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Tinha um brigadeiro e um beijinho, o brigadeiro rolou, e o votinho? Rola?

🕹👾

— Não, Charlie, volta aqui! Não, não, não... — imploro copiosamente, mas o mesmo apenas ignora meus chamados e segue seus percurso até a mesa de Jackson.

Assim que chega à mesa, vejo-o posicionar sua mão sobre o ombro do moreno, acariciando levemente, enquanto todos os presentes riam maliciosos, fazendo com Charlie sorrisse mínimo e Jackson o olhasse.

— Oi Jack. — sorri ladino, até um tanto debochado.

— Qual foi? — Jackson diz enquanto ri fraco.

— Eu, ahm... queria saber, está namorando alguém? — Charlie sorri charmoso, ouvindo o restante da mesa soltar risadas e murmúrios sugestivos.

— Uh, olha, eu- — começa sem jeito, mas Charlie corta sua fala.

— Ah, não é para mim, é para o meu amigo. — sorri colocando uma das mãos no bolso traseiro de seu jeans.

— Oh, hm... que amigo? — pergunta meio perdido, franzindo o cenho.

Sem abandonar o sorriso ladino sequer por um momento, Charlie vira-se levemente e aponta para mim, que estava meio escondido, observando a cena nervoso. Não, mano...

Jackson então vira-se, alcançando minha imagem encolhida. Aceno tímido e ele se volta para Charlie novamente.

— Ahm, sabe o que é? Ele não faz o meu tipo. — dá de ombros, rindo meio sem graça.

— Você não é isso tudo, cara. — Charlie sorri cínico, dando tapinhas leves no ombro do moreno, caminhando de volta até nossa mesa.

Encarava a cena ainda incrédulo, sentindo meus olhos queimarem com as primeiras lágrimas se formando. Ótimo, fui humilhado na frente de todo o campus, mesmo pedindo para Charlie não falar com ele. Belo dia, uh?

Levanto bruscamente, ouvindo o arranhar do banco contra o piso, chamando a atenção de todos ali — se é que ainda existia alguém que já não estivesse observando toda a cena —, pego minha mochila e, ouvindo meus amigos me chamarem, saio rapidamente do lugar, ignorando minha mente, que custava a me lembrar das aulas que ainda teria naquele dia.

[...]

Quando chego em casa, apenas subo as escadas rapidamente, correndo para o meu quarto, abrindo a porta e fechando-a com força enquanto jogo minha mochila na cama, caminho irado até o computador, sentindo meu celular vibrar no bolso.

Charlie.

Charlie:

| Desculpa Kookie, você é inteligente demais para ele...

      You

Foda-se, Charlie, nem todo mundo precisa |
ser jogador!  

Sentia meu coração apertado, um bolo se formando em minha garganta, crescendo assim como a enorme vontade de chorar. Merda...

Olho para a tela do computador ainda ligado, observando a página aberta. Nerve. Eu não quero jogar, mas...

Você é um observador ou um jogador?

NERVE • PJM + JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora