"Pode me sentir?
Consegue me sentir?
Por que eu não consigo respirar...
De onde você veio, amor?
Você foi enviado para me salvar?"
INO YAMANAKA
Acordei sentindo os raios de sol entrando pela janela de meu quarto. Não costumava deixá-las abertas, mas aquela fora uma noite quente e eu não gostava de me sentir pegajosa pelo suor. Notei que o alarme ainda não havia despertado e respirei fundo, mais uma vez acordava cedo demais.
Os barulhos no andar debaixo me deixaram curiosa. O que será que minha mãe estava fazendo acordada a essa hora? Decidi que era hora de abrir a floricultura, mesmo não passando das sete e meia da manhã. Tomei um longo banho, coloquei minha roupa habitual e desci as escadas.
— Okassan? – a chamei.
— Olá querida – sorriu sem humor – Acordou bem cedo novamente.
— Eu acabei despertando com o sol. E a senhora?
— A cama é muito grande – encarou a xícara de chá em suas mãos e eu senti o peito arder. Meu pai fora um dos ninjas que deram sua vida na quarta guerra ninja e agora era conhecido como um herói, assim como o pai de Shikamaru.
Me sentei ao lado dela e suspirei. Sabia que não estava sendo fácil.
— O que acha de ficarmos juntas na floricultura hoje?
Ela sorriu e assentiu.
Tomamos um café tranquilo, tentei falar sobre outras coisas que não envolvesse meu pai e sua morte prematura. Muitos perderam entes queridos na guerra, porem isso não diminuía nossa dor. A manhã foi tranquila, fizemos alguns arranjos para pedidos de casamentos, outros vieram para comprar flores, um dia típico na floricultura.
— Ino? – a voz de Shikamaru me fez levantar o olhar do buquê que estava fazendo.
— Oi Shika, pensei que estava com o Hokage.
— Estava, porém aconteceu algo e precisamos de você.
— De... Mim? – disse olhando para Sai aí lado do Nara – por que de mim?
— Seu pai era o responsável pelo esquadrão de interrogação. Pela importância de nossos jutsus é esperado que assumamos esses cargos.
— Esta dizendo que....
— Não podemos conversar sobre isso aqui – Sai nos interrompeu – a civis presente.
— A civil é a minha mãe, que conviveu com esse tipo de coisa durante toda a vida. Ou acha que meu pai não lhe contava sobre seu trabalho?
— Um Shinobis não deve...
— Sai, faça-me o fazer de ficar em silêncio – Bufei e encarei Shikamaru – Precisam de mim agora?
— Sim.
— Vou pegar minhas coisas, me esperem na fora.
Assim que eles se afastaram eu me virei para minha mãe.
— Okassan...
— Eu sei querida – ela sorriu, mas podia ver a tristeza em seus olhos – Você é igualzinha a ele, tão talentosa e inteligente... Não tem porquê o Hokage não te querer.
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Entre as dunas de areia
RomanceAquela era sua primeira missão solo após a guerra. Estava animada e disposta a dar tudo de si para mostrar a todos que honrava seu clã. Ser designada para tirar informações de prisioneiros de um grupo extremista que quer matar o Kazekage e ter que c...