My demons

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"Quando os dias estão frios

E as cartas já foram lançadas,

E os santos que vemos são todos feitos de ouro.

Quando todos os seus sonhos fracassam,

E aqueles que acalmamos são os piores de todos.

E o sangue parar de correr..."


GAARA NO SABAKU

Fazia tempo que eu não me sentia tão mal quando me senti no momento em que Ino saiu da mente daquele prisioneiro. Um olhar carregado de dor e medo. O mesmo olhar que todos sempre direcionaram para mim. Fiquei em silêncio até chegamos em casa, assim como Kankurou e Ino.

A conversa que tivemos em seu quarto naquela noite me deixou ainda mais angustiado. Por mais que ela dissesse que não me via como um monstro eu não conseguia acreditar.

E os dias se seguiram assim...

Eu não a procurava e com o tempo ela passou a me evitar. Dia após dia nós permanecíamos juntos durante as interrogações e refeições, todo o restante do tempo ela ficava trancada em seu quarto ou estudando novas estratégias para sua missão na biblioteca.

— Não é possível – disse frustrado, estava na sala juntamente com o conselho. Já havia se passado um mês de investigações e interrogatório e ainda não havíamos encontrado um padrão para as informações que Ino tirou da mente dos prisioneiros.

— Talvez eles estejam em outro país – um dos anciãos disse – ou talvez estejam infiltrados....

— De qualquer coisa precisamos de mais informações – outro disse.

— E o prisioneiro que Tsunade acordou? Ele poderia ter mais informações.

— Ino já vasculhou todo canto de sua mente – Kankurou disse cansado – Ela já vasculhou a mente dos dois.

— E se ela estiver deixando algo passar? – um dos anciãos disse – Ela é uma criança, não deve saber manipular o jutsu...

— Ino tem a mesma idade que eu, considera seu Kazekage uma criança? – disse com raiva.

— Não senhor... Me desculpe.

— Iremos mudar a tática de interrogação mais uma vez – disse – E se não der certo mudaremos de novo, e de novo até finalmente conseguirmos encontrar a localização do grupo extremista.

— Certo – Kankurou disse.

Saí da sala minutos mais tarde e segui para o meu quarto. Sentia o chakra de Ino no final do corredor, ela deveria estar na biblioteca novamente.

"Você está tenso, toda essa pressão e stress não são bons para mim" — Shukaku disse e eu bufei.

— E o que é bom para você?

"Eu não me incomodaria se você chamasse a loirinha para uma sessão de sexo selvagem. Na verdade acho que nós dois estamos precisando disso"

— Não vou fazer isso – tirei minha roupa e caminhei para o banheiro – Ino não está aqui para me satisfazer, está aqui por causa da missão.

"E onde está escrito que não podemos unir o útil ao agradável?"

Revirei os olhos.

Entre as dunas de areiaOnde histórias criam vida. Descubra agora