Alugo namorado

Cap. 25 - Apagar da memória

Uma casa de horrores...é isso mesmo! A casa do Joe.....

Como é possivel tanta promiscuidade numa família só! Eu agora já percebi porque se defendem tanto uns aos outros - só pode ser o factor de sangue. Se eles são da mesma família, faz com que hajam como tal. O elo é muito forte e tudo tem uma desculpa para os seus actos. O Joe sabia que estava a ser molestado e no entanto, mesmo adulto, era permissivo com o pai. Ele próprio alimentava os desejos homosexuais do pai. Como? O Joe entendeu que era uma forma de se vingar das violações e assim "matava dois coelhos numa cajadada só"....mas será que o Joe é normal? Esta história de ser filho de irmãos está a matar os meus neurónios. Eu amo-o muito mas se isso se repercute na saude dos nossos filhos? Eu tenho que os separar...aqueles pais têm que ceder o Joe para que ele possa viver a sua vida condignamente e de forma saudável. E porquê eu? Porque fui eu a escolhida? Ele diz que se apaixonou por mim e eu fácilmente cedi àquele rapaz dos olhos azuis incriveis. Seré que é porque ele me completa com as suas taradices? Nada disto teria acontecido se eu também não fosse alterada com o sexo....eu própria não sabia que era assim até fazer amor pela primeira vez. Joe tinha prática e que prática! Ele achou em mim uma mulher para extravazar as suas cenas.....Afinal serei eu a cobaia? O teste final para ele saber se pode ou não viver como todos as outras pessoas? Talvez tenha errado na escolha da namorada...eu não lhe estou a fazer bem e sim a alimentar mais maluqueiras sexuais. Bem, pelo menos podemos dizer que a nossa vida não é monótona.....

Agora vem a pior parte. O Joe sabe que faz sexo com o pai e nunca me contou. Ele não sabe que eu sei pela sessão de hipnose. Não consigo esperar pelo telefonema do médico e vou arriscar....: - Joe, eu sei de tudo....tudo mesmo.

- Eu nunca te escondi nada.

- Não é bem assim! Tu revelaste-te na sessão de hipnose.

Joe olhou para mim e eu gelei. O seu rosto tinha mudado de aspecto. Parecia mais rude e franziu as sobrancelhas: - O que é que eu disse? Eu percebi que as coisas não correram lá muito bem pois nenhum dos dois conseguiu disfarçar.

- Tu disseste que o teu pai nunca te deixou de molestar.....

- Eu disse isso? É coisa de miúdo com memórias recalcadas.

- Joe, fala a verdade. Tu ainda tens cenas com o teu pai?

- Que cenas Bel? O que queres saber? Fala?

- Tu contaste-nos que o teu pai era gay....

- Gay? Joe riu-se mas rapidamente ficou sério. - Ele é uma homosexual assumido.

- E porque nunca me disseste.....

- Para juntar mais lenha à fogueira. Eu acho que a minha vida já está bem complicada, não achas?

- Acho que sim! O pior foi quando nos disseste que tu ainda lhe fazias o serviço todo....porque ele agora não tem ereção.

Joe voltou a esfregar as mãos uma nas outras com alguma violência: - Eu.....eu....não sei nada disso.

- Não sabes ou não queres admitir a verdade....

- Ele é meu pai,  percebes? Como bom filho devo fazer o que ele me pede.....

- Em que século tu vives Joe? Paraste no tempo.....A submissão paternal já era. Porque continuas a deixar-te molestar....

- Não sei....Eu não quero e sei que está errado mas ele é meu pai e fica feliz depois de....

- Não digas mais nada.....Eu nem quero ouvir as tuas explicações retrógradas. Já percebi que não adianta eu tentar te demonstrar que tu estás em perigo no meio daqueles dois que se dizem ser teus pais.