Em condicional. ( Taekook- Vkook)

Blé, nem você acredita nisso.

Antes de tudo, quero explicar algumas coisas: Apesar de ser fic, eu sempre tento trazer o mínimo que seja, um pouco de realidade em meus livros. Portanto, não esperem personagens perfeitos, dignos de contos de fadas. Por vezes o Jungkook vai ser babaca, em decorrência de tudo que o mesmo viveu, ele não sabe demonstrar. Outrora, Taehyung também não é imaculado, ele é xereta e incoveniente, vocês entenderam mas tarde o porque dessa personalidade. Contudo, ambos vão se completar nesse enredo, mas até lá, abram suas mentes para passarem bastante ranço.

Ainda naquela noite, eu juro ter ouvido os mesmos sons da anterior, contudo, estava tão imerso no mundo fictício que ignorei a necessidade do meu corpo, com a possibilidade daqueles gemidos serem para mim.

Vez ou outro bufava quando as folhas tinham um pedaço faltando, e a curiosidade de saber o que estava escrito me tomava, no entanto, no fim do livro me peguei com um senso de proteção, era como se eu realmente fosse o lar de cada um deles. Prontamente questionei minha sanidade, e cheguei a conclusão de que Taehyung tinha esse poder, de me fazer se importar com objetos , e de virar minha vida do avesso e nem sempre de um jeito ruim.

Quando a manhã chegou acordei e sai mais cedo que o normal. Ainda tinha um bom dinheiro no banco, em uma quantidade que me permitia passar alguns anos em conforto, mas eu queria trabalhar, encher a cabeça com desafios, socializar e esquecer que meu corpo sofre espasmos todas as noites com as lembranças macabras daquela cela.

A busca durou por quase uma semana, e nesses cinco dias eu mal vi o vizinho bocudo, excerto por todas as manhãs em que ele ainda de pijama e rosto sonolento me desejava boa sorte e bom dia. Como ele descobriu que eu estava a procura de emprego? Não faço a mínima idéia, e sinceramente tenho medo de perguntar.

No sexto eu era oficialmente um empregado de um ciber café, uma espécie de Lan house com guloseimas acopladas. O movimento estava cheio e enquanto atendia uma mesa, escutei em alto e bom som.

- BANDIDO!

Algumas pessoas em meu entorno de jogaram no chão, as demais levantaram as mãos rendidos, e eu ..Fechei os olhos e passei a contar até dez. Me encaminhei até onde ele estava e apertei seu ombro com uma das mãos, fazendo-o sentar na mesa mais próxima com uma careta de desconforto.

- Está querendo que eu perca o emprego?

Ele arregalou os olhos e pareceu arrependido.

- Jamais, mas eu não sei seu nome esqueceu?

Respirei fundo ainda tentando manter a calma.

- Como sabia que eu estou trabalhando aqui?

- Você saiu de uniforme, e está escrito na logo. De onde eu trabalho pra cá é apenas algumas quadras, eu queria te dar os parabéns. Meus amigos costumam frequentar esse lugar mas eu nunca havia tido interesse até que-

- Deus, cale a boca. Eu não posso conversar agora.

Um bico amuado desenhou sua boca. Tsc tsc definitivamente uma criança.

- você não está tendo tempo pra mim.

- Nunca tive, e não fale como se tivéssemos uma relação.

- yaaa, mas nós temos, amizade também é um compromisso.

- Não se ela é unilateral.

- blé! Nem você acredita nisso.

Estava prestes a retrucar, quando sou chamado em uma mesa. Aparentemente o choque dos clientes se desfez e a fome aumentou. Me ergui para ir até lá, porém, meu pulso foi segurado.