PEQUENOS GRANDES SEGREDOS.

ATO TREZE.

ATUALMENTE

Grey Spencer se aproxima do policial para depor. Os seus olhos estão vermelhos, o seu semblante está triste. O mesmo anda cambaleando.

- Senhor Spencer. O que aconteceu no dia 9 de março? - perguntou o policial.

- Você quer detalhes? - arrumou o seu cabelo grisalho - Minha própria filha, minha Phoebe, tentou me matar. Isso é o suficiente? - o policial respirou fundo.

- E você tem algum palpite de onde ela esteja?

- Espero que longe de todos. Não sei do que ela é capaz.

9 de março de 2019.

Phoebe

Hoje é um dia especial para mim. O dia do desfile.

Ainda pensava naquela revelação. Será que Lili sabia que eu era sua meia-irmã?

Será que todo mundo sabia menos eu e meu pai?

Respirei fundo e olhei para o espelho do camarim.

- Está ansiosa? - perguntou Ruby.

- Bastante. Mas eu não comi nada.

- Está bom. Vou buscar uma água.

Me olhei no meu vestido azul. Minha barriga estava começando a crescer, não tinha contado os meses mas não dava mais para esconder. Peguei meu celular e mandei mensagem para Peter dizendo que o dinheiro já estava comigo.

  - Aqui está a sua água.

- Obrigada.

Lili

Caminho para casa depois de ir visitar minha mãe. Tudo parecia tão tranquilo na cidade, talvez seja o desfile.

Abro a porta e vejo gotas de sangue pelo chão. O cheiro de cigarro está no ar. É assim que cheira a casa dos Jackson, talvez seja por isso que Phoebe quase nunca dormia na minha casa.

Sigo as gotas de sangue.

Minhas pernas tremem, meu coração bate mais forte. Olho para o corpo de meu pai no chão todo ensanguentado, ainda posso ouvir sua respiração fraca.

- Pai? - digo e me ajoelho do seu lado para o levantar.

- Lili... Não adianta... É o meu destino.

- Não, pai.

- Phoebe...

- O que?

- Phoebe é sua... irmã.

- Você só pode estar louco.

- Não, Lili, olhe... Sua mãe é a Taylor - sua respiração fica mais fraca até seus olhos pararem de piscar e eu não ouvir mais sua respiração.

- Pai? - choro baixo e pego o celular em seu bolso.

Havia uma mensagem. Era Ramirez, o traficante de meu pai.

"Esse é o último aviso".