Capítulo 5 - Parte II

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Gabi

- Tem certeza que o senhor vai ficar bem? - Perguntei-Porque não vem com a gente?

- Filha, eu já fui lá, tu vai amar. Leva a Malu pra conhecer-Meu pai disse- É natal

- Tudo bem, o Carlos vai ficar com o senhor?

- Eu? o pai me expulsou de casa pra receber visitas - Ele disse

- E porque não cem com a gente? - Perguntei

-Vou pra casa da Ingrid - Ele respondeu

- Beleza. Feliz natal pra vocês- Falei descendo.

Larissa já estava me esperando com a Malu traquinando e eu entrei no carro. O motorista deu a partida.

Larissa e Malu tagarelavam quando meu celular tocou

Chamada on

- Oi amor. Feliz natal - Falei

- Feliz natal. Cadê a Malu? - Ele perguntou com una voz nada boa

- Tá aqui brincando com a Lari.

- Já comprou as passagens da volta? - Ele perguntou

- Ainda não... eu vou antes do ano novo, já falei- Falei

-Era pra vir amanhã, natal é hoje e você disse que só iria passar o natal.

-Menos - Falei sem paciência e tentei mudar o assunto-Como foi a ceia ontem no restaurante?

- Um porre, todos perguntando por você e meus tios exibindo mulheres bonitas e eu sem a minha obra de arte pra barrar todas elas.

Sorri sem graça, odeio quando usam mulheres pra rebaixar outras mulheres.

- E aí? como foi? - Ele perguntou

- Comi demais -Falei-E conversamos muito sobre tudo um pouco.

-E hoje? vão fazer algo?

- Sim, vou pra festa na pousada da minha irmã- Falei

- Festa,Gabriela? -Ele perguntou

-Sim, qual problema?

- Tu casada e com filho,em festa?

- É um ambiente familiar e tu me conheceu em uma festa dando pro teu professor então...sem exigências-Falei e ele bufou

- Te ligo mais tarde. Cuidado - Ele disse e desligou na minha cara??.

Chamada off

Guardei meu celular e observei a Larissa fazendo carinho na Malu. Fomos o caminho inteiro conversando, é ruim porque daqui pra Angra é uma viagem e tanto...Mas estava bem cedo, então iríamos chegar antes do almoço.

.

Ai que saudade que eu estava das ruas de Angra, até a Malu estava de.olhos arregalados olhando tudo. Eu sorria de orelha a orelha de saudade.

O carro parou e descemos pra pousada da Larissa,dois homens com a farda tropical da pousada vinheram pegar as malas.

- Levem pro quarto 103, a suíte- Larissa disse

- Essa suíte tá ocupada, Lari -Um dos caras falou

- Mas a gente sempre deixa pra família....ah...tudo bem, leva pro 104 -Lari disse e eles subiram com minha mala e da Malu.

O Lugar era simplesmente maravilhoso e bem good vibes, incrível, uma energia surreal. Entramos e a Ágata sorrii abraçando a Larissa e abriu os olhos quando me viu, ela ficou BRANCA quando me viu ali.

- Ca ra lho - Ágata disse

- Saudade também-Falei e ela me abraçou

- Gabriela do céu...que porra tu tas fazendo no Brasil- Ela perguntou e me abraçou de novo -Caralho quanto tempo

- Sim - Falei e ela ficou de boca aberta quando viu a Malu

- Oi bebê- Ágata disse

Ágata

Porra, eu estava com saudade da Gabi, só Deus sabe o quanto eu a amo, e como ela é especial pra mim.

Mas o Gui estava nesse exato momento tomando sol na piscina e eu não sabia que porra iria rolar ali.

- Amor, fica com a Malu enquanto eu mostro tudo pra Gabi? -Larissa disse me beijando

-Vem aqui no caixa rapidão- Falei puxando ela e ela veio sem entender nada

-Ei....não vamos deixar a Gabi sozinha ali né - Ela disse

- Larissa pelo amor de Deus porque tu não me avisou que a Gabi vinha pra cá? -Perguntei desesperada

-Qual problema gata?

- O problema? o problema ta na piscina tomando sol com a namorada -Falei e ela arregalou os olhos

- Não....

- Sim, porra!

- Caralho, eles passaram natal com você?

-Eles só vão amanhã- Ela disse-Larissa...que porra e agora?

- Agora fudeu, vai assim mesmo -ela disse dando de ombros. - Vamo lá

Voltamos pra recepção, onde a Gabi estava com sua filha.

- Vem,vou te mostrar o quarto - Larissa disse puxando ela e eu fiquei com a menininha

Olhei pra baixo nervosa e ela me rncarava com aqueles olhos gigantes

-Oi - Ela disse rindo e um pouco tímida

- Oi, qual seu nome?

- Malia - Ela disse e eu sorri

- O meu é Ágata, mas pode me chamar de Tia - Falei 

-  tia -Ela repitiu

- É, se tua mãe não fosse pra Itália tu iria ser minha sobrinha mesmo, e olha que tu parece pra caralho com meu irmão quando era criança- Falei

ela me olhava sem entender nada

- Parece pra porra, com ele. Cê é loko,vish -Repeti-Sou meio doida, costumo criar paranoias, mas não liga kids

Ela me olhava sem entender nada

-O que cê gosta de fazer?

- Bliga -Ela disse e eu sorri

-Brigar ou brincar?

- Bliga - Ela disse

-Porra não alimenta minhas paranóias porque se não eu iria dizer a quem tu puxou -Falei rindo e ela começou a rir mesmo sem entender.

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PURPOSEOnde histórias criam vida. Descubra agora