Clarice havia acabado de acordar, seus cabelos mornos e ondulados dançavam uma valsa mansa e sensual em suas costas, Clarice era uma mulher de meia idade, com seus 32 anos, ainda aparentava o ar e o brilho jovial de uma jovem de 20, sua pele morena a fazia ter um brilho divino que quase santo quando caminhava pela praia. A campainha toca e ela desce para atender a porta, com um vestido acima dos joelhos em um tom de azul claro e suave, ela desce e tudo em sua volta se encanta, fico preocupado mas tenho que dizer que até Narciso se curvaria a tal beleza.
_Bom dia senhorita Clarice!
Diz Carlos o carteiro do bairro quando Clarice abre a porta.
_um bom dia Sr. Carlos!
Ela responde pegando o jornal e duas cartas da mão do carteiro com afável delicadeza.Uma das cartas dizia:
" querida Clarice, sei que não está muito contente com minhas escolhas mas se possível me responder, gostaria de esclarecer algumas coisas.
_Com amor mamãe"A segunda era um envelope pardo com um selo do governo, que Clarice decidiu deixar de lado junto com a carta de sua mãe, e foi rumo a cozinha para tomar seu café. Ao sentar-se com sua xícara e olhar a primeira pagina do jornal deparou-se com a noticia:
"Hoje, dia 3 de novembro de 1998 na cidade Porto do Sal noticiamos com muito pesar a morte de nossa queria e honrada Sra. Maria José Sertão Sá"
Desconcertada ela decide descobrir mais sobre o falecimento de dona Maria, liga para Ana Lucia, irmã mais nova de Maria e com ela, tira as dúvidas sobre horários e local de sentinela.
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Querida Maria
Short StoryMaria foi professora por 32 anos de sua vida, lecionou todo esse tempo em uma cidade no interior de Portugal e agora algumas das incríveis pessoas que ela construiu, se encontram diante de seu caixão. No velório vemos como cada ser segue seu caminho...