Total perdição

Katerina

O dia amanheceu e com ele a ressaca da pequena Lore veio a tona mostrando as consequências da noite passada. Deixo ela dormindo enquanto tomo um banho e em seguida desço e logo vou para a cozinha falar com as garotas.

- Olá manda e Martinha, peço que façam um café bem reforçado para a Lorena que está lá em cima e leve para ela.

- pode deixar garotinha, você não vai querer nada ? Diz Marta sempre preocupada comigo.

- Não Martinha preciso resolver algumas coisas, por isso acordei as 8:00 horas mas obrigada gatona.

Marta tinha 38 anos com cara de 23, cabelos cacheados da pele morena e corpo de musa de escola de samba. Ela não assumia, mas todos sabíamos que toda sexta ia para o samba. era como uma mãe para mim, como ainda não teve filhos me tratava como uma e chegava a ser chata de tanto pegar no meu pé mas eu gosto. Marta ganhava bem mais dinheiro do que uma governanta normal, afinal ela era diferente, uma governanta mãe coruja eficiente e rainha de escola de samba não se acha com facilidade.

- Que coisas Katy ? Pergunta Martinha preocupada.

- acho que deve suspeitar que para eu acordar as 8:00 horas da manhã os assunto a se tratar são com o sr. Afonso guerra.

Afonso guerra é meu famoso pai, que faz questão de no mínimo uma vez por mês marcar algo comigo, com certeza querendo me ver para tacar na minha cara que eu devo tudo que tenho a ele e que deveria ser mais grata aceitando o pedido de fazer faculdade na Universidade de Harvard em Cambridge Massachusetts, para ser a substituta dele e virar a melhor advogada criminal, igual a ele o "tubarão" como é chamado pelos jornais e noticiários de todo o mundo. O único problema é que eu odeio isso, cresci não tendo liberdade, com mais de 40 seguranças em torno da casa onde meus pais moram, sem falar do segurança particular que eu tinha, não podia nem soltar um espirro que lá estava João me dando um lenço. Tudo por conta dos bandidos que meu pai já colocou atrás das grades, ele podia prender o chefão mas os ratos subordinados estavam livres para fazer vingança como ele mesmo sempre me disse. Eu era filha única, acho que isso aconteceu por conta da vida dele e de minha mãe sempre com medo de um "rato" vir e se vingar dele e de nossa família. Por isso também prefiro BH, aqui é tranquilo por mais que tenha 3 seguranças aonde eu moro, não se compara aos 40 seguranças e a João que vivia no meu pé, vivia tanto que foi João que foi meu primeiro beijo. Não pude resistir a um homem de 1,80 dos cabelos loiros e olhos cor de mel me seguindo pra lá e pra cá, quando fiz 15 anos tratei de tascar um beijo no pobre João que agora é chefe de segurança na casa de meu pai. Foi engraçado no mínimo meu primeiro beijo. Tinha ido para casa dos meus pais passar um tempo lá a pedido da minha mãe que se dizia com saudade de sua única filha, estava no shopping JK iguatemi quando liguei para minha mãe vir me buscar, como estava muito ocupada ajudando meu pai ela pediu para irem me buscar. Quando entro no carro era o bondoso e musculoso João, sentei na frente do carro junto a ele e disse " feche os olhos, e fique tranquilo o que vai acontecer aqui não sairá daqui meu guarda costas." Ele relutou mas atendeu meu pedido, logo lasquei um beijo todo atrapalhado nele, ficamos nisso por um mês até eu voltar para BH. Ele tinha só 20 anos e foi um cavalheiro comigo, hoje penso na cena e vejo como era boba quem diz " meu guarda costas" acho que era muito noveleira naquela época.
Eu e meu pai vamos nos encontrar no centro em uma pequena lanchonete. Quando chego lá percebo que ele já tinha chego pelos inúmeros homens de preto que haviam na lanchonete.

- pequena katerina. Diz ele quando me aproximo da mesa que ele se encontra.

- papai. Digo dando um abraço dele caloroso. Por mais que ele queira mandar no meu futuro eu o amo.

- Katy minha pequena serei breve pois hoje tenho uma audiência importante. Se prepare porque daqui 1 mês irá passar um tempo comigo e sua mãe estamos com saudade pequena.