Chapter 23

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Sinu não acreditou no que viu. Ela acabara de conversar com a filha sobre seu "relacionamento" e que era para ela terminar o que começou com lisa e agora as encontrou nessa situação. 

Ele fechou a porta e se enfureceu em direção à filha. 

— Eu te disse para fazer alguma coisa, Roseanne.  – Sinu falou em inglês para que a garota de cabelos brancos não entendesse. Sinu pegou Chaeyoung pelos braços a força. — Vamos agora!

— mamãe, estou conversando com lisa - Chaeyoung continuou falando em coreano, ela não tinha nada a esconder de lisa, que estava assistindo a cena com medo de ver Sinu assim. — Eu tenho que dizer a ela por que estou indo embora, ou por que você quer que eu vá embora

— agora eu sou a culpada? - Sinu exclamou levantando as mãos. — Chaeyoung, eu não te criei assim.  Você não é lésbica. 

—  e qual é o problema? - Chaeyoung perguntou com um suspiro de estresse. 

— O problema é "isso" - aponto para as duas garotas. — não pode ser.

— Ouça Sinuhe! Foda-se!  – O som da mão colidindo com a bochecha de Chaeyoung estava presente na sala.  Lisa soltou um grito e se aproximou para abraçar Chaeyoung.

— Não me desrespeite novamente, eu sou sua mãe, eu fiz muito por você.

— Sinu...  - disse Lisa abraçando o corpo de Chaeyoung, fechando os olhos — Calma Chae...

— Eu sei que você fez demais por mim, mas você é minha mãe, é seu dever fazer isso. - Chaeyoung estava respirando pesadamente, estava com raiva, frustrada. — Talvez esteja na hora de eu me cuidar sozinha.

— O que você quer dizer com isso, você vai para a rua?  - ela perguntou sarcasticamente.  — Pare de dizer bobagem, o mundo iria comer você viva. 

— Para Chae... - Sussurrou, mas foi ignorado, ninguém prestou atenção.

—  Mãe, eu fiquei basicamente a vida toda sozinha. Você trabalhou, as vezes nem parecia que morava comigo. Eu posso trabalhar sozinha, tenho pessoas que me aceitariam em casa.

— Jennie, por exemplo? Pense menina, ela tem uma família grande, eles não podem cuidar de outra pessoa. E se ficar aqui? Dulce será a primeira a fugir quando perceber o que você fez com a filha dela. Eu sou a única coisa que te resta.

Chaeyoung tirou Lisa de seus braços que estava chorando.

— Esqueça de mim Sinu. - A morena olhou com ódio para a mãe, depois olhou para a garota. — Sinto muito Lisa, mas não se preocupe eu voltarei para você.

— Terei certeza de que isso não vai acontecer.  - Dulce apareceu com os braços cruzados, vendo aquela situação. Aparentemente elas não perceberam que nesta casa até as paredes ouvem. 

— mamãe, eu posso explicar...

— Não há nada para explicar Lisa. Chaeyoung por favor, quero que saia da minha casa -  Chaeyoung  assentiu lentamente com lágrimas nos olhos.

Obrigada por me aceitar em sua casa. - Sussurra olhando para o chão e depois sai do lugar.

A castanha correu até chegar ao quartinho aonde Alejandro ficava.
Seu caminho era iluminado apenas pela lua, os grilos tiveram sua presença que encheu o lugar com seus gritos e soluços de Chaeyoung. Uma vez na frente da porta do jardineiro, ela começou a chorar como uma louca. Quando ouviu os passos, ela desabou no chão. 

— Por que Alejandro? - perguntou Chaeyoung soluçando.

— Entre querida, conte-me tudo devagar, mas primeiro preciso que você se acalme. - Alejandro olhou tristemente para a garota.

— Não sei o que está acontecendo! - Chaeyoung soltou desesperadamente.  Alejandro se aproximou e começou a acariciar suas costas, a castanha deitou seu rosto no peito do homem.
— Calma, desabafa.. Eu te daria chá, mas eu nem bebo e nem tenho aqui e o café te alteraria mais.  - Alexander fez a garota rir entre soluços.  — Ou seja, eu gosto mais quando você ri do que quando chora.  Falando nisso, eu realmente odeio ouvir as pessoas rirem. 

— Por que tudo é tão complicado? - Chaeyoung disse um pouco mais calmamente. Alejandro suspirou e fez uma careta balançando a cabeça.

— Por que quando você supera o complicado o resultado é o melhor? - Alejandro respondeu tentando sorrir com um encolher de ombros.  Chaeyoung riu de novo, enxugando as lágrimas com as costas da mão.

— Eu chorei muito hoje... tenho certeza que sou asceta.

— Claro que não - Alejandro abraçou a garota. — Você é linda, fique tranquila, tudo pode ser consertado. Às vezes fazemos coisas por nada, desamparo, não pensamos no que pode acontecer... Dê um tempo.

— Quanto tempo? - Chaeyoung perguntou melancólica. — Fui muito rude com minha mãe, mas ela também é a culpada

— algumas pessoas demoram mais para aceitar nossos erros. Se você é inteligente, vai pedir desculpas a ela.  Mesmo que ela não aceite, você terá feito isso, ela perceberá seu erro mais cedo ou mais tarde

— Você não sabe quantas vezes eu desejaria que meu pai estivesse aqui comigo por esse tipo de coisa... - Chaeyoung beijou sua bochecha  homem.

— Como eu te disse, eu não tenho filhos. Eu sempre tive medo de que em momentos como esse que você está passando eu não sabia o que fazer... me arrependo muito.

— Pai adotivo, de sentimentos? - perguntou a morena, brincando.

— E eu tenho uma escolha? - Chaeyoung bateu no ombro de Alejandro de brincadeira. — Você me orgulha, Chaeyoung.

— Obrigada Alejandro. - a garota de olhos castanhos abraçou o homem com força.

— Agora, mamãe vai me levar para casa... Dulce percebeu o que eu tinha ou tive com Lisa, sou lésbica. E você ganhou, eu me apaixonei por Lisa.

— Bem ... -Alejandro viu a garota impressionada. — Você não quer um cobertor e travesseiros para dormir?  você pode me contar tudo amanhã para descansar e ficar mais calmo

— Você sempre sabe o que dizer.

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Estou pensando em postar mais dois capítulos hoje, o que acham?

Ensolarado - 𝐂𝐡𝐚𝐞𝐥𝐢𝐬𝐚 Onde histórias criam vida. Descubra agora