Ensolarado - 𝐂𝐡𝐚𝐞𝐥𝐢𝐬𝐚

Chapter 26

Pov Chaeyoung

Tudo estava pronto para a minha viagem á casa da avó de Lisa.  Obviamente eu não podia dirigir até lá, mas Alejandro se ofereceu para me acompanhar. No começo, me senti mal porque ele perderia dois dias de trabalho, depois me disse que nunca tinha tirado férias então era justo. 

— Só faltam suas coisas Alejandro! - Eu gritei, levantando minhas malas para o porta-malas. Quando me virei, ali estava ela.

— Temos que conversar Rosé.. -  Seu rosto estava arrependido. — Por favor escute. Não sei o que estava pensando, bem eu nem estava pensando. Senti-me magoada, pensei que tínhamos boa comunicação...

— Nunca tivemos a melhor comunicação do mundo, mas.. - me aproximei lentamente. — Eu tenho que admitir que me machucou você reagir dessa maneira por saber quem sou. — Não esperava que você me parabenizasse, mas não sei.. Eu sempre me perguntei como você reagiria se um dia eu dissesse que era lésbica, imaginei que você me abraçaria e me diria que minha felicidade vinha em primeiro. Mas, tudo bem, entendo que não é fácil, também não pude aceitar.

— Sinto muito.  - Minha mãe se aproximou de mim e me envolveu em seus braços. Eu me senti protegida.  — Foi difícil, eu não queria que você enfrentasse a sra. Dulce, ás vezes ela pode ser grosseira e olha, ela a expulsou de casa. Levei tempo para perceber o meu erro. Antes, quando vi Lisa interagir com você, zombei de vocês serem como casal e quando percebi que era verdade, me senti culpada. Não entenda mal.  Eu as amo juntos agora que penso assim.

— Sinto que tudo está sendo consertado aos poucos... - falei contra o peito da minha mãe

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— Você está pronta? - Alejandro perguntou enquanto respirava.

A meia hora atrás, chegamos à casa da avó de Lisa.

— Acho que sim, pela nona vez. - Eu balancei a cabeça pesadamente. 

— Você sabe o que vai dizer?

— Sim, mas vou esquecer pois direi qualquer estupidez por estar nervosa. 

— Eu treinei você tão bem. Estou orgulhoso de você. - Alejandro fingiu chorar. Eu bati no ombro dele.

— O que?

— Estou tentando te relaxar

— Você conseguiu, obrigada. - Eu abri a porta do carro e saí. — Deseja-me sorte.

— Sorte.  - Diz adeus com a mão e depois fui até a porta da casa. Na minha mão esquerda eu carregava um saco de papel com alguns presentes para a avó de Lisa e seu pai, e obviamente trouxe flores para Lisa. 

Eu levantei minha mão para bater na porta depois de respirar fundo quando ela se abriu. Eu pulei um pouco, mas não pude deixar de sorrir quando senti os braços de Lisa cercarem minha cintura.

— Olá Lali

— Olá Chae!  – Lisa ia levar seus lábios aos meus, mas a garganta de seu pai nos assustou.

— Boa tarde, Sr. Manoban.- Eu sorri nervosamente. O pai de Lisa parecia muito legal. Meu olhar mudou para a senhora que veio atrás dele com um sorriso. — Boa tarde, senhora -  Levantei minha mão para cumprimentar as duas pessoas, mas fui puxada pela última a entrar na casa.