Ensolarado - 𝐂𝐡𝐚𝐞𝐥𝐢𝐬𝐚

Chapter 17

Angelica contava várias histórias para Lisa, coisas de família, suas aventuras quando jovem, a maioria eram mentiras nas quais Lisa obviamente acreditava.

— Foi então que conheci seu avô... -Angelica disse a Lisa com um sorriso melancólico

— Foi como... - Lisa parou para pensar por alguns segundos. — amor à primeira vista?

— Sim, você sabe que quer ficar com uma pessoa o resto da sua vida quando a vê nos olhos, é como quando você caminha por horas e pode finalmente se sentar - Angelica deixou para Lisa uma xícara de chá com alguns biscoitos de manteiga.— estar apaixonado e ser correspondido, pode ter certeza que é o melhor sentimento do mundo. 

— E o que acontece quando você não pode mais ficar com ela? - Lisa perguntou inclinando a cabeça.

— Seu avô morreu cinco anos atrás - como sua avó o descreveu, sua perda deve ter doído muito.  — Tudo tem que terminar um dia, certo? - Ela perguntou com um sorriso triste. —  Quando perdi seu avô, foi muito difícil para mim... Nos primeiros dias em que as pessoas podiam me distrair por uma hora, lembrei-me de que ele não estava comigo e doeu pior do que antes. No final, eu sabia que tinha que continuar...

— Você é muito forte. - Ela assentiu devagar. — E o amor proibido?

— Tenho uma história antiga para esse assunto - Angelica sentou-se na frente de Lisa e suspirou lembrando-se da história antiga, essa história representou ela e seu primeiro amor porque tiveram dificuldades durante a juventude.

— Era uma vez uma linda borboleta.  Ela e sua família sempre voaram juntas, ela já tinha sua vida resolvida.  Um dia uma linda borboleta decidiu voar perto do pântano, as borboletas geralmente não voavam perto do pântano, porque eram muito bonitas para estar lá... então durante o voo e com pouca atenção para onde ela estava voando, bateu em uma libélula.  A libélula era tão diferente da linda borboleta.  A libélula ficou maravilhada e totalmente apaixonada pela borboleta, suas cores, sua maneira de mover delicadamente suas asas, ela a amou à primeira vista.  Quanto à borboleta... ela amava a cor da libélula, suas longas asas e seus olhos impressionantes.

Toda noite a libélula visitava secretamente a borboleta, sua amizade crescia e crescia e com ela seu amor. Um dia, o pai da borboleta percebeu o que estava acontecendo, um grande erro. A borboleta nunca mais viu a libélula...

— Mas, mas... a libélula pode lutar pela borboleta, certo? - Lisa estava em choque.

— Gostaria de dizer que a libélula lutou contra todos por seu amor pela borboleta... A borboleta e a libélula devem estar juntas. Você pode mudar a história, se é que me entende. - Angelica piscou para a neta. Obviamente tinha que haver alguém para Lisa perguntar-lhe essas coisas. 

[...]

Chaeyoung relatou tudo sobre Lisa a Jennie. Ela contou a ela sobre o tempo em que estava com medo de vê-la em convulsão, contou a sua experiência quando a viu pela primeira vez, depois começou a conversar com ela quando a beijou. Tudo com um brilho especial nos olhos.

— Você gostou? - Jennie perguntou olhando para Chaeyoung com ternura, a maneira como ela falou sobre Lisa era mágica.

— Não, Jennie ... - Chaeyoung negou oprimida logo depois soltando uma lágrima, Jennie a abraçou com força tentando tranquilizá-la. — isso não pode estar acontecendo
comigo, eu.. eu nem sei o porquê 

— Chae não se decide por quem vai se  apaixonar... - Jennie disse limpando as bochechas de sua amiga.

— O que vou dizer para minha mãe? - Lágrimas correram pelas bochechas da morena. — Apaixonada pela filha de sua patroa? Você pode aceitar, porque não sabe o que estou sentindo... O que minha avó dirá? 

— Chaeyoung, você tem um grande problema - Jennie pegou Chaeyoung pelos ombros para que ela pudesse olhá-la.—  você não deve se deixar levar pelo que as pessoas vão dizer
ouça seu coração, ouça a si mesma... isso te faz feliz? Então vá em frente ... as pessoas falam merda de qualquer maneira.

— Mas... não faz sentido... eu sou homossexual? Bi?... Isso não é bom.. 

— Você precisa de tempo, limpe sua mente. Confie que no final, você fará o seu melhor para procurar a sua felicidade e por não viver do que as pessoas falam. -  Chaeyoung assentiu, mais e mais lágrimas caíram de suas bochechas. - Jennie sabia que era melhor tirar tudo, ela sabia que Chaeyoung era muito frágil.  A garota acariciou sua cabeça até que ela se acalmou e sua respiração ficou mais calma.

[...]

Lisa pegou o celular nas mãos, ela conseguiu o número de Chaeyoung sem perceber. Agora ela estava em uma briga com a mente dissidente se mandava uma mensagem para Chaeyoung ou não. 

"Chaeyoung, sou eu a Lisa."

Lisa decidiu enviar a mensagem. Ela mordeu o lábio inferior, nervosa, esperando por sua resposta.

Era meia-noite e Lisa ainda estava olhando para a tela do seu celular, atualizando sua tela a cada 5 segundos, mas Chaeyoung não respondeu.