False God • jikook

• capítulo 4 •

MUITO obrigada a quem votou no capitulo anterior e por favoooorrr se tiverem gostando e quiserem, comentem e votem. isso me deixa muito feliz mesmo!
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Jimin

"heaven only lets a few in
it's too late for me to choose it
don't waste precious tears on me, I'm not worth the misery"

- O que tá fazendo aqui? - Perguntei ainda parado na porta enquanto tentava identificar o que eram os papéis em suas mãos.

- Posso saber o motivo de não estar aqui desde cedo? - O tom da sua voz era calmo, mas uma coisa que aprendi desde novo é que nesses momentos que devo temer mais o sr. Park.

- Eu adiantei o serviço que faria hoje de manhã desde ontem então não havia necessidade de vim aqui desde cedo.

- "Não havia necessidade" - deu risada. - Você fala muita merda, Jimin, mas dessa vez se superou.

Olhei para trás e vi Fany olhando para mim parecendo preocupada. Eu sei que ela já escutou algumas das coisas que meu pai me disse mesmo nunca tendo que dito algo diretamente sobre, e pela forma que agia depois que episódios como esse aconteciam deduzi que ela não concorda muito com isso. Sorri para ela tentando dizer que tá tudo bem e fechei a porta.

- Pode dizer logo o que você quer? Tenho coisas pra fazer – coloquei minha bolsa no sofá preto na minha "mini sala de estar" que quis colocar no escritório já que passo mais tempo aqui do que na minha casa.

- Quero avisar que você vai usar o terno que escolhi. Acho bom que não ouse aparecer lá com qualquer outro.

- Agora além de me seguir o seu espião também grampeou meu telefone?

Desde criança era uma teoria feita por mim, minha mãe e meu irmão que meu pai colocou pessoas nos seguindo desde que nascemos, eu só não pensava que essa pessoa vigiaria todas as ligações que faço, já que essa é a única maneira dele saber a encomenda que fiz para YSL porque liguei do meu celular particular.

Meu pai soltou as folhas em minha mesa e virou completamente para mim.

- Eu sou bom com você, Jimin, bom demais na verdade. Eu nunca te ameacei porque confio na sua inteligência em não me contrariar, mas não entendo o que tá voltando a dar em você de novo. Esse é o seu segundo aviso e espero não precisar chegar ao terceiro: não me contrarie.

- É só uma merda de um terno, por que se importa com isso?

- Agora até palavra chula tá usando comigo? Você sabe muito bem que não é só um terno. Começa com algo pequeno e daqui a pouco você vai aumentar a voz comigo e achar que pode ser o que quiser esquecendo que é o meu herdeiro. Eu sei que escolhi uma péssima pessoa para ser a sua mãe e que talvez você tenha herdado a rebeldia dela, mas espero que tenha herdado a minha inteligência em ser mais sábio para fazer a escolha certa. Falando em filhos, como está a minha neta? Daenerys, certo? Em homenagem aquela personagem que você gosta daqueles livros? Soube que ela sempre está te esperando chegar em casa e morre de saudades do pai além de sempre enviar fotos dela para os seus amigos, seria uma pena se ela simplesmente não estivesse mais lá.

Senti o meu estômago ficando gelado e meu pulmão sem conseguir filtrar o oxigênio direito.

Ele não estava ameaçando a minha filha, estava?

- Espero que estejamos entendidos, Jimin – levantou da mesa e veio caminhando calmamente até mim.

Era estranho ver as suas feições que faziam lembrar as minhas como o seu queixo e olhos ao mesmo tempo que sei não temos nada de parecido e nenhum sentimento de pai e filho.