❀ Leiam a nota no final ❀
❝ There's a ghost in my bedroom, it haunts me at night
I've asked him to leave, but he keeps stopping by
And just when I think I'm alone
It shows up again with a friend this time
And now this is getting old, I don't know what to do
Metaphorically, this ghost is you. ❞- Ghosts, Mayday Parade
/ Joan /
Elas voltaram. As vozes voltaram. Por favor, ajude-me. Ajeitei-me na cama encostando a minha cabeça na madeira clara. Por favor, o meu fiho está a destruir-se. Eu não vou abrir os olhos. Tenho demasiado medo do que possa vir a encontrar. Por favor, menina, ele é uma das poucas pessoas que me restam e amo. Abri os olhos. Decidi que não valia a pena continuar a lutar. Estava cansada. Deparei-me com uma mulher por volta dos seus quarenta ou cinquenta anos. Estava mais ou menos transparente, como todos os espiritos que tinha visto até hoje, mas ela não tinha nenhuma ferida, pelo menos na pele exposta que a roupa não cobria. Era uma senhora bonita que me assombrava o quarto todas as noites desde à quatro dias atrás, impedindo o meu melhor amigo de me visitar, pois ele havia falecido à dois anos.
'' A menina vai-me ajudar? Por favor, eu peço-lhe por tudo. '' implorou a pobre senhora. '' O meu nome é Liz Hemmings e o meu filho mais novo, Luke, está a destruir-se aos poucos. Por favor, ajude-me. ''
'' Mas co-como é que o en-encontro? '' perguntei gaguejando algumas palavras. Nunca tinha falado com um espirito sem ser o do meu melhor amigo. Já tinha visto vários, mas apenas tinha falado com Jake. Jake não me visitava à quatro dias devido ao subito aparecimento de Liz no meu quarto. Tinha saudades dele. Muitas saudades. Mas agora eu ia ajudar esta senhora e o seu filho.
'' Amanhã às sete e quarenta da manhã, assim como todos os últimos cinco dias, o meu filho estará no cemitério a quinhentos metros da sua casa. '' começou Liz.
'' Trate-me por tu. Chamo-me Joan. '' imterrompi.
'' Joan. Obrigada por fazeres isso, venho visitar-te depois de amanhã para permitir o menino Jake de fazê-lo amanhã. '' Liz declarou com um sorriso acabando por desaparecer nas profundezas sombrias do meu quarto. Suspirei e voltei a pousar a minha cabeça sobre a almofada de penas. Passado uns minutos, adormeci.
❀❀❀
Comecei a percorrer a mesa de cabeceira com a mão enquanto os meus olhos continuavam fechados. Quando finalmente encontrei o meu telemóvel, desliguei o alarme, abrindo ligeiramente os olhos devido à luminosidade. Estiquei os braços e tirei os lençóis de cima das minhas pernas. Depois de me levantar da cama, encaminhei-me para a casa de banho. Tomei um duche rápido e sequei o meu cabelo. Voltei para o meu quarto e sentei-me na cadeira preta enfrente do meu toucador branco e com várias luzes à volta do espelho. Passei com o ferro de alisar pelos meus cabelos pretos. Prendi a enorme franja, quase do tamanho do resto do cabelo, com um gancho e comecei a fazer a minha maquilhagem simples. Um pouco de sombra beje, um risco grosso de eyeliner em cada olho, apenas uma camada de rímel e batom rosa claro. Belisquei as minhas bochechas levemente apenas para dar alguma cor. Soltei a franja e voltei a passar com o alisador. Camanhei até à cadeira onde eu normalmente deixava a roupa para o dia seguinte e comecei a vestir-me. Umas calças pretas com um buraco no joelho esquerdo, um crop top branco com os simbolos dos The Neighbourhood, umas All Star pretas e o meu parka verde tropa. Coloquei um choker preto e o colar que Jake me havia oferecido quando fiz quinze anos. Era um simples colar prateado com uma pedra azul escura no centro e uma lua. Certifiquei-me que estava tudo no sitio ao espelho que se encontrava na minha porta, peguei no meu dossiê e na minha Eastpak preta, e coloquei o iPhone no bolso do casaco. Desci rapidamente o lance de escadas que davam para o primeiro andar e fui para a cozinha. Encontrei a minha mãe a colocar um prato cheio de panquecas na mesa e encaminhei-me para ela, dando-lhe um pequeno beijo na cara. Ela deu um pulo. Possívelmente não deu pela minha chegada.
'' Bom dia, mãe. '' falei com a voz suave soltando uma risada.
'' Bom dia, querida. Mas, por favor, não voltes a assustar-me assim. '' pediu com a mão sobre o coração virando um pouco a cabeça para me beijar a bochecha. Permiti e sentei-me no lugar à cabeceira.
'' Annie, vem tomar o pequeno almoço. '' chamou a minha irmã mais nova, que chegou à enorme cozinha uns segundos depois aos saltinhos. Chegou perto de mim e saltou para o meu colo começando-me a dar vários beijinhos. A minha vida era resumida em fazer a minha irmã feliz.
'' Bom dia, pequena. '' falei para ela, começando a enchê-la também de beijos. O meu pai entrou na divisão e deu um beijo à minha mãe, e depois a mim e à minha pequena Annie.
'' Bom dia, amores da minha vida. '' disse animado logo pela manhã, sentando-se na outra ponta da mesa. Levantei uma sobrancelha para ele. '' Não se pode estar feliz logo de manhã, menina Joan? '' riu-se. Ri-me também e levantei as minhas mãos em defesa pessoal.
'' Claro, capitão Jason. Mas o que se passou para estares assim? '' questionei rindo-me. A minha irmã saiu do meu colo e foi para o do nosso pai, começando a passar um monte de cabelo preto pela cara do progenitor fazendo-o rir-se.
'' Annie, para, isso faz cócegas. '' Ela logo parou e começou-se a rir. '' Hoje, eu e a vossa mãe iremos ter um dia, finalmente, longe de vocês, suas pestes. ''
'' Ah, pois é. Vocês fazem vinte anos de casados. '' sorri para eles. '' Mas agora vou comer que estou a morrer de fome. '' Comecei a comer as minhas panquecas mas lembrei-me de ver as horas antes. Sete horas e oito minutos. Comi com calma e quando acabei eram sete e um quarto. Despedi-me dos meus pais e da minha irmã mais nova. Sai de casa fechando a porta atrás de mim e comecei a andar em direção ao cemitério. Ia conhecer o tal Luke. Será que ele é mais velho que eu? Ou será que é mais novo? Será que é da minha idade e é bonito? Tantas questões que ainda não têm resposta. Como ainda eram sete e vinte, aproveitei e fui até à campa de Jake. Ajoelhei-me e comecei a ler o que estava escrito pela milésima vez.
'' Hey, Joan. '' chamaram-me. Mandei um pequeno salto para trás, desequilibrando-me. Só depois do sucedido é que percebi que havia sido Jake, o engraçadinho.
'' Ah-ah que engraçado. '' ironizei olhando para o espirito de Jake. Ele começou a rir-se até que avistou alguém, fazendo-o parar. Ergui um sobracelha para Jake mas quando ia virar a cabeça, ele segura-me no queixo para não fazer. Era um sinal de advertência que Jake apenas usava quando queria explicar ou dizer algo antes.
'' Acho que aquele é o rapaz que tens de ajudar. Mas eu informei-me com a falecida mãe dele. O seu nome completo é Luke Robert Hemmings e tem vinte e um anos, apenas dois anos mais velho que tu. Tem cabelo loiro e olhos azuis. É bom aluno, mas uma nódoa no comportamento geral. De resto é suportável, não há nada de interessante para saberes, mas se precisares de algo estou aqui a tempo inteiro... '' começou Jake. '' bem, quase. '' corrigiu. Desviei o olhar para o portão. '' Vejo-te mais logo. ''
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NOTA: Meninas, eu não sei nada sobre espiritos e isso. Eu baseio-me nas imagens que vejo, nas séries, ou em filmes, mas se alguém já passou por alguma experiência paranormal com pessoas que já faleceram, e não se importarem de partilhar, eu sou toda ouvidos eheh
JÁ AGORA, COMENTEI A DIZER O QUE ACHARAM DO 1º CAPÍTULO. E VOTEM SE TIVEREM GOSTADO.
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Ghosts ❀ Luke Hemmings
Fanfiction❝ Luke, I hear voices in my head that haunts me at night. ❞ ❝ But I see spirits. They are everywhere. ❞ ❝ Luke, believe me. I love you but I'm afraid... ❞ ∴∴∴∴∴∴ __moonchild__ ® All rights reserved, 2014