• Please, help me •

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Ashley's point of view

Houston, Texas • Morning ☀️

Corro cada vez mais rápido, evito olhar para trás mas assim que tropeço e vou de encontro ao chão, olho para trás para ver se eles estavam perto. Pode acreditar, eles estavam. Me levanto o mais rápido que posso e volto a correr, eu havia esfolado meu cotovelo que agora estava sangrando e sujando minha roupa.

Um sorriso surge em meu rosto e a sensação de alívio me consome após eu ver que a escola estava perto. Corro até ela e passo pela porta da mesma indo direto para o banheiro.

Para quem não está entendendo nada, vou lhes contar agora. Me chamo Ashley Mitchell e tenho 17 anos, sou filha do Chefe de polícia Brandon Mitchell e da juíza Darla Mitchell. Tenho 3 irmãs, Ava é a mais velha tem 29 anos, Khloé tem 27, e, Halsey com 19. Há cerca de 2 meses atrás meu pai pegou um dos chefes da gangue mais perigosa de Houston, foi aí que o inferno começou.

Desde lá, um grupo de homens me persegue, tentam me bater. Um dia eles conseguiram, quase me mataram de tantos chutes que me deram. Eu não contei para o meu pai porque fui obrigada, e também porque ele se separou da minha mãe esses dias e não voltou mais para casa. Minha mãe anda muito avoada e a nossa casa está um verdadeiro calvário. Eles mandaram eu ficar calada, e não contar nada o que estava acontecendo comigo, que na hora certa ele ficaria sabendo.

Assim que terminei de cuidar do meu cotovelo, vou para a aula. Eu estava suja, e pouco ligava para isso. Minha perna estava doendo muito, e isso não podia acontecer. Hoje com toda a certeza seria um dia que eles me perseguiriam até a morte.

Assim que o sinal bateu eu sai da escola devagar, eu não conseguia mexer a minha perna. Olhei para os lados para ver se ninguém tinha vindo me buscar, pelo visto não vieram. Fechei os olhos e pedi para que não acontecesse nada comigo. Comecei a andar e logo percebi que estavam me olhando, why? Talvez porque eu estivesse branca de nervosa.
Logo que estava distraída senti que chegaram atrás de mim e seguraram meu pulso, olhei para trás assustada.

- Se gritar vai ser pior. - Uma voz rouca soou baixo em meu ouvido e eu fechei os olhos.

Eles me induziram até um beco, onde haviam mais 3 caras. O que eles iriam fazer agora? Comer meu pulmão? Todos eles eram altos e fortes, isso fazia eu tremer muito. Assim que o cara tirou minha bolsa eu tentei pega-la e ele riu. O mesmo me jogou no chão e todos os meninos riram, o que tinha de engraçado nisso?

- Olha se não é a filha do Brandon, o tesouro precioso dele. - Um cara disse se aproximando

Todos eles riram e eu tentei me levantar, assim que eu quase consegui me erguer, levei um chute e voltei ao chão. Logo todos eles começaram a me chutar, aquilo era doloroso demais.

- Garota. - Um cara disse e eu levantei minha cabeça o olhando.

Assim que o olhei ele depositou um soco na minha cara e eu acabei batendo minha cabeça no chão com força, o que fez eu ficar tonta e meus olhos marejarem. Eu não estava com medo de morrer, literalmente não, mas eu só queria que aquilo acabasse logo. Eu sentia cada membro do meu corpo levar um chute, escutei as risadas deles enquanto eu me contorcia de dor mas continuava calada.

- Conta para o seu papai agora vadia. - Um deles falou e eu levantei minha cabeça com o resto de força que eu tinha, eu estava toda ensanguentada.

- Vai se fuder, babaca. - Disse limpando o sangue que escorria sem parar da minha boca, soltei um sorriso debochado.

Ele me olhou e me deu um chute na cabeça, voltei ao chão mas agora eu não estava enxergando nada. Minha audição estava apenas um zumbido alto, eu virava minha cabeça de um lado para o outro. As vozes deles estavam baixas quanto aos zumbidos, fui piscando demorado.

Assim que tentei recuperar minha visão, o mesmo destravou uma arma e apontou para a minha testa. Como que ninguém via? Ninguém me ajudava, ninguém passava por aquele beco. Eu estava perdida, mas devo admitir que as dores me fizeram perder o medo da morte. Sabia o peso que meu pai ficaria por ter me matado indiretamente. Eu estava relembrando alguns momentos bons que passei, enquanto algumas lágrimas escapavam de meus olhos.

- O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO? - Um homem gritou e eu abri os olhos devagar enquanto ele corria em nossa direção.

- Dando um trato na filha do Brandon, chefe. - Um dos caras disse e logos todos se afastaram.

Eu me encolhia de dor, não sabia o que era pior. Fechei os olhos tentando distrair a minha cabeça para que a dor sumisse, mas logo fui interrompida por um cara negro, alto, de lábios carnudos e de tranças. Ele tinha me salvado.

- Vadia, você vem com a gente. - Ele disse me olhando e eu nunca tinha ficado com tanta raiva e ao mesmo tempo tão grata por alguém.

Tentei me levantar mas voltei a cair, minha cabeça estava girando, eu não sentia minhas pernas e meus braços. Ele veio até mim e me puxou bruscamente. Me colocou em seu colo e minhas costas odiaram porque parecia que elas estava gritando de dor.

- Vai levar ela para onde chefia? - Um dos caras disse enquanto o chefe deles me levava no colo até uma Lamborghini.

- Pro hospital. - Ele disse seco.

- Você está louco? Isso é como se entregar para a polícia. - Uma voz disse atrás dele.

- Foda-se, precisamos dela para ferrar ele. E se ela morrer nosso plano morre também. - Ele disse e me colocou no banco do carona.

Fechei os olhos e só os abri quando senti alguém me chacoalhar.

- Garota, acorda. - Disse o cara de tranças.

Ele me ajudou a sair do carro e me levou para dentro do hospital, assim que chegamos já fomos atendidos.

- Ashley Mitchell? - O médico falou e eu olhei para o homem que havia me trazido até o hospital. - Você caiu de uma altura alta, cuidado da próxima vez. - O médico disse e riu, olhei para ele sem entender nada mas logo entendi quando olhei para o homem de tranças que me encarava com uma face demoníaca.

- Vou tentar. - Falei e sorri fraco, aquilo me doeu e eu não entendi.

- Travis, você é o que dela? - O médico disse lendo a ficha, então esse era o nome dele? Travis?

- Sou namorado dela. - Ele disse rápido olhando pela a janela.

Engoli seco e olhei para o médico enquanto ele falava algumas coisas que eu deveria fazer para melhor rápido.

- Se você batesse a cabeça mais uma vez poderia morrer de traumatismo craniano, é um milagre você ainda estar viva. - O médico disse e eu assenti com a cabeça.

Preferia estar morta do que ter que olhar para a cara desse tal de Travis, mas que merda eu fiz pra ele? Eu não sou meu pai. Cara idiota!

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God bless us ni**aOnde histórias criam vida. Descubra agora