K.O

A Dúvida Permanece

Olhava pela janela do avião que estava destinado a São Paulo e lembrava dos últimos acontecimentos na minha vida, fazia alguns dias desde meu último contato pessoalmente com Gabriela, depois das nossas aventuras por toda Salvador, ela teve que retornar e mantivemos contato apenas por mensagens, mas não era a mesma coisa. É absurdamente insano pensar na saudade que eu estou de uma pessoa que passei tão pouco tempo, e mais, de uma pessoa que eu nem gostava. A vida realmente é uma loucura sem fim, fez com que duas pessoas completamente opostas se aproximassem de uma forma intensa como essa, eu não sei como as coisas aconteceram tão rápidas, mas devo agradecer ao universo por isso, eu estava feliz.

O avião pousou e logo voltei a realidade, uma ansiedade tomava conta do meu peito só de lembrar que eu estava na mesma cidade que ela. Sorri com isso, eu me sentia adolescente outra vez. Peguei minhas coisas e ia abrindo o aplicativo do Uber quando, totalmente de surpresa, me deparei com o sorriso mais bonito que poderia iluminar toda São Paulo. Era ela.

- O que você tá fazendo aqui? - Perguntei depois de apertar aquele corpo alto no meu abraço.

- Tanto tempo sem me ver e é assim que você me recebe? - Ela fez um biquinho fofo e meu primeiro pensamento foi beija-la, mas me segurei ao notar as pessoas ao nosso redor nos olhando.

- Pare, viu? Eu tô morrendo de saudades de você, mas eu fiquei surpresa. - Respondi sem tirar o sorriso do rosto. - Como sabia que eu vinha hoje?

- Clarisse. - Flamos juntas e rimos. - Minha fonte fiel, vim te buscar porque não aguentaria mais um minuto longe, vamos? - Disse que sim e seguimos até o carro dela, onde colocamos alguns papos em dia com o clima leve, cantamos várias músicas até chegar no meu apartamento e Gabriela me ajudar a subir com minhas malas.

Terminamos de ajeitar tudo e eu finalmente pude dar o abraço que estava desejando, me agarrei naquela mulher como se minha vida dependesse disso, a saudade tava demais e eu iria matar cada pedacinho dela. Gabriela me apertou de volta e eu me senti imensamente bem ali em seus braços, uma paz e sensação de leveza. Ela deu um leve impulso e eu passei minhas pernas por sua cintura, fazendo nossos corpos grudarem ainda mais.

- Que saudade eu tava de te abraçar assim, nega. - Sussurrei ao pé de seu ouvido.

- Só abraçar? - A sobrancelha levantada e o sorriso que veio logo depois deixaram ainda mais claras quais eram suas intenções.

Gabriela me colocou sentada na mesa de jantar para logo depois atacar minha boca, eu poderia beija-la para o resto da minha vida. A boca daquela mulher era tão macia e seu beijo se encaixava perfeitamente no meu, era um beijo apressado que denunciava nossa urgência e saudade, o desespero de nossas mãos percorrendo cada pedaço do corpo uma da outra também era visível. Logo as primeiras peças de roupa se foram ao chão, eu sentia meu corpo pegar fogo e a ansiedade pelo toque da outra mulher me consumia, parecendo ler meus pensamentos, Gabriela tira meu sutiã e começa a dar atenção aos meus seios, eu gemi com o primeiro toque de sua língua, percorrendo toda região do seio esquerdo e dando leves chupadas, ela fazia maravilhas com a boca.

Puxei seu rosto e logo voltamos a nos beijar, retirei seu sutiã e admirei a beleza que era aquele corpo, desci lambendo desde seu pescoço até seu seio onde mordi levemente e pude ouvir seu gemido rouco de aprovação.

- Preciso de você. - Eu avisei ofegante. Ela me olhou e no mesmo instante senti minha boceta contrair em excitação, eu poderia gozar sem nem mesmo sentir seu toque.

- Deita na mesa. - Ela não pediu, ela ordenou.

Deitei e logo senti suas mãos descerem minha saia, ajudei ela a retirar toda a minha roupa e fiquei completamente nua a sua frente. Gabriela se encaixou entre minhas pernas e começou uma sessão de beijos por toda minha barriga até minha virilha. Eu gemia desesperadamente, ela parecia se divertir com a situação de me ver tão exposta e entregue.