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[[.齾OO6 (♡ ˽ 齾飍: Capítulo ﹉

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   Eu fitei seus olhos com surpresa e antes que palavras apressadas pudessem escapar de meus  lábios, o alto garoto de cabelos negros ergueu-se junto a mim, cuidadosamente erguendo me para que assim, eu pudesse me por em pé em sua frente. Suas mãos começaram a se desvencilhar do corpo gélido que agora se assemelhava a um cadáver, pálido e frio, penso como parei nessa situação. Talvez o meu descuido, minha falta de atitude tenha me colocado como estou agora, minha impotência foi o problema? Se eu tivesse feito algo, se eu pudesse mudar o acontecimento e ter evitado o ocorrido, eu conseguiria parar a repulsa e nojo que sinto ao relembrar os toques e puxões que recebi em meu corpo? Meus dedos apertavam o tecido da camisa fina que o garoto vestia, enquanto um ódio fulminante tomava meu corpo.

   Meu rosto começava a queimar e a vergonha por faze-lo presenciar o momento me consumia cada vez mais. Suspiros baixos saíam de meus lábios, como se eu estivesse em inicio de um ataque. Afastei meu corpo e ergui meu rosto, mantendo uma compostura em frente a ele. Dei um passo para trás e de repente um sorriso forçado e doloroso surge em meus lábios. Comecei a levar rapidamente as mãos ao cabelo, arrumando-o de forma ainda mais desajeitada, sentindo meus dedos tremerem ao perceber a descarga de energia se esvair lentamente. Minhas pernas firmaram contra o chão, então voltei a fita-lo; sua expressão era fechada, e seus olhos me analisavam a cada movimento, ele moveu seu braço direito lentamente, e então senti, o toque suave novamente sobre meus fios de cabelo, sua mão voltou para minha cabeça, e dessa vez apenas movimentos suaves com a ponta dos dedos foram feitos.

   — Não precisa fingir o que aconteceu. — Seus dedos caminhavam e deslizavam pelos fios lentamente. — Tudo bem, você fez bem.

   O calor que seu toque proporcionava indiretamente em meu corpo causava conforto. Me encolhi e apertei meus braços junto ao corpo, fungando enquanto erguia minha cabeça novamente, sentindo a pressão sobre meu couro cabeludo sumir. Sua mão voltou para o lado de seu corpo, que agora caminhava lentamente em direção a bolsa caída sobre o chão, ele abaixou e a pegou pela alsa, trazendo-a para mim. Levei minha destra lentamente ate a bolsa, segurando a firme, enquanto movia minha cabeça lentamente.

   — Obrigada... — Palavras como um baixo sussurro saíram de meus lábios, enquanto agarrava a bolsa com cuidado.

   — Não precisa agradecer tanto. — Ele deixa um sorriso gentil tomar seus lábios e então leva sua mão aos cabelos os bagunçando. — Deveria ligar para alguém, contar o que houve. Posso te levar pra casa.

   Afirmei com a cabeça, meus dedos logo saíram a procura de meu aparelho celular, mexendo rapidamente dentro da bolsa. Após alguns segundo retiro-o lentamente, desbloqueio a tela com rapidez e logo procuro pelo número de Erin em minha agenda. Levo o celular ao ouvido, não tardando par que a mesma atendesse; contei sem muitos detalhes o que havia acontecido, desde o incidente até a carona que havia ganhado de Noah. As palavras de Erin eram de preocupação, ela ouviu tudo e também respondeu, decidimos fazer a queixa, mesmo que eu ganhasse uma proteção, ela continuou durante a ligação se oferecendo para dormir no meu apartamento hoje, concordei contando que ela não tocasse nesse assunto até o dia da queixa. Ainda era um sentimento doloroso.

   Bloqueio o celular novamente e o volto a por na bolsa, de alguma forma falar com Erin era o que me trazia paz, ela é algo como um calmante natural para mim, mas, eu não estava no clima e não gostaria de contar e relembrar tudo daquele dia novamente lhe contando os fatos. Caminhei para perto do garoto, que fez um pequeno sinal com sua cabeça como algo "me siga", e caminhou em direção o próximo corredor. Caminhei logo atrás mantendo meus passos calmos, saímos sem presa da escola. O clima era agradável, o vento que batia em meu rosto causava apenas um pequeno arrepio, meus olhos caminhavam pelo céu, e ao fundo ds paisagem de árvores e casas que se podiam ver das escadas, o sol ia se pondo lentamente, mostrando o contraste lindo das cores, um céu amarelado. Uma paz invadiu meu corpo novamente, era como se eu voltasse aos momentos que passava em frente as janelas da casa observando o sol se pondo todos os dias quando era mais nova, me pergunto quando foi que as coisas acabaram dessa forma. Sou tirada de meus pensamentos rapidamente ao ouvir o alto som de uma buzina, abaixo meu olhar vendo-o em uma moto, não sei dizer o modelo, não sou uma especialista, porém era bonita, seus tons de preto e cinza a deixavam de alguma forma em combinação a quem dirigia, o garoto que agora segurava um capacete e fazia um sinal lento com os dedos.