Os olhos azuis estavam fixos a sua frente, a mulher trajava um único vestido que por cima era revestido de pele e em baixo com varias túnicas, totalmente azul, a capa a sua volta dava um contraste trazendo o vermelho sangue destacando-a em meio ao branco da neve, a mulher já estava sem esperanças de ser encontrada, não sabia o que estava ocorrendo, a única coisa que se lembrava é que tinha sido apunhalada pelas costas. Queria gritar e matar aqueles que fizeram tal ato, mas não podia, estava longe de mais e agora tudo aquilo seria um desafio. Anylla aceitou e teria que cumprir o destino que os tinha oferecido, irônico, isso sim.Em sua visão tudo estava embaçado, apenas as palavras que foram proferidas anteriormente que ainda a mantinham em seu estado mais concentrado.
“Desça e encontre você irá notar o que eu digo quando conhecer-los e quem sabe assim sua idéia mude!”
Desgraçada, era só essa as palavras que passavam pela mente da loira conforme levantava de onde estava. Mesmo com o corpo dolorido devido a queda, Anylla não hesitou quando deu um passo, muito menos o segundo, tinha que chegar em algum lugar pelo menos para passar a noite. O grande desafio havia começado e a mulher se perguntava quanto tempo demoraria em provar que estava certa no que dizia.
Ao norte, em poucos metros dali um grupo de dez homens se encontravam patrulhando o ambiente, tinham sido alertados na noite anterior que uma mulher estaria pela volta e deveria ser acolhida, a anciã, sendo a mais velha do grupo tinha tido uma visão onde a Deusa da Lua pedia por isso. Dês de que a senhora tinha acordado, foi disponibilizada uma patrulha por todo o local esperando encontrar esta jovem que estaria perdida.O homem estava inquieto, tinha muitas coisas para resolver e ficar andando atrás de uma criança não ajudava muito. Nos últimos dias tinha recebido muitas declarações que varias alcatéias estariam se reunindo para tirá-lo do poder. Tolos, era isso que eles eram. Seus cabelos pretos estavam curtos, a barba ainda por fazer simplesmente por falta de tempo, seria muito mais fácil procurar na outra forma que tinha, entretanto tinha sido avisado que não poderia o fazer, deveria procurar uma inútil da velha forma, segundo a velha, isso era imposição dela mesma, como não podia retrucar com a própria avó, só podia aceitar.
Um barulho alto o retirou de seus pensamentos, assim como os outros noves que começaram a correr após se entre olhar, tinham ouvido um grito feminino, com toda certeza se tratava da menina que Hynna havia falado.
Correram rapidamente rastreando o barulho, até que notaram um penhasco e uma mão, a mesma que estava sobre luvas, logo, todos trataram de ir até lá e puxar para cima, mais um barulho. Se percebia que o penhasco estava prestes a ruir naquele pico, a mulher retirou o capuz e olhou para o moreno que segurava a mão dela.
── Saia daqui seu imbecil! Vocês não estão vendo o penhasco ruir? Ficando mais de um aqui é praticamente com pedissem a morte! ── Logo se via que a garota dos cabelos vermelhos não tinha lá muito carisma, a mesma se encontrava praticamente expulsando-os e isso de uma maneira não tão agradável, mesmo com a vida em risco.
── Você que parece ser tonta. Segure minha mão, irei puxar-la para cima no três, tenho certeza que o penhasco ruirá logo a seguir, por isso, corra assim que você estiver em cima.
Surpreendente a menina ficou quieta e apenas concordou, no três ela foi jogada para cima e o primeiro aviso foi dado que o local onde pisavam estavam cedendo, ambos começaram a correr mesmo que a outra parte já estivesse sido desprendida deixando um vão ali. Como se imaginasse o que passava na cabeça da menina, o moreno a segurou pela cintura e correu mais rápido, até que por fim ambos pularam, no exato momento que o gelo em conjunto da pedra caia para um mar de profundidade demorando até atingir o som, deixando o gelo do rio a baixo ceder na batida.
Ambos estavam ofegantes, uma mistura de dois corpos embolados conforme a menina começava a rir, o rapaz que a segurava se afastou analisando com mais pericia, sentia o cheiro sobrenatural na mesma, mas não conseguia distinguir do que era realmente. Teve que parar e a analisar com calma, os longos cabelos vermelhos que ia até a cintura, os olhos castanhos como o mel devido a luz que reluzia, uma capa preta que deixava seu corpo escondido, mas não tinha duvidas alguma que era ela que ele procurava, algo o dizia isso.
── Sem duvida alguma, foi à aventura mais emocionante que já tive em minha vida! ── Ela comentou o arrastando de volta para a realidade.
── Você é louca ou finge demência? Sabia que poderia ter morrido pirralha? Tem noção do que acabou de acontecer ao menos? ── Ele não parecia estar com um semblante muito bom e isso fez com que a ruiva parasse de rir e o encarasse.
── Eu disse para vocês irem, quando falei no plural, isso significava que você também deveria ter se afastado, não tenho culpa se é tolo! Aliás, meu nome é Nylla, então não me venha com apelidos carinhosos seu, seu brutamonte de meia tigela! ── O que Nylla tinha de beleza, havia de personalidade e o moreno logo viu que teria uma dor de cabeça daquelas.
Um exclamar saiu dos lábios dos rapazes que se encontravam em volta, até que um loiro estendeu a mão para que ela pudesse levantar, Nylla mesmo com sua irritação momentânea não deixou de agradecer o cavalheiro por sua ajuda, o analisou dos pés a cabeça, era poucos centímetros mais baixa que ele, o mesmo deveria ter em torno de um metro e oitenta e cinco, enquanto a ruiva tinha seus um e setenta e poucos, nunca havia parado para se medir certamente. O corpo bem torneado mostrava as habilidades físicas que deveria ter, provavelmente fruto de longos dias de treinamento, não passou despercebido o colar de lua cheia no centro do pescoço, a marca de retenção de poder que a Deusa da Lua dava aos mais fortes, assim aprisionando a fera interior deixando apenas aquela junto a alma, olhou nos olhos verdes do rapaz que se encontrava com uma das sobrancelhas arqueadas.
── Muito obrigado por sua ajuda Cavalheiro, creio que todos vocês sabem quem eu sou, mas eu não os conheço ainda. ── Ela encarou um por um até que o rapaz que a ajudou a levantar começou a falar.
── Perdoe-nos a arrogância, eu sou Gabriel, este moreno que te tirou do penhasco se chama Eydan, se você olhar a esquerda encontrara os trigêmeos sendo, Adam, Bruno, Caio, a mãe deles gosta do alfabeto. ── Ele deu uma pausa para um riso baixo. ── Esses outros cinco são Christian, Derick, Henry, Liam e Nick, são um dos guardas de onde moramos.
── O que nos leva a seguinte colocação, o que fazia na floresta em plena época de inverno?
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Além do Infinito
Science FictionEm um destino incerto, muitos não sabem que aquele ano pode ser o último ano de suas vidas. Isso não aplica-se apenas para algumas espécies e sim toda aquela dimensão. No meio a uma aposta a Deusa maior está seriamente pensando em fa...