é pronunciada em minha direção.
- Eu acordei com um barulho alto, de batidas. Quando abri a porta me deparei com isso, então, eu vim observar se não havia ninguém precisando de ajuda. - digo calma, enquanto seu olhar desconfiado se volta sobre mim.
- A senhora mora nesse prédio? - Ele se pronúncia novamente, dando ênfase em "prédio".
- Sim, no apartamento em frente a esse. - aponto para a porta que estava logo atrás dele, o fazendo se virar.
- Você sabe quem morava aqui? - ele pergunta em seguida, passando rapidamente por mim, como se eu não estivesse alí.
- Acho que era um cara, velho, eu nunca troquei palavras com ele. Era alto, mas acho que não está em casa. - Ele continua andando entre as coisas jogadas ao chão, afirmando com a cabeça.
- Eu apenas patrulhou a noite, não conheço ninguém, bom, algumas pessoas, mas fora isso, quase ninguém. - Ele diz, então se vira para mim. - Pode voltar agora, eu cuido disso.
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'驪⸾Jasmine.ᄍ
Romanceー Livro em Hiatos temporário. [[...]] Quando nós entregamos a alguém, é quando percebemos que acabamos de perder. Mas, e se na verdade, estamos ganhando? [[...]] Se vivemos presos a um passado, como vamos disfrutar as maravilhas que nos esperam...