2 - Pequena Carol

185 27 1
                                    

FLASHBACK ON:

- Mamãe - a pequena Carol começou - você tem certeza de que eu viu ficar bem sem você? - Ela estava com muito medo, não tinha como negar.

- Sim, meu amor. Eu tenho certeza de que você vai ficar bem. Essa viagem vai ser muito importante pra você, consegue entender isso? - Roseli, mãe de Carol, respondeu com uma voz delicada e acolhedora.

- Eu consigo entender isso. Mas mesmo assim, eu tenho medo.

- É normal ter, mas eu tenho certeza de que você vai se dar bem lá, a família que irá te acolher é amorosa e pessoas muito boas.

Aquele era o dia em que a pequena Carol de oito anos estaria embarcando em uma experiência completamente fora da rotina da menina. Ir num intercâmbio? O que aquela palavra significava mesmo? Eu vou ficar bem? Como irei me comunicar com meus pais? Essas eram algumas das milhares de perguntas que a mente de Carol se baseavam.

Apesar de ter oito anos, ela era uma menina muito inteligente e avançada para a idade, Carol compreendia coisas que muitos não conseguiriam nem na idade adulta. Seus pais sabiam disso. Por isso estavam seguros com a fato de sua filha partir por três anos e ir viver com praticamente desconhecidos, já tiveram um contato anterior com a família, por isso não eram completos desconhecidos, um homem e uma mulher carinhosos, com boas condições, uma cara amigável e muito gentis. Eles tinham uma filha, que era dois anos mais velha que a pequena Carol, mas os adultos da família garantiram que a menina era uma pessoa amável e que eles não teriam de se preocupar com a relação de sua filha com a filha da família francesa. Isso obviamente foi um alívio para a família Biazin.
Isaías e Roseli não ficariam sozinhos, pois os dois irmãos mais velhos de Carol continuariam em casa.

Voltando a realidade, Carol estava prestes a embarcar em uma viagem de algumas horas que a levaria a França, mais especificamente de em uma cidade chamada Nantes. Ela estava e não estava ciente do que a aguardava, sabia de que teria de conviver com uma menina que provavelmente nem falaria sua língua, e não só essa menina, mas toda a cidade. Como seria a escola? As perguntas martelavam fortemente a cabeça de Carol.

Seu pai, então, vendo como a filha estava nervosa com a nova experiência, resolveu tentar acalma-la, dando um forte abraço e dizendo palavras de conforto. O que funcionou, realmente acalmou Caroline. Até que uma frase foi dita, essa frase a fez ter coragem para tudo, sim, ela estaria preparada pra tudo que der e vier.

"Comece. Não espere que a coragem venha até você. Ela irá te encontrar no caminho."

Uma frase aparentemente simples, mas ela fez com que Carol realmente esquecesse do medo.

Sendo assim, Caroline inspirou e expirou profundamente, dando um passo a frente em sua nova jornada, não sabendo o que poderia estar a sua espera no novo país, que seria sua nova casa durante três longos anos...

Algumas semanas depois...

Carol estava nervosa novamente, hoje seria seu primeiro dia na escola nova, uma escola onde todos falariam francês, o medo era inevitável.

Após algumas semanas de sua chegada, Caroline já tinha uma boa relação com a família Lima, Selma era uma pessoa boa, seu marido também, Carol poderia se acostumar com essa vida por algum tempo. E tinha ela. Dayane era seu nome. Dayane estava nos seus dez anos de idade, uma menina que não parecia ser nem um pouco tímida, tinha bons amigos que a visitavam constantemente durante o período de férias. Mas, Carol ainda se escondia dentro de seu novo quarto durante as visitas. Ainda não estava pronta para conhecê-los melhor.

Dayane aparentava ser uma pessoa boa, Caroline tinha vontade de ser amiga da menina, mas será que esta também tinha essa vontade?

Te reencontrar - fanfic dayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora