18. Sentimentos Florescem

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    Naquela noite, Glória chegou já tarde em casa — seus olhos estavam vermelhos, feito a brasa e seu sorriso sumido —, pelo caminhar da carruagem as coisas não foram nada bem, algo de muito grave vai acontecer. 
    Sra. Magdalena lhe contou tudo o que Bianca dissera a Isabela e explicou que não pôde fazer nada para impedir. D. Glória assentiu e se trancou ao escritório dizendo não querer ser incomodada. 
    Ela agarrou o telefone fixo — mais uma vez iria gastar a sua pequena porcentagem da fatura, para ligar pra sua filha na cidade —, a ligação estava prestes a cair, sua ansiedade aumentava cada vez mais, no último momento Marilene atendeu:
    — Mãe?!
    — Sim… — A força quase falta para responder. 
    — Pensei que iria passar aqui antes de retornar para a fazenda. — Diz ela. 
    — Não tive muito tempo… escute, preciso que saiba de uma coisa, está sentada?
    — N-Ã-O… — Responde pausadamente. 
    — Então sente-se! O que tenho a dizer é bem sério!
    — Aí mãe, não me diga que vão tomar a--
    — A Bianca veio aqui e conversou com a Isabela! — Glória interrompe. 
    A notícia chocou, do outro lado da linha até a respiração se ausentou. Depois de demorados segundos, Marilene deixa escapar um suspiro angustiado:
    — O que ela disse para minha filha? Onde ela está? Cadê a Isa?! — Seu desespero era visível até mesmo pelo telefone. 
    Sua mãe tentou amenizar ao máximo seu relato, mas sem omitir o estado em que Isabela se encontrava e às palavras  a ela dita sem dó nem piedade. 
    Marilene pediu quase em forma de súplica para que não deixasse sua filha ficar perto dessa mulher e que Isa não soubesse sobre o seu passado — e assim a chamada fora encerrada. 
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    Antes das nove da noite, no casebre emadeirado do caseiro, uma pessoa ali chegou para visitar Liny, uma pessoa que trouxera em mãos a possível solução do então problema. 
    Ryan subiu silenciosamente para a varanda — ele tinha medo, medo de ser visto ali por seu amigo —, bateu na janela da menina que logo foi ao seu encontro:
    — Você tá louco! Não devia ter vindo  aqui a essa hora?! Meu pai vai-- — o menino coloca suavemente seu dedo indicador nos lábios dela, depois, em forma de suspense, tirou do bolso uma chave. — Não me diga que é…
    — Me deve seu fiel agradecimento e suas sinceras desculpas! — Avisa ele com um enorme sorriso no rosto. 
    — Ahhhhh! — Grita ao pular em seu pescoço lhe dando um forte abraço. 
    A mão dele encontrou os cabelos dela, sua respiração pesou, ele teve medo de que ela sentisse seu coração batendo forte.
    Liny se libertou. Ryan ainda tinha uma mexa de seus cabelos em mãos, os seus olhos encontraram os dela. Um leve movimento fez a boca se entre abrir como se quisesse falar algo, à aproximação foi quase que inevitável, ela fechou os olhos e suas bocas se tocaram.
    — Não Ryan... não quero que me engane como todos os outros! —  Exclama empurrando gentilmente o rapaz e correndo para dentro de casa.
    — Mais?! Eu te amo Liny... — Confessou em tom baixo, apenas para ele e às estrelas ouvirem.
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   eu ou vocês também estranharam a atitude da Liny?! Não é por nada não, mas tem caroço nesse angu kkkk
   
     Beijão meus amorecos ♡

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⏰ Última atualização: Jan 21, 2020 ⏰

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