Era uma manhã fria e tranquila.
Isabela acordara cedo, tomou um banho não tão agradável, e vestira uma calça jeans preta rasgada nos joelhos e uma blusa branca de manga comprida.(Ignorem por enquanto o tênis)
Pretendia passar o dia todo em seu quarto, não que o mesmo fosse um lugar confortável, mas era mil vezes melhor do que vê aquelas pessoas irritantes que trabalhavam na fazenda.
Seu caderninho de pensamentos, que estava sobre uma mesa empoeirada e aparentemente velha, se oferecia quase que implorando para ser escrito. Ao prender os lindos cabelos negros em um rabo de cavalo, Isa o pegou junto à uma caneta que estava dando sopa por ali e acomodou-se ao meio dos travesseiros, quando estava prestes a anotar seus pensamentos soltos naquela folha em branco, se ouve uma batida na porta, seguida de uma voz, uma voz que Isabela já conhecia bem:
- Isabela! - Gritara Glória.
A menina permaneceu em silêncio, achava que assim sua avó se tocava e ia embora, mas não foi assim.
- Aja santa paciência! - Exclama ao se levantar repentinamente e abrir relutante a porta.
- Ah oi querida...Já está acordada?!
- Não...imagina...estou dormindo, essa que esta falando com você é um olograma! - debocha ela. - O que quer aqui?!
- Bom...vim saber se você não vai tomar café, a mesa já está posta! - Avisa a mulher.
- Ok então! Era só isso? Se sim...ao revoir! - A garota faz menção de fechar a porta, mas é impedida por Glória.
- Espera!!! - Pede ela.
- O que quer agora?! - Indaga com mau humor.
- Tem certeza que quer ficar enfurnada aqui, o dia lá fora está lindo.
- Se for para me fazer esse tipo de pergunta, é melhor você ir embora. - alerta a neta antes de fechar para valer a porta. - Quer saber?! Acho melhor ir para um lugar mais calmo, aqui não terei sossego. - Deduz e logo depois pega sua mochila e nela coloca o caderno e a caneta. Causa seu tênis (aquele da foto) e pula a janela.
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Isabela vagou sem rumo por um bom tempo. Até que finalmente conseguiu encontrar um lugar calmo e distante de tudo. Era uma árvore grande onde estava pendurado um balanço e ao seu redor estava um lindo rio. "O lugar perfeito! " pensara ela.Tirou da mochila o caderninho e escorou-se no tronco da árvore. Sua mente vagava solta e seus dedos conduziam a caneta pela folha naturalmente.
Liny, que caminhava por ali, ao avistar Isabela resolveu se aproximar e cumprimenta-la.
- Oie! - Diz sorridente.
- Qual é universo, qual parte do "ficar sozinha" você não entendeu?- questiona em forma de sussurro. - Que foi?! - Se direciona a Liny entrelaçando os dedos.
- Nada. Só vi você aí sozinha e resolvi vim te dizer "oi". - responde inocentemente. - Posso te fazer companhia?
- Não tem outro jeito, não é mesmo?! - Aceita relutante.
Elas ficaram em silêncio durante um bom tempo, até que Liny lhe pergunta:
- É bem triste perder alguém, não é mesmo?!
Isa suspira:
- O mais triste é perder alguém que não vai mais voltar! - Responde com tristeza.
- Sinto muito pelo seu pai...
- Todos sentem, mas ninguém pode fazer nada...- Retruca ela.
- Você sabia que meu pai e o seu foram bons amigos?! - Quis saber Liny.
- Não...ele nunca me disse nada sobre isso!
- O meu também não...fiquei sabendo através de um caderninho, acho que um diário, pois lá ele escreveu tudo sobre sua juventude. - explica a menina. - Se quiser posso lhe mostrar um dia?!
- Sério?! Quero muito, vai vê encontro alguma pista sobre o assassino do meu pai! - Responde Isabela.
- Como assim assassino?! Seu pai não morreu num acidente de carro. - Liny interroga confusa.
- É o que todos dizem, mas eu sei que não é verdade...- Esclarece a jovem.
- Nossa...isso é bem sério. Se quiser posso te ajudar nas investigações?! - Se oferece ela.
- Seria bom...
- A propósito Isa, meu pai pediu para que eu te entregasse isso, ele disse que talvez você queira guarda- la! - Ela lhe entrega a foto.
- Obrigada! - Agradece admirando a foto de seu pai com carinho.
- Anão!! - Exclama Liny de repente.
- Algum problema?! - Pergunta Isa preocupada.
- Sim...- Responde olhando fixamente para Matheus que aparecera não muito distante dali.
- Está com medo do seu irmão Liny?
- Antes fosse. Olhe para lá. - Isabela faz o que a menina pede e quando se vira vê Matheus junto a uns amigos: um garoto ruivo de olhos acinzentados e pele clara, e uma garota de logos cabelos castanhos e invejada pele bronzeada. - Aqueles lá fazem parte da banda do meu irmão.
- Tá e daí?
- Acontece que aquela garota lá já foi minha melhor amiga, mas ela me traiu com o meu namorado. Desde então nós somos inimigas, e o Matheus sabe disso e continua andando com ela! - Explica chateada.
- Que sem noção o seu irmão! - Comenta ela.
- Pois é, e o pior ainda está por vir, eu tô apaixonada pelo melhor amigo dele, o Ryan...até que seria uma boa se não fosse o fato de que meu irmão não permite e criou umas regras idiotas. - Confessa Liny.
- Sua vida é um drama! - Fala Isa.
- Infelizmente...promete que não vai falar pra ninguém?!
- Tá, sou ótima em guardar segredo, no outro dia nem lembro...- Responde entre risos.
- Promete por favor! - Implora a menina.
- Ok então, promessa de mindinho, mesmo isso sendo coisa de criança!
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Genteeeee, semana que vem estarei postando todos os dias já que nas duas seguintes estarei ocupada por causa da revisão e das provas, e estarei ausente.
Kauany T.
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A sombra da ausência
Любовные романыIsabela, uma jovem de apenas 16 anos, após perder o pai, se torna uma menina fria que não acredita na felicidade. A garota é mandada por sua mãe para a casa de sua avó, e lá conhece várias pessoas, uma delas se torna sua melhor amiga, Liny, juntas e...